quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Missão Popular em Salvaterra de Magos


De 8 a 22 de Março do próximo ano, a vila de Salvaterra de Magos viverá um tempo forte de Missão. Confiada aos cuidados pastorais dos Padres da Missão desde 1982, foi nos primeiros anos da década de noventa que a paróquia de S. Paulo, Apóstolo, experimentou esta acção missionária que deu o mote para que as outras terras do concelho de Salvaterra de Magos também se abrissem à Missão.
Desta vez, verifica-se uma caminhada com o sentido inverso: depois de todas as paróquias já terem vivido recentemente a Missão Popular, para fechar o ciclo, esta experiência vai acontecer na paróquia-sede. Os apelos do Papa Francisco e a Carta pastoral do Bispo diocesano, D. Manuel Pelino, intitulada “A alegria do Evangelho rejuvenesce a Igreja” ajudaram a amadurecer a ideia da Missão e a calendarizar a mesma, dentro de uma caminhada quaresmal, tendo como horizonte a Cruz Redentora de Cristo.

Anúncio e primeiros encontros
O anúncio solene da Missão foi feito no dia da Festa da Exaltação da Santa Cruz, o segundo domingo do mês de Setembro. Nas Eucaristias dominicais, foi feito o convite a toda comunidade celebrante para que abrace o projecto da Missão, reze pelos bons frutos da mesma, se empenhe de forma particular e em grupo na preparação interior e exterior desta acção extraordinária. Pediu-se a todos que levem a notícia às famílias, aos vizinhos, aos conhecidos e que transmitam a todos que “a alegria do evangelho é a nossa missão”.



Na parte da tarde, na casa da Sagrada Família (Creche Velha), com a presença do pároco, P. José Carlos e do P. Agostinho, coordenador da Equipa vicentina das Missões, houve um encontro aberto a todos. Não foram muitos os que se disponibilizaram a participar nesta reunião onde, por imagem e diálogo, foram apresentados os tempos da Missão, os caminhos e acções a concretizar, as pessoas a envolver, os passos a dar.
Entretanto, já aconteceu novo encontro, estando marcado um outro para 26 de Novembro. Agora, com mais alguns participantes, sobretudo, responsáveis de grupos e movimentos, fez-se o ponto da situação, propuseram-se iniciativas e tempos de execução das mesmas, sugerindo-se que fossem aproveitadas as mensagens a propósito de datas festivas (novena da Imaculada Conceição, Natal e outras) para divulgação e convite.
Além da eventual criação de um espaço na internet, foi proposto que a gente mais nova, de modo particular, o Agrupamento 68/CNE, os alunos de EMRC, a catequese (crianças, catequista e famílias), o Centro Paroquial e também as Oficinas de Oração tivessem um envolvimento maior nesta fase de anúncio e de pré-missão.
Entretanto, foram distribuídos materiais de apoio e de reflexão para que, tão breve quanto possível, se encontre a Equipa coordenadora/dinamizadora da Missão.

Carta pastoral do Bispo e Missão
Na reflexão feita nos dois encontros esteve bem presente a Carta do Bispo de Santarém onde, a certo ponto se pode ler: “Todos temos uma missão, Deus precisa de cada um de nós para realizar o Seu desígnio de salvação. Nesta perspectiva, como afirma o Papa Francisco, “a Igreja em saída é a comunidade dos discípulos que primeireiam, (tomam a iniciativa), que se envolvem, que acompanham, que frutificam, que festejam” (EG 24). Estes quatro verbos – envolver-se; acompanhar; frutificar, celebrar, precedidos de um movimento – tomar a iniciativa – orientam a missão do discípulo. Todos somos discípulos, todos caminhamos e progredimos, todos tomamos iniciativas para enfrentar os desafios, despertar do torpor, sensibilizar para a fé; envolver-se, vencer a indiferença, sentir-se interpelado pela situação dos outros; acompanhar, aproximar-se e cuidar dos outros, agir em rede, trabalhar em equipa, reconhecendo, acolhendo e dando espaço aos dons diferentes do Espírito Santo; frutificar esforçando-se por traduzir a Palavra e o culto na vida quotidiana dando frutos segundo o Espírito Santo (amor, alegria, paz e paciência…); celebrar, descobrir as bênçãos e dons com que Deus enriquece a nossa vida e a igreja e, pela liturgia, dar-lhe graças entregando-nos nas suas mãos e confiando na sua providência. “A Igreja evangeliza e se evangeliza com a beleza da liturgia que é também celebração da actividade evangelizadora e fonte de um renovado impulso para se dar” (EG 24) ” (Nota pastoral).
São estes os desafios da Igreja universal, da Igreja diocesana, de cada paróquia, de cada baptizado. Também na paróquia de S. Paulo, Apóstolo, e na senda do grande missionário de todos os tempos, foi lançado o desafio: “Salvaterra de Magos, vila e paróquia, estás convocada para a Missão!”.

P. Agostinho Sousa, CM


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Missão Popular: Discernir, simplificar e dar lugar à criatividade





A 14 de Outubro, em Fátima, na Casa da Medalha Milagrosa, aconteceu uma reunião extraordinária da Comissão das Missões. Estiveram presentes os Padres Pereira, João Maria, Manuel Mário e Agostinho, membros deste grupo de trabalho, bem como os Padres Manuel Nóbrega, José Alves e Fernando Soares, que foram convidados para uma manhã de reflexão sobre a Missão Popular, seus esquemas, dinâmicas, propostas, respostas, conteúdos e métodos.

O “sino tocou a rebate” e determinou a urgência deste encontro. A propósito de um pedido de Missão Popular para determinada zona/paróquia de uma das dioceses onde temos uma comunidade, depois de um encontro pessoal com o respectivo pároco, ao ser-lhe enviado o material existente e disponível para o conhecimento do caminho a fazer para a vivência da Missão Popular, o referido padre elogiou o esquema, método e doutrina da documentação apresentada, mas chegou à conclusão que naquele meio e com a gente que tem ao seu cuidado pastoral, não lhe era possível aceitar a proposta avançada.



Tal constatação levou a que nos déssemos conta de que há a realidade dos esquemas e da doutrina e há a situação concreta das pessoas e paróquias onde não há meios e gente para levar por diante a Missão Popular.

Uma vez que o Bispo daquela Diocese sugere que a animação missionária pode acontecer através dos Cursos de Cristandade e das Missões Populares, e sendo um campo aberto para levar por diante a reconfiguração das nossas actividades, não se podia adiar esta reflexão para o Fórum, em Abril, ou para outras reuniões desta Comissão, em outras datas.

A Missão, uma marca a preservar e a estruturar
Em diálogo aberto e partilha de experiências, falou-se da situação concreta e avaliou-se a “angústia” daquele pároco (e de outros) quando querem a Missão Popular e se vêem limitados com a escassez de meios humanos, físicos e até, económicos.

Quanto ao esquema, concluímos que ele serve, uma vez que é um auxiliar/base de trabalho, mas não está fechado à novidade, nem às condições reais do meio e do espaço a evangelizar, uma vez que são diferentes, com características próprias. Assim, a equipa, ou pelo menos o padre missionário, devem estar por dentro da realidade, visitando a localidade e ser ele, tanto quanto possível, a fazer a preparação.

Ao nível da preparação dos Animadores, os cinco encontros com cinco temas, devem ser mais acessíveis, pois são muito catequéticos e pouco práticos. São difíceis de interiorizar e exigem simplificação. O mesmo se pode dizer dos textos das Catequeses da Missão. Deverão ser simplificados, com apenas uma citação bíblica, que servirá de mote para a reflexão.



Cada vez mais, dada a complexidade da vida das pessoas, há muitas resistências que é preciso ultrapassar: comodidade - não querendo mais do que o já se tem; individualismo – cada um em sua casa, com as suas preocupações; falta de formação religiosa e bíblica - o que motiva uma certa apatia e, em alguns casos, um certo desconforto. O isolamento, a desertificação e o envelhecimento em certas zonas também são motivos que criam resistências, medos ou incapacidades. A arma a usar, nestes casos, é a insistência e a luta por ideais, por metas, tendo como objectivo a formação da Comunidade. O discernimento e o conhecimento da realidade levam a uma criatividade, rica e empenhada.

Sendo uma marca do ministério dos Padres da Missão, as Missões Populares exigem uma estruturação e um relançamento. Incidindo a reflexão dos presentes sobre uma zona concreta, falou-se da itinerância nesses locais levando a que nos nossos campos de acção, esta marca vicentina não só seja testada e experimentada, mas seja um objectivo a atingir.

A Missão deverá ter um tempo. Além da pré-Missão - tempo de preparação próxima e da Missão - tempo forte, deverá existir um timing de fim de ciclo. A indefinição de tempo da pós-Missão, leva a um desinteresse quase imediato ou a um arrastar-se sem objectivos definidos. A Missão, tal como está estruturada leva à construção da comunidade e dá voz à comunidade. Mas para que tal seja possível deverá ter-se em conta a formação dos leigos, nomeadamente, os animadores da (s) comunidade (s). Estes, sempre que possível, devem ser da comunidade a evangelizar e, mesmo a equipa missionária deve ser composta por pessoas da zona ou da diocese em causa.

Dimensão missionária da comunidade
A Missão Popular aparece nas paróquias como uma segunda oportunidade de 1º anúncio. Por isso exige sempre que se saiba o que fazer e como fazer, qual o princípio e o fim desta experiência. A dimensão missionária das comunidades deve estar sempre na mente de quem pede e de quem promove a Missão. Tanto quanto possível, em cada zona, deverão promover-se encontros de formação para animadores.

A nível de Província, quando se fala de reconfiguração, dever-se-á colocar a questão: “Missão e fixação do património”. Tal reflexão e convicção, prende-se com as casas que temos e a missão que somos chamados a fazer, sabendo-se que ‘o servo é aquele que está na casa do outro’.

Certezas e imperativos
Para que a Missão resulte e leve a uma vivência dinamizadora da comunidade paroquial o pároco tem que ser o primeiro a entrar em Missão. Ou o pároco entra na Missão ou não há Missão possível, pois ele será o garante da continuidade. Os animadores são uma outra peça importante para que a Missão leve a mudanças profundas na comunidade. Daí a necessidade de uma formação simples e adequada, mais bíblica e menos catequética, com linguagem simples e inteligível pelo povo. Daí a necessidade de produzir temas com linguagem adequada, com metodologia própria, com perguntas a exigir uma resposta.

Cada um dos participantes, no tempo da Missão ou da pós-Missão deverá ter em mão um exemplar das reflexões, levando-os, por exemplo, a sublinhar o texto, a repetir a leitura, a explicar por palavras próprias o que se leu, o que foi apresentado.


É caminhando que se faz o caminho. Como no início se afirmou, os esquemas para a Missão, pré-Missão e pós-Missão são um auxiliar, uma base de trabalho. Estão abertos á novidade e ficam enriquecidos com as realidades, experiências e propostas que foram preparadas e testadas em determinada região. Os esquemas não poderão ser impeditivos de uma resposta missionária a quem a solicite para um povo ou um local concreto. Ao missionário que prepara e, se não for o mesmo, ao que faz a missão, exige-se uma abertura de alma e de mente de modo a que possa transmitir sempre a certeza de que, como dizia Vicente de Paulo, a “Missão é Jesus Cristo”.

Depois desta reunião e após novo encontro com aquele Pároco, a Missão vai realizar-se não apenas na paróquia para a qual havia sido pedida, mas também para as outras duas paróquias que lhe estão confiadas.

O Fórum, em Abril próximo, aberto a missionários, párocos, animadores e a outros agentes pastorais terá como finalidade continuar esta reflexão. Todos estão convocados! De todos se espera uma participação activa, profunda e missionária.
P. Agostinho Sousa,
Comissão da Missões Populares
da PPCM

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

ALMODÔVAR: Anúncio da Missão e Festa Missionária


As paróquias de Almodôvar confiadas aos cuidados pastorais da Comunidade dos Missionários do Verbo Divino costumam celebrar no último domingo de Outubro a Festa Missionária. Esta iniciativa que já se realiza há muitos anos congrega várias forças vivas da localidade que procuram criar um ambiente propício para um dia diferente onde a alegria, a cor, o entusiasmo, as vozes, o espaço, o convívio e a dimensão missionária estão bem presentes.



O Centro Coordenador de Transportes é o local escolhido para este encontro festivo. O seu interior assemelha-se a uma cruz e é adornado com motivos que, desde logo, interpelam e apontam o caminho da Missão. Ao longo do ano há um trabalho aturado de preparação, a nível pessoal e comunitário, para colaborar num projecto missionário, em países africanos. A oração, os trabalhos que se fazem para a venda missionária e a partilha são eixos que movem as várias gerações: as crianças da catequese, os velhinhos dos lares, as famílias, os escuteiros e todos aqueles que se deixam tocar pelo desafio da Missão.
Um grande painel onde se podia ler: “Missão – Paixão por Jesus e por todos” dava o mote a este encontro, onde as crianças, com as cores dos cinco continentes, emprestavam a alegria e o envolvimento de tanta gente que, em horas a fio, colocou a sua arte, bom gosto e generosidade ao serviço do Evangelho.
Se nos braços transversais deste local se notavam os sinais do sagrado e o espaço para a vivência da Eucaristia, força e centro da Missão, os braços perpendiculares estavam preenchidos com as iguarias para o almoço partilhado e com os trabalhos artesanais para a venda, cujo produto se destinava ao projecto assumido para este ano: “Mãos Missionárias” - reabertura da Missão no Cafunfo e Mussuco - Angola.
Entre a numerosa assembleia encontravam-se o presidente da Câmara e outras individualidades que sempre têm apoiado esta festa de cariz missionário.

Anúncio da Missão Popular
A vila de Almodôvar e os montes circundantes irão viver um tempo forte de Missão. De 12 de Abril a 12 de Maio, em dois períodos de 15 dias, acontecerá nesta zona da diocese, a Missão Popular.


No dia da celebração da festa missionária foi feito o Anúncio solene deste Acontecimento. A comunidade foi convidada a rezar pela Missão e a fazer um caminho intenso de preparação próxima para uma vivência plena dos quatro objectivos que foram propostos: Constituição de pequenas comunidades (assembleias), em ordem à vivência semanal do domingo (reuniões e celebrações, sobretudo, nos montes e aldeias dispersas); Formação de Animadores de Comunidades; Animação, apoio e envolvimento das Famílias na vida da Comunidade; Formação bíblica para os agentes pastorais e aberta a todos.
Além da comunidade sacerdotal que serve estas Paróquias, participaram na Eucaristia os padres Agostinho, responsável pelo Centro Diocesano Missionário, que presidiu, e o P. Joaquim Domingos, secretário das Missões da Congregação do Verbo Divino.
A homilia centrou-se na liturgia do dia que “inspirava uma reflexão sobre a Missão e o acolhimento que se deve fazer à Palavra de Deus e ao irmão. Ao falar de Paulo, o grande missionário de todos os tempos, era apresentada uma comunidade viva e empenhada. Os cristãos de Tessalónica tornaram-se famosos pelo seu acolhimento: acolhimento à Palavra de Deus e acolhimento aos ministros da Palavra!”
“Estar aberto à Missão, viver a ‘paixão por Jesus e por todos’, exige uma atitude pastoral de acolhimento, acompanhamento e abertura: Acolhimento cordial a todos “para olhar nos olhos e escutar” (EG 46); Acompanhamento pessoal de cada um, sobretudo “de quem ficou caído à beira do caminho” (EG 46) uma vez que “é preciso acompanhar, com misericórdia e paciência, as possíveis etapas de crescimento das pessoas, que se vão construindo dia após dia” (EG 44); Abertura aos outros, de modo que, “quem quiser voltar tenha sempre as portas abertas, para entrar sem dificuldade” (EG 46) ”.
“Viver em Missão permanente requere que a Comunidade paroquial seja “uma mãe de coração aberto” (EG 46), “a casa aberta do Pai” (EG 46), “onde há lugar para todos, com a sua vida fatigante” (EG 47). Para tal, são precisas pessoas disponíveis, “animadores animados”, com alma e coração, capazes de transmitir o Amor de Deus, pelo seu testemunho, dedicação e entrega. Deste modo somos uma Igreja que celebra o seu Senhor, ao domingo, nas grandes catedrais, mas também nos locais mais esquecidos ou distantes, que parte e reparte o Pão da Palavra e o Pão da Eucaristia, que vive a comunhão fraterna e celebra o amor apaixonado de Deus pelos seus filhos e filhas”.

Pré-Missão na vila, aldeias e montes
Aproveitando o contexto de Outubro ser o mês Missionário e do Rosário, em Almodôvar e Graça dos Padrões já se começou a viver em pré-Missão. Ao longo de quinze dias, nos vários bairros e zonas da vila de Almodôvar (S. Pedro, Eiras, Sta Rufina, Espírito Santo, Sto António, Mártir e Santo, Maldonado, Monte Rei e Cova da Burra), em casas de família, lares ou centros, a Imagem da Senhora das Missões, vai passando e a todos convida para a Missão. A oração comunitária ou em particular, o encontro com as famílias e com os doentes, vão abrindo caminho para o lançamento das pequenas comunidades familiares e fazer a descoberta de potenciais animadores das mesmas.
Várias Associações locais foram desafiadas a participar nestes momentos de encontro e de procura. Responderam com dignidade e disponibilidade. Apraz-nos registar a presença assídua da GNR, mas também a abertura e postura da CERCICOA, do Lar da Sta Casa da Misericórdia, dos Bombeiros, dos Amigos de S. Pedro, do Moto Club e da Columbófila.


Também as periferias (Graça: Igreja e Lar de Nª Sª da Luz, Semblana, Porteirinhos, Mestres, Gorazes, Vinha, Viúvas, Guedelhas, Fontes Ferrenhas, Corvatos, Mestras e Cortezorrinho) não são esquecidas.
Além da presença da Imagem para abrir portas para o anúncio da Missão, com esta acção pretende-se não só um melhor conhecimento das populações residentes, mas também a descoberta de líderes que, com a preparação necessária, possam ser animadores em vista do encontro semanal de oração e de reflexão da Palavra de Deus. Durante um dia e uma noite, há um trabalho de base que irá sendo intensificado ao longo destes meses de preparação. Onde há Capela ou em casa de famílias, a presença de alguns leigos da Vila, ajudam a um encontro mais pessoal e mais aberto.
Além destas acções, foi apresentada à Comunidade a equipa dinamizadora da Missão. Este grupo é composto pelos três sacerdotes/párocos e por doze leigos. Sendo o cérebro organizador da Missão, a ela compete motivar as pessoas, interessá-las, levá-las a aceitar e a preparar a Missão e a participar nela. O melhor meio para o fazer é a visita, o diálogo e o apelo ao compromisso do maior número de pessoas.
A Missão é uma acção de Deus na Comunidade. Oração e abertura ao Espírito de Deus são parte fundamental em todo o trabalho desta Equipa. Tudo isto já é estar em Missão!

P. Agostinho Sousa, CDM/Beja

sábado, 25 de outubro de 2014

PONTE DE SOR: UMA AVENTURA, UM DESPERTAR!



Por terras de Ponte de Sor
Despertou um novo fulgor
Que gerou inquietação!
Numa espera paciente
Verificamos que aquela boa gente
Estava preparada para a ação!

Pelas ruas da cidade
Descobríamos novidade
Naquele povo que sabe cativar!
Um olhar cheio de ternura
Um sorriso de quem procura
Algo que possui e quer ofertar!

Um assunto era discutido
Por quase todos, acolhido:
- PONTE DE SOR EM MISSÃO!...
Em muitos rostos ainda residia a insegurança
Que se desfez com a esperança
Que Jesus transforma o coração!

Não tardou a absoluta certeza,
Que podíamos contar com a grandeza
Que Ele coloca em cada alma desperta.
Como os cristãos das primeiras comunidades
Apresentaram sua disponibilidade
E sua presença de coração e alma aberta!

Uniram seu esforço e vontade
Formaram nos arredores e em toda a cidade
Assembleias, em habitação nova ou antiga!
Com a partilha do seu tempo, bens e saber
Devolveram a alegria a quem carrega o sofrer
E sente necessidade duma mão amiga!

Foram dias que marcaram o rumo de tanta gente!
Ponte de Sor que já era excelente
Ainda tem muito mais para dar!
O seu tempo para os doentes e velhinhos
Para aqueles onde a dificuldade tranca caminhos!
São esses, que por ti, PONTE DE SOR, vão esperar!

A Missão não tem mais fim
É para todos, também para mim
Um compromisso, um agir, um acreditar!
Pés ao caminho e mãos à obra
Dá do que és e do que tens, não só do que sobra
E verás que por ti, novo mundo vai despertar!

Um abraço amigo
da Teresa Matos,

Missionária vicentina

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Crismas: Bispo eleito de Beja em Santiago do Cacém


“Sede minhas testemunhas”
A paróquia de Santiago do Cacém, em Dia das Missões, celebrou o sacramento da Confirmação. Já é uma data consagrada e marca o desafio permanente da entrega à Missão, à vivência do sacramento e à construção de uma comunidade evangelizadora.


Presidiu à celebração o Bispo diocesano, D. António Vitalino. Facto inédito e primeiro, a presença do Bispo eleito, D. João Marcos. Foi uma paróquia (Unidade Pastoral) confiada aos Padres da Missão que, na diocese, deu as boas vindas e acolheu o Bispo eleito. Para além da novidade, a sua presença cativou as pessoas que viveram este dia. A proximidade, a simplicidade e a presença ajudaram a conhecer melhor aquele que nos foi dado como pastor, como bispo coadjutor. Concelebraram os padres Pedro e Agostinho, da comunidade vicentina de Santiago de Cacém e o P. Alberto Baptista, director do Notícias de Beja.
A igreja Matriz encheu-se de fiéis, sobretudo, dos familiares e amigos dos crismandos. Estes, num total de 24 pertencem às paróquias de Santiago do Cacém (7 adultos e 10 jovens), de S. Francisco da Serra (6 jovens) e de Abela (1 jovem). Os coros paroquiais animaram a Eucaristia e o Agrupamento 722, uma vez mais, teve presença activa e digna.

Na homilia, D. António exortou os crismandos e a todos para que sejam testemunhas de Jesus Cristo, sem medos, pois Ele é o único que salva. Pediu a todos que sejam dóceis ao Espírito Santo e que se deixem tocar pela sua força e modelar pelos seus dons para discernir a quem devemos seguir e servir. Com serenidade e seriedade, um a um dos crismandos, de túnica branca, receberam o Santo Cristo, o dom de Deus.
As comunidades cristãs ficaram mais ricas com o compromisso de pertença e de co-responsabilidade destes cristãos adultos! São bem-vindos, a comunidade conta com eles, Cristo precisa deles. No final, no salão paroquial aconteceu convívio, partilha, festa. Tudo bem preparado, com esmero e dedicação dos catequistas, dos crismados e das suas famílias. Um dia grande e em grande. Bendito seja Deus!

P. Agostinho Sousa, CM

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

2ª Jornada Missionária Diocesana



Família, Dom e Missão
Aljustrel, vila mineira, no passado sábado, véspera do Dia mundial da Missões, acolheu a 2ª Jornada Missionária diocesana. Para este encontro, todos os diocesanos, por muitos e variados meios, foram convocados para um dia diferente, para tempos de reflexão, de oração, de convívio, de celebração.
Acorreram algumas dezenas de pessoas. Talvez, um pouco mais de uma centena. Mesmo com um vasto programa, com espaços dignos, com uma preparação esmerada, soube a pouco e levantou questões pertinentes: A Missão interessa? A Família, diz-nos alguma coisa? Já sabemos tudo? A Diocese, o plano diocesano é para inglês ver? Faltou motivação, houve sobreposições ou “o meu quintal é mais importante que o campo imenso da Missão?”
Dado que o programa da manhã estava orientado para ser vivido pelas três faixas etárias (catequese, juventude e adultos), houve que fazer accionar o plano B, ou seja, entrelaçar as várias temáticas e juntar, numa mesma sala, todos os participantes. Deste modo, quase se encheu o auditório da Biblioteca Municipal de Aljustrel.



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A Missão começou agora!





Missão Popular pela ação do Espírito Santo abriu e transformou os corações

A Paróquia de Ponte de Sor viveu a Missão Popular durante duas semanas.
Teve o seu início no dia 27 de Setembro com uma missa vespertina, onde todos os Animadores e donos das casas foram enviados.

Ao longo de três dias, as pessoas reuniram-se em Comunidades familiares, ao estilo da igreja primitiva, onde se trocaram ideias sobre o que é a religião, Jesus é o Redentor e todos os que crêem em Jesus formam uma grande família. Mais de seiscentas pessoas, à tarde ou à noite, acorreram aos encontros e formaram 46 Comunidades.
No dia 3 de outubro, foi o encontro de todas as Comunidades na Igreja Matriz, levando cada uma o seu cartaz e apresentando publicamente o testemunho dos três dias de encontros.

E como foi bonita esta partilha! Cada comunidade entregou bens alimentares, tendo-se conseguido mais de 600kg de alimentos que foram entregues diretamente a 48 famílias indicadas pelas próprias comunidades.

Entusiasmo e alegria
No dia 4 de outubro, realizou-se a procissão em honra de São Francisco de Assis, padroeiro da paróquia, terminando com uma encenação alusiva ao santo padroeiro e foram entoados cânticos pelo Coro Polifónico de Ponte de Sor, que amavelmente nos brindou com a sua presença. De salientar neste dia, a participação dos Bombeiros Voluntários e da Fanfarra que deu mais solenidade ao momento.
A imagem de São Francisco de Assis visitou lugares fora de Ponte de Sor, mas que fazem parte desta paróquia. O santo de Assis esteve em Pinhal, Domingão, Foros do Domingão, Vale da Bica, Tramaga, Cansado, Pedrógão, Ervideira, Torre das Vargens, Vale de Bispo, Barreiras, Fazenda, Barroqueira, Pinheiro e Arneiro.
Todas as pessoas mostraram entusiasmo e alegria, enfeitando casas e levantando altares à passagem do santo padroeiro. Houve visitas a lares e outras instituições, escola, casas de famílias com doentes e durante a 2ª semana, todos os dias às 21h se celebraram eucaristias temáticas.

A catequese e a Missão Popular
A Missão Popular também se sentiu na catequese, com atividades próprias. No dia 4 de outubro, dia de São Francisco de Assis, pelas 10h30, foi exibido o filme “Cavaleiro de Assis” alusivo à vida daquele santo. Houve pipocas e de seguida os catequizandos desenharam o que mais gostaram de ver no filme. Por fim, responderam a um “quiz” sobre o mesmo tema.


No dia 5 pelas 12h00, a Missa foi animada pelos catequizandos e catequistas. Os cinco continentes e as suas respetivas cores deram um belo colorido à Igreja: bandeiras, fitas, flores e até uma pequenina dança executada pelos catequizandos. A Paz e a fraternidade entre todos os povos foram os valores exaltados na eucaristia da catequese, dentro do espírito da Missão.

Missão Popular superou as expetativas
O encerramento fez-se com a Eucaristia no dia 12 de outubro e por fim houve um almoço partilhado. A Missão Popular enriqueceu mais os cristãos desta paróquia, superou as expetativas, são agora mais família. Reforçaram-se laços de amizade, houve um diálogo cristão e viveu-se o verdadeiro sentido de Igreja.



A paróquia é a comunidade cristã e à semelhança dos primeiros cristãos, a união com Cristo faz-se partilhando a oração, o amor, a alegria e os bens materiais. A Missão popular pela ação do Espírito Santo, transformou, abriu mais os corações de todos os que estavam fechados no seu “templo” e aproximou todos e cada um. Ser cristão não é estar só, mas sim viver com Cristo e com os irmãos. A Missão não acabou, começou agora.

Ecos do Sor, 14Out2014
Assunção Caria, directora adjunta