domingo, 30 de setembro de 2012

Outubro Missionário




Com os desafios da vivência do Ano da Fé e da abertura do 1º Sínodo Diocesano, entramos no mês de Outubro, também chamado Mês Missionário, não só porque este abre com a memória da padroeira das Missões, Santa Teresinha do Menino Jesus ou se vive o Dia Mundial das Missões (21 de Outubro), mas também porque se recomeça um novo Ano Pastoral, cheio de propostas e horizontes, para uma vivência comunitária e fraterna de todos aqueles que se deixam tocar pelo amor de Deus e o querem testemunhar na vida de cada dia. O apelo cada vez maior da descoberta das razões da nossa fé e esperança, leva a Igreja a tornar-se, cada vez mais, missionária e a fazer de cada um dos seus membros testemunhas fiéis de Jesus Cristo. Não faltam iniciativas a nível universal ou das igrejas locais. Encontros, jornadas, colóquios, vigílias de oração, ofertórios diversos, acções de voluntariado, temas e material. Tudo contribui para fazer nascer e alimentar este espírito missionário, levando-nos a uma abertura total aos outros ao jeito do Senhor ressuscitado. Desde há 50 anos, com o Concílio Vaticano II, e com o documento “Ad Gentes”, que esta matriz fundamental da Igreja se tornou mais visível e mais apaixonante. Também a nossa Diocese, faz uma aposta concreta na animação missionária. Não faltam acções calendarizadas, tempos de formação agendados, missões populares a serem preparadas. Tudo concorre para manter viva e acesa a chama da fé. Entre estes momentos que fazem parte do Plano Pastoral Diocesano sobressaem, já a começar no dia 28 de Setembro, as vigílias de oração missionária, em cada arciprestado. Todavia, quer no mês de Outubro, quer durante o tempo das Missões Populares, quer em qualquer outra ocasião, todos, desde as crianças aos jovens, das famílias aos grupos, dos velhinhos e doentes aos consagrados, todos somos chamados a rezar, comunitária ou individualmente, pela Igreja, pela sua missão.

Corrente missionária de oração 

Este ano vamos procurar dar dinamismo missionário à corrente de oração. Dentro das preocupações da Igreja universal pela nova evangelização e do programa pastoral virado para a missão, vamos tentar fazer uma corrente de oração que seja um movimento de missão. De facto, num ambiente descristianizado e indiferente não basta avisar o momento de oração e abrir as portas do templo para que as pessoas venham rezar. É necessário ir ao encontro dos que não vêm, dos que esqueceram a oração, dos que pela distância ou pela idade não podem aparecer. Vamos, portanto, tentar levar também a boa nova e a oração ao domicílio. Vivemos num ambiente de indiferença religiosa. Deus parece ausente do quotidiano. Onde mora? Sem Deus no horizonte, as pessoas perdem o sentido do infinito e da transcendência. Sem Deus, andamos às escuras e corremos o risco de caminhar para o abismo. Sem fé não há fonte para a esperança nem força para a caridade. Vive-se para o imediato, para o rentável a curto prazo, para o gozo individual. Ou seja, como observa frequentemente Bento XVI, o cerne da crise que nos afecta é a ausência de Deus, é a falta de fé. Sem fé em Deus a pessoa torna-se arrogante, orgulhosa, convencida de que sabe tudo. Nós que formamos a Igreja, temos responsabilidade por esta situação. Onde é que brilha a luz que guia os povos para Deus como a estrela guiou os magos para onde estava Jesus? Estará a Igreja também em crise? “Sê vigilante e fortifica aquilo que está a morrer” diz o Espírito à Igreja de Sardes (Apocalipse) e a nós hoje. Realmente o que está a morrer no coração de muita gente é a fé, a esperança e o amor. No discurso de Natal que fez à Cúria Romana, Bento XVI afirmou que “o cerne da crise da Igreja na Europa é a crise de fé. Se não encontrarmos uma resposta para esta crise, ou seja, se a fé não ganhar de novo vitalidade, tornando-se uma convicção profunda e uma força real graças ao encontro com Jesus Cristo, permanecerão ineficazes todas as outras reformas”. Esta situação convida-nos a dar dinamismo missionário à nossa actividade pastoral e, portanto, também à corrente de oração. Encomendemos a Deus, a Nossa Senhora de Fátima e a S. José, nosso Padroeiro, este projecto para que a corrente de oração desperte os que andam adormecidos na fé, congregue os fiéis em grupos e na comunidade, fortaleça a comunhão eclesial e dê vida e alegria à oração. 

 Vigílias Missionárias, nos Arciprestados 
Durante seis fins-de-semana, começando já na próxima sexta-feira, em Odemira, e terminando a 3 de Novembro, em Santo André, para além do que as paróquias possam fazer, propomo-nos, como comunidade de comunidades, que é cada Arciprestado, reunir-nos em vigília de oração para, desta forma, vivermos o mês do Outubro Missionário. As diversas vigílias estão calendarizadas deste modo: - 28 de Setembro (sexta-feira), no Arciprestado de Odemira, na Igreja Matriz de Odemira, às 21h00, tendo presente o Ano da Fé, o Sínodo Diocesano e a Missão Popular, em Odemira e em Boavista dos Pinheiros, cujo Anúncio vai ser feito no domingo, dia 30 de Setembro; - 06 de Outubro (sábado), no Arciprestado de Moura, na paróquia de Vila Verde de Ficalho, às 21h00, incluída na consagração desta Paróquia ao Imaculado Coração de Maria; - 13 de Outubro (sábado), no Arciprestado de Cuba, na Igreja de Cuba, ás 21h00; - 20 de Outubro (sábado), no Arciprestado de Beja, na Sé Catedral, às 21h00, véspera do Dia Mundial das Missões, e presidida pelo senhor Bispo; - 27 de Outubro (sábado), no Arciprestado de Almodôvar, na Igreja de Aljustrel, às 21h00, na véspera do Dia Diocesano Missionário - 03 de Novembro (sábado), no Arciprestado Santiago Cacém, na Igreja de Santo André, às 21h00, no início da Missão Popular, nesta cidade. Todas as paróquias e comunidades devem organizar-se para que, nos grupos, nas catequeses, nos encontros se reze pelas missões. Quanto possível, uma representação de cada uma delas, deverá participar nestes encontros arciprestais de oração. Eles serão fonte e semente de comunhão e, rezar pela Missão, é tarefa de todos e é uma das formas de ser missionário e de assumir a nossa identidade e matriz. 

P. Agostinho Sousa CDM/Beja

sábado, 29 de setembro de 2012

PENAMAIOR – PAÇOS DE FERREIRA – DIOCESE DO PORTO


MISSÃO POPULAR: 30 de Setembro a 14 de Outubro


A Missão Popular em Penamaior, começa dia 30 de Setembro, com a Administração do Sacramento da Confirmação, por D. Pio Alves e com a eucaristia do Envio. É pároco o P. Adolfo Fânzeres Martins, de 90 anos (nasceu em 9 de Janeiro de 1922 e foi ordenado a 1 de Janeiro de 1946). A Missão Popular foi proposta pelo pároco ao P. Carlos Moura e foi preparada pelos padres Fernando e Álvaro.

A Equipa responsável é constituída pelo pároco, pelo P. Álvaro e por Ana Jacinta, Arnaldina, Clara LealPaulo Brito e outros leigos. Fizeram as 5 reuniões de preparação. Por imperativos da missão de Visitador o P. Álvaro não pode ser o Missionário desta Missão. Em seu lugar avançou o P. Pereira que, com a Irmã Maria Adélia (FC), a Henriqueta (CMV - Lisboa) e o Manuel Lopes (CMV – Idães), fazem a Equipa Missionária.


História


Penamaior é uma freguesia do concelho de Paços de Ferreira, com 7,91 km² de área e 3 819 habitantes (2011). Densidade: 482,8 hab/km².



No séc. XII, era em parte pertença do Mosteiro de Ferreira, integrada no julgado de Refojos. Foi comenda do Marquês de Marialva, junto com a de Meixomil, que lhe era anexa (1821). Antes, tê-lo-ia sido da Ordem de Cristo, que apresentava o prior por troca de uma renda. A percepção da unidade paisagística, semelhando uma concha, que caracteriza a área do concelho, podemos tomá-la daqui, mais exactamente da Ermida da Senhora do Pilar. Interessantes panorâmicas podem também ser disfrutadas dos lugares de Inveja e Santa Marinha.



No lugar de Cô (antigo Coom), realiza-se a mais importante feira da região, com predominância para a transacção de gado, nos dias 5 e 21 de cada mês. O povoamento de Penamaior foi certamente uma consequência do ordenamento proto-histórico à ocupação romana da vasta Citânia de Sanfins de Ferreira. Daí terá baixado para estas terras de meia encosta, onde se implantaram também as paróquias de Eiriz e a extinta Cacães (Santa Cruz). Nos meados do séc. XIII, a paróquia de Penamaior era muito mais extensa e prolongava-se a Sul, até às proximidades de Frazão e de Seroa. Há mesmo quem afirme que Seroa lhe pertencia.



Em Penamaior as festas e romarias mais importantes são, a Festa da Nossa Senhora do Pilar que se comemora no dia 15 de Agosto, a mais importante da freguesia e a Festa em honra de Nossa Senhora da Hora que se realiza quarenta dias após a Páscoa. A Festa da Nossa Senhora do Pilar como o próprio nome indica é celebrada no Monte do Pilar, como devoção à Santa que se encontra exposta na capela a Ela dedicada. Aqui acorrem milhares de pessoas não só do concelho mas também de concelhos vizinhos quer para ouvir a missa campal, quer para merendar e desfrutar da magnífica vista e dos encantos da natureza que aqui são proporcionados.



Outros grandes motivos de interesse para a deslocação a esta festa são o de, em primeiro lugar poder assistir à magnífica procissão (uma das mais bonitas do concelho) que, em piedosa devoção, percorre todo o recinto, pelo meio da tarde, e, em segundo lugar poder ouvir as bandas filarmónicas que, durante todo o dia e em renhido despique, alegram o ambiente. A Festa da Nossa Senhora da Hora é celebrada na Igreja Paroquial, com missa festiva pela manhã e com uma bela procissão da parte de tarde, que se desloca da Igreja Paroquial até ao lugar do Sobreiro, onde dá a volta e retorna à Igreja.



“Ide por todo o mundo, anunciai a Boa Nova!”.


FIDELIDADE CRIATIVA PARA A MISSÃO




Começando a 24 e terminando a 27 de Setembro, dia de S. Vicente de Paulo, a Província Portuguesa da Congregação da Missão, esteve em Assembleia provincial, tratando o tema: “Fidelidade criativa para a missão”, no âmbito pessoal, comunitário e congregacional. Foram dias intensos de trabalho, reflexão, oração e encontro, nascendo daí as linhas programáticas para os próximos quatro anos. Eis alguns excertos do documento final: “Cada um de nós é animado pela voz que outrora nos fez deixar a terra para dar corpo a um projecto não meramente humano, mas divino. Como os apóstolos, sentimos o apelo para fazermos parte do grupo dos seguidores que, desprendidos de laços familiares e livres de outras ocupações, se dedicam em exclusivo ao anúncio do Reino de Deus”. “O chamamento a seguir Jesus faz-se através de intermediários. Alguém nos sugeriu o nome do apóstolo da caridade. E a semente vicentina cresceu em nós, reconfigurou a nossa forma de ser e de estar no mundo”. “Desde então, seguir Jesus consiste em contemplá-lo segundo o carisma de S. Vicente de Paulo, isto é, disponibilizar-se para O servir, especialmente, nos pobres”.

Em outro lugar, o texto afirma: “Seguir Jesus é um processo dinâmico. Nunca seremos discípulos perfeitos. Por isso, sentimos a necessidade contínua de repensar a nossa relação num marco de fidelidade criativa. Fidelidade criativa na oração (reavivar a dimensão espiritual), fidelidade criativa no estudo e na preparação dos trabalhos (formação permanente), fidelidade criativa à missão (sensibilidade aos mais pobres, assumindo uma atitude apaixonada pela evangelização à imagem do Divino Pastor).Daqui nasce o compromisso e o desafio de, na vida pessoal e comunitária para que, em decisões e acções concretas, os padres da missão (vicentinos) sejam capazes de responder aos apelos dos pobres e da Igreja na linha do fundador: “Em fidelidade ao carisma do fundador e em resposta ao chamamento de Deus, reconhecemos a nossa identidade como dom para a Igreja e para o mundo. Como tal, o que nos caracteriza como missionários vicentinos deve ser motivo de grande estima entre nós e, ao mesmo tempo, deve ser livremente testemunhado às pessoas que servimos. Neste sentido, a assembleia revê-se na necessidade de incentivar todos os confrades a aderir a uma mística mobilizadora, a mesma que outrora iluminou S. Vicente de Paulo na procura de soluções credíveis e adequadas às inquietações dos seus contemporâneos. Animados por esta mística – seguir Jesus regra da missão – poderemos continuar a ser, no nosso contexto, mensageiros de esperança numa sociedade mergulhada em profunda crise”.
 
Fé e Missão
No contexto do Dia Diocesano e da abertura do novo Ano Pastoral que gira à volta de dois eixos – Ano da Fé e Sínodo Diocesano –, o P. Manuel Nóbrega, vicentino, proferiu uma reflexão sobre o ano que vivemos e os desafios que se nos apresentam. A grande assembleia foi acompanhando a mensagem transmitida, descobrindo que a fé é um encontro e uma comunhão com Deus, encontro dinâmico e profundo, sempre peregrinação e busca; que é um encontro com O ressuscitado, que leva a uma amizade permanente com Jesus Cristo que leva a amar tudo o que Ele amou; que a fé é, ainda, um encontro com o irmão, que faz descobrir que toda a pessoa é oblatividade e receptividade.
Deste modo, os baptizados estão na Missão de Jesus Cristo, a única missão a viver e a testemunhar, em todos os tempos e, agora, com novo ardor, novos métodos e nova linguagem.
O conferente apontou várias pedagogias, formas de ser e de viver (pedagogia da Encarnação, do real – partir da vida das pessoas, contemplativa – visão positiva, da cruz – olhando de frente para as dificuldades, da opção clara pelos pobres, do serviço, comunitária e de comunhão – evangelizados e evangelizadores). Tais ensinamentos, vividos e partilhados, deixaram pistas e abriram caminhos.
O Ano da Fé, o Sínodo Diocesano, serão tempo propício para a reflexão e desafiam a um aprofundamento e a uma permanente formação cuja resposta poderá ser descoberta nos Encontros para Animadores promovidos pelo Centro Diocesano Missionário.

P. Agostinho Sousa, CDM/Beja

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Longomel prepara-se para uma acção missionária






A paróquia de Longomel, do Arciprestado e concelho de Ponte de Sor, Diocese de Portalegre-Castelo Branco, com 46,19 km² de área e 1 228 habitantes (2011), residentes no Rosmaninhal, Longomel, Escusa, Tom e Vale do Arco, recebeu o anúncio da Missão popular, a qual vai ter lugar de 26 de Maio a 9 de Junho do próximo ano.

Esta acção missionária, será um acontecimento forte para as gentes de Longomel, neste Ano da Fé, de Sínodo Diocesano e da celebração do 50º aniversário da sagração da Igreja paroquial.

O anúncio foi feito pelo responsável pelas Missões Populares Vicentinas, P. Agostinho Sousa, nas eucaristias dominicais de Longomel e de Vale do Arco. Para além deste momento, com convite a uma oração mais intensa e a uma preparação profunda a nível pessoal e comunitário, aconteceu a primeira reunião, em Vale do Arco, com a presença de 40 pessoas, representando os diversos centros populacionais desta paróquia. Estiveram presentes o pároco, P. Alberto e o P. Agostinho que procurou explicar o que é a Missão Popular e o caminho a ser feito neste tempo de intensa e cuidada preparação.



Principais objectivos da Missão

Evangelizar a comunidade paroquial é o primeiro e fundamental objectivo. A Missão é uma acção de evangelização com começo mas sem termo limitado. Tornar a comunidade evangelizadora e missionária é um outro objectivo. A Comunidade, na medida em que é evangelizada, vai-se tornando evangelizadora e missionária. Os Missionários que vêm de fora apenas orientam, animam, e coordenam a Missão. Após o Tempo Forte da Missão, os Missionários saem mas a evangelização continua entregue à Comunidade que se tornou evangelizadora e missionária de si mesma. Promover, empenhar e responsabilizar os leigos na Comunidade na linha do Concílio Vaticano II, investindo nos ministérios e serviços, são outros tantos objectivos da Missão para levar os crentes a dar respostas concretas: A criação de um serviço de caridade a favor dos necessitados da Paróquia, o investimento na catequese de adultos, na preparação e na celebração dos sacramentos.



Entre o Anúncio da Missão e o Tempo Forte o que acontece?

Torna-se necessário divulgar a notícia e criar os meios de comunicação. É preciso interessar-se por que os Visitadores façam, a tempo e com o devido préstimo, as acções que estão programadas para eles: pedir as casas para as reuniões, dialogar com os seus donos, consciencializando-os para esse gesto. Outras acções, com maior ou menor envolvimento podem tornar-se veículo próprio para lanças este desafio, de modo que a Missão chegue a todos e seja um desafio para todos.

A acção fundamental dos Animadores neste tempo de preparação da Missão é participar nas reuniões de preparação orientadas pelo Missionário (seis ao todo). Na última reunião de formação para os Animadores o missionário faz, com a Equipa Responsável, uma avaliação sobre a preparação da Missão, sobre o número de Assembleias, de casas para todas as Assembleias, de Animadores para todas as Assembleias, as acções de preparação foram todas feitas, sobre a carta de convite aos vizinhos e distribuída pelos donos das Casas, o resultado da informação sócio-religiosa, do número dos doentes e anciãos a visitar. É uma acção muito importante e criadora de alicerces para que a Missão toque o coração das pessoas e as faça chegar a Jesus Cristo, o Redentor. É este o desafio da Missão; é este o desafio para as gentes de Longomel.



In “Jornal Ecos do Sor”,

nº 1448, 25SET2012

sábado, 22 de setembro de 2012

FAMÍLIA VICENTINA EM FESTA





No passado dia 22 de Setembro realizou-se em Fátima, no Centro Pastoral Paulo VI o VIII Encontro da Família Vicentina.

O Grupo dos representantes dos 7 Ramos da Família Vicentina, propôs para tema do Encontro: ‘Família e Evangelização’ e entendeu distribuir a reflexão pelas 4 zonas do País, onde estão radicados mais membros que têm Vicente de Paulo por fundador ou inspirador das suas obras: Lisboa, Salvaterra de Magos, Mem Soares-Castelo de Vide e Felgueiras. Entre as várias apresentações desta temática houve canções interpretadas pelos jovens da Sociedade de São Vicente de Paulo.

Todos os Grupos nos deliciaram com belas encenações, apresentações em powerpoint e/ou canções. Todos, sem excepção, souberam tratar o tema proposto e dar uma ‘catequese’ sobre a importância da família na Evangelização. É na família que se dão os primeiros passos, que se recebem os exemplos e os valores cristãos. Os jovens tiveram um papel preponderante na reflexão e abordagem do tema.

No final das apresentações ouvimos as palavras conclusivas de D. Augusto César. Agradeceu aos jovens pelo seu empenho e dinamismo e felicitou-os por terem sabido tratar o tema e de terem dado exemplos vivos de Evangelização.

Concluída a parte da manhã seguiu-se o almoço. Na parte da tarde tivemos oportunidade de ver e ouvir os jovens de um modo mais descontraído, mais jovial que caracteriza qualquer jovem. A Juventude Mariana Vicentina teve um papel assinável em toda esta temática.

Foi muito agradável este dia que passámos em Família; foi um reencontro, pois no ano passado não nos foi possível reunir porque o Centro Pastoral Paulo VI esteve em obras.

Para mim foi também agradável ter feito parte na apresentação da parte da manhã e ter estado na assembleia durante a tarde. Asseguro que é bem diferente estar do lado de cá do palco. Mas valeu a experiência!

No próximo ano, no mês de Setembro, lá estaremos de novo, se Deus quiser.

Arlete Vieira, CMV

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

JORNADAS MISSIONÁRIAS NACIONAIS 2012



Testemunho

No passado mês de Setembro, entre 14 e 16, tiveram lugar em Fátima as Jornadas Missionárias. Este ano o tema escolhido foi VATICANO II: 50 ANOS, MISSÃO, MEMÓRIA E PROFECIA.

Quem pôde estar presente teve a oportunidade de ver e ouvir falar sobre a Missão, Ontem e Hoje, apresentação do Pe. José Antunes da Silva, SVD; Missão e Profecia, apresentado por D. Henri Teissier, Bispo Emérito da Argélia e ainda uma alocução de D. António Couto: A Alma da Missão.

Antes do Plenário, e pela primeira, vez houve 4 workshops, a saber: Missão e Infância; Missão e Infância; Missão e Voluntariado; Missão e Igreja Local. Este último workshop foi da responsabilidade do Pe. David Nogueira, director Diocesano OMP – Leiria/Fátima.

Participando eu nestas Jornadas há vários anos, perguntava-me porque não era falado o trabalho das Missões Populares, em Portugal. Este ano tive a satisfação de ter sido reflectido o trabalho das Missões no nosso País.

Pediu-me o Sr. Pe. Agostinho Sousa, padre Vicentino da Congregação da Missão (CM) Director das Missões na Diocese de Beja, que testemunhasse o que é ser Colaboradora da Missão Popular da Vicentina. Aceitei e partilhei com a assembleia presente (mais de cem pessoas), a minha experiência missionária.

“Fui chamada para a minha primeira Missão no ano de 2006 e, lá parti para terras transmontanas, mais propriamente para Limões, distrito e diocese de Vila Real, um tanto ou quanto preocupada, dada a responsabilidade que sentia. O que me impele a partir: para além da minha maneira de ser, por aquilo que é pedido, é a vontade de estar com os irmãos que, na maior das situações estão carentes, ávidos de aprofundar a fé. Entrego-me de alma e coração, e com muita alegria, nas visitas aos doentes, às pessoas que não podem ou têm dificuldade em sair de casa. A atenção que se lhes dispensa, a escuta das suas narrações é um ponto alto para estas pessoas”.

“Ir às Escolas e viver uns momentos com crianças e jovens, aqui a escuta já é deles e que rápido aprendem, é sempre uma alegria para mim. Claro que os missionados aguardam-nos com alguma ansiedade pois têm os seus receios e sentem muito a responsabilidade em receber ‘gente’ que vem, muitas vezes, de longe. Recordo-me que numa das Missões, já vão alguns anos uma jovem dirigiu-se às colaboradoras dizendo que estava muito contente connosco e já não estava nervosa porque de início andava receosa porque iam receber senhoras de Lisboa… e afinal chegou à conclusão que essas senhoras eram como as pessoas daquele ‘cantinho do país’ em que decorria a Missão”.

“É reconfortante ver casais desavindos que renovam o Sacramento do Matrimónio; vizinhos e/ou familiares que não se falavam e que a Missão lhes abriu o coração e fizeram as pazes; ver pessoas que andaram ausentes da Igreja, 20, 30, 40 anos e, também o passar da Missão lhes abriu o coração e receberam o Sacramento da Reconciliação. Tenho ecos que continuam nas suas vidas de cristãos assíduos e com fé renovada”.Estar na Missão Popular Vicentina é estar na Missão de Jesus Cristo”!

As Jornadas, este ano, com esquema diferente, também tiveram a marca da Missão Popular. Foi o workshop mais participado e notou-se que esta realidade era bastante desconhecida dos participantes, havendo quem se perguntasse se não poderia fazer uma experiência idêntica. Houve questões e, através do powerpoint ‘O que é a Missão Popular’ e alguns materiais que foram facultados, todos ficaram conhecedores desta forma de ser missionário.
Na Eucaristia de envio, além dos Missionários que partiram para as Missões ‘ad Gentes’, a Henriqueta Varela foi enviada para a Missão Popular de Penamaior, que se realiza de 30 de Setembro a 14 de Outubro.

A partilha de experiências, o encontro, a animação, ajudam a ganhar mais gosto pela Missão. Vale a pena participar na Jornada e, já no próximo ano, haverá a Peregrinação da Missão, envolvendo todos aqueles que, mesmo não participando em acções missionárias e de voluntariado, dia a dia, nas suas terras são missionários a tempo inteiro.

Arlete Vieira

domingo, 16 de setembro de 2012

Jornada Missionária Nacional 2012 - Conclusões



Vaticano II: 50 anos, Missão, Memória e Profecia


Nos dias 14 a 16 de Setembro, reuniram-se no Centro Pastoral Paulo VI em Fátima, cerca de 300 pessoas nas Jornadas Missionárias Nacionais.
O tema escolhido, “Vaticano II, 50 anos, Missão, Memória e Profecia”, pretendeu ajudar a viver o Ano da Fé numa perspectiva missionária.
A alma da Missão é o dom total de si mesmo, ao estilo e plenamente configurado com a Missão de Jesus. Ao missionário e à Igreja pede-se contemplação, fidelidade e entrega total ao anúncio do evangelho a todos.
O Concílio Vaticano II, convocado há 50 anos pelo beato João XXIII, foi uma lufada de ar fresco e apresentou à Igreja um documento ousado sobre a Missão. Um dos autores foi o jovem teólogo Ratzinger, actual papa Bento XVI. O Decreto Ad Gentes afirma que a Igreja é por natureza missionária (AG2) e, talvez por isso, todos os documentos do Concílio ganharam esta dimensão. Tal significou uma nova fundamentação teológica no amor fontal da Trindade que gerou uma mudança de paradigma da missão.
O documento que melhor traduz a receção do Decreto Ad Gentes em Portugal é a Carta Pastoral dos Bispos de 2010, “Como Eu vos fiz, fazei vós também”. Nela se retomam as intuições essenciais do Vaticano II: a Igreja existe para evangelizar e deve dar testemunho do evangelho; a Igreja local é a protagonista da evangelização junto de todos, baptizados e não baptizados; o contributo dos leigos é fundamental nas áreas onde só eles podem intervir e no voluntariado; o testemunho, o diálogo, o anúncio e a profecia são o novo rosto da Igreja missionária num mundo multicultural, multi-religioso e fragmentado social e economicamente; há necessidade de uma espiritualidade missionária que alimente uma atitude de vida de quem está disponível para ser enviado e partir.

A Missão hoje ajuda a construir uma Igreja testemunha do Evangelho, despojada de poder, assente no diálogo e na opção pelos mais pobres. Iniciativas como as geminações, voluntariado missionário, missões populares devem envolver crianças, jovens, adultos e idosos. É dando que se recebe e é abrindo-se ao outro que se impede a asfixia das nossas comunidades cristãs.
D. Henri Teissier, bispo emérito da Argélia, testemunhou de viva voz e experiência feita a missão da Igreja num contexto 100% muçulmano. Falou da riqueza que é anunciar o Evangelho, mesmo àqueles que não se querem converter. Partilhou experiências de testemunho radical como o dos monges trapistas de Tibhirine, martirizados em 1996, na Argélia. A Missão de presença e partilha de vida permite acolher o que os outros têm para nos dar da parte de Deus. O maior testemunho é dar a vida pelos não cristãos.
Esperamos que o próximo Sínodo sobre a Nova Evangelização traga à Igreja um novo dinamismo missionário.
Realizaram-se quatro Workshop’s, em simultâneo, sobre Missão e infância, Missão e Juventude, Missão e voluntariado, Missão e Igreja Local.
Foi dada a sugestão de que o domingo das Jornadas se torne progressivamente a Peregrinação Nacional da Missão.
Solidarizamo-nos com o papa Bento XVI em visita pastoral ao Líbano.
As próximas Jornadas Missionárias Nacionais decorrerão nos dias 20, 21 e 22 de Setembro de 2013.

Fátima, 15 de Setembro de 2012,
memória de Nossa Senhora das Dores

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

COMISSÃO DAS MISSÕES



A Comissão das Missões Populares da Província Portuguesa da Congregação da Missão reuniu-se no dia onze de Setembro, na ‘Domus Flavia’, em Chaves. Estiveram presentes os Padres Agostinho, Álvaro, Carlos Moura, Pereira e Bruno
A reunião serviu para apreciar o calendário das actividades relacionadas com as missões populares. O Pe Agostinho apresentou o mapa das missões não só para este ano pastoral mas também para os seguintes. Falou-se das Missões que irão acontecer proximamente, entre as quais, a missão de Penamaior com início a trinta de Setembro orientada pelo Pe Pereira e a missão em Santo André, em Novembro. Abordaram-se ainda outras actividades missionárias: a nossa participação na Jornada Missionária Nacional, no workshop “Missão e Igreja local”, a experiência missionária do Pe Agostinho na Diocese de Beja, os encontros de formação para animadores da comunidade, as actividades missionárias, em tempo de férias, os vários encontros de pós-missão e a própria assembleia provincial, no que diz respeito às opções prioritárias da Província, nos próximos anos.
Partilharam-se algumas ideias sobre os temas a usar nos trabalhos da missão, pois há grupos da pós-missão que já não têm materiais para as suas reuniões. Decidiu-se continuar a usar os esquemas preparados pelo Pe Gouveia, a começar pelo grupo “A caminhada continua”. Foi sugerido que fossem colocados, em anexo, na agenda missionária, mais elementos que se considerem importantes para as celebrações da missão. Também se falou da aquisição de cruzes para os missionários e animadores (missa do envio) e de medalhas milagrosas.
Foram tratados outros assuntos, entre os quais a presença dos Colaboradores da Missão e a sua disponibilidade para integrar as equipas. Nas Missões na diocese de Beja, tanto quanto possível, as equipas missionárias serão constituídas por leigos e religiosas/religiosas daquela diocese.
Terminamos a reunião abordando o assunto relacionado com o blog das Missões e sobre a pertinência de se encontrar alguém que possa colaborar neste serviço. Esta ideia foi bem acolhida e o P. Agostinho irá tentar encontrar alguém que goste deste trabalho e que possa aceitar esta missão.
Alguns destes aspectos irão ser partilhados com os CMV, presentes em Fátima, no final da Jornada Missionária Nacional, na reunião que foi convocada para esse fim.

P. Bruno Cunha
Chaves, 12 de Setembro 2012

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Granho e Glória do Ribatejo: Ano da Fé, ano de Missão




A equipa sacerdotal vicentina da zona pastoral de Salvaterra de Magos programou uma Missão Popular para todas as paróquias. Começou em Março último, em Foros de Salvaterra, fazendo coincidir este tempo forte de evangelização com o 50º aniversário da sagração da igreja paroquial. Seguem-se as paróquias do Granho – 20 de Janeiro a 3 de Fevereiro - e a Glória do Ribatejo – 17 de Fevereiro a 3 de Março. Posteriormente serão as paróquias de Marinhais e de Muge.




Dezoito anos depois

A povoação do Granho viveu a Missão popular há 18 anos quando foi elevada a paróquia. Depois de uma caminhada feita, com altos e baixos, de novo, vai viver um momento de revitalização da comunidade, neste Ano da Fé.

O anúncio da Missão Popular aconteceu a 8 de Julho, na Eucaristia dominical, à qual se seguiu a reunião com a comunidade presente e com o pároco, P. António Teixeira. Embora ainda na memória de muitos este acontecimento marcante da vida da aldeia, foi salientado que a Missão não será um recordar da primeira, mas o ir mais longe, criando desafios mais elevados, solidificando as bases da vivência da fé da comunidade.

Apontaram-se métodos a usar e as metas a atingir, procurou-se encontrar os animadores e as casas para as assembleias familiares, definiram-se estratégias e tempos para a vivência da pré-missão. A segunda de seis reuniões foi marcada para o dia nove de Setembro, a coincidir com o anúncio da Missão na vizinha paróquia da Glória do Ribatejo.




“A grande comunidade”

Também a Glória do Ribatejo viveu a experiência da Missão. Foi em Fevereiro de 1992. Foram tantas as comunidades e tanta a participação que houve necessidade de fazer a celebração das comunidades, no adro da igreja, pois a multidão não cabia no templo.

Agora, a 9 de Setembro, foi dado o primeiro passo para uma nova experiência de Missão. Na Eucaristia, sob o olhar de Nossa Senhora da Glória, foi feito o anúncio. Com o tema “Abrir a porta da vida, abrir o coração ao amor” foi dado o mote para a reunião da tarde, participada por mais de quarenta pessoas. O pároco, P. João Maria, desde há bastante tempo, tem convocado a comunidade para a Missão. Os delegados e representantes dos grupos e movimentos, com a sua presença e disponibilidade, assumiram o desafio e comprometeram-se na preparação cuidada do tempo da Missão.

Marcaram-se os “trabalhos de casa”, a calendarização das reuniões e todos receberam documentação alusiva aos métodos e conteúdos da Missão. Vincou-se ainda a necessidade e a importância da oração intensa quer a nível pessoal, quer a nível da comunidade.

No Ano da Fé e em ano de Missão, mais duas comunidades paroquiais apostam no encontro mais comprometido e forte com o Senhor. Com esta aposta e entrega nasce a certeza de que Ele é “âncora, caminho, amor, salvação. Com a âncora, paramos em Cristo. Ele está no nosso coração” (*).



(*) – Frase escrita num dos cartazes da Missão, na Glória, em 1992



P. Agostinho Sousa

10SET2012