sábado, 21 de fevereiro de 2015

“Como eu vos fiz, fazei vós também“

Tendo bem presente a Carta dos Bispos portugueses, “Para um rosto missionário da Igreja em Portugal”, datada de Junho de 2010, reuniram-se em Fátima, na Casa da Senhora das Dores, no dia 16 de Fevereiro, os Directores diocesanos das OMP. Estiveram representadas 12 dioceses.
Da ordem de trabalhos constava a avaliação das Jornadas Missionárias de 2014, do Outubro Missionário e da Jornada da Infância Missionária. Um a um os directores analisaram estes três eventos, quer a nível nacional quer a nível diocesanas, partilhando as iniciativas e as dificuldades na entrega e uso do material disponível para a vivência destes momentos significativos e marcantes da vida das comunidades. Também foi assinalado caminho que se está a fazer para a implementação da Infância Missionária, caminho que é longo e que tem encontrado algumas dificuldades e resistências.



Foi apontado o lema para as Jornadas Missionárias de 2015:“Com sabor a MISSÃO: … dizer Missão é dizer mais além!” – Missão ad gentes e Igrejas particulares. Este ano, as Jornadas não terão a parceria do Departamento da Pastoral Juvenil e acontecerão nos dias 19 e 20 de Setembro, em Fátima.
Entre outros assuntos falou-se das iniciativas a ter, nas dioceses, para celebrar o 5º aniversário das Carta dos Bispo “Assim como Eu vos fiz”, bem como do Curso e Directores Diocesanos das Missões, dos países lusófonos, em Roma, de 6 a 18 de Julho. Também foram abordados outros temas: listagem actualizada do material a requisitar (Mês de Outubro e Infância Missionária), missionários Ad Gentes de cada diocese e a entrega dos ofertórios (Missões e Infância Missionária) e projectos apoiados pelos mesmos. O director nacional, P. António Lopes, SVD, animou todos os presentes a criar grupos missionários paroquiais e alargar horizontes na dinamização missionária das dioceses de modo a sermos “Igreja em saída” e com um “rosto missionário”.

Levar o Evangelho a todos os lugares, levar alegria aos outros

No dia 17 de Fevereiro, pela manhã, acorreram a Fátima, a convite do Director Nacional das OMP, algumas dezenas de pessoas, vindas de paróquias de várias dioceses ou pertencendo a movimentos ligados a Institutos de Vida Apostólica. A maior parte dos participantes eram leigos ligados aos Secretariados diocesanos, e decidiram-se a reflectir sobre o espírito que deve presidir à Missão, no nosso tempo.

D. António Couto foi o orador convidado e apresentou alguns princípios que orientam os animadores da missão. Na sua exposição, rica e animada, fez referência a alguns documentos que servem para melhor entender e reflectir sobre a missão. Um dos documentos a “Carta Pastoral” redigida pela Conferência Episcopal Portuguesa, a pedido do Congresso Missionário Nacional, é um documento base, orientador da Missão em Portugal. Aquele documento elaborado em 2010, é imprescindível hoje, uma vez que o Papa Francisco nos fala, repetidas vezes, de “ uma igreja em saída”.


Nos últimos tempos, a igreja mudou muito da sua cultura e do seu pensamento. Levar o Evangelho a todos os lugares da terra é um desafio que o Papa nos lança. E pode começar pela paróquia, renovar e modernizar, onde as pessoas se multipliquem, visitando, confortando, escutando e, sobretudo, orando. Levar alegria aos outros e paz é tarefa do “missionário”.
É preciso fazer como Jesus. O modo como se organizam as tarefas, a atitude, a maneira de fazer é que conta, num estilo de comunhão cordial, discipular, que transmita o fundamental: a bondade de Jesus.
A liderança cristã é centrada em Cristo, orientada para o serviço, não para o autoritarismo, status e poder. Liderar não é exercer o poder, mas sim, capacitar as pessoas (dar-lhe poder) para alcançarem resultados. Esta é a missão dos leigos. Implementar a Missão na paróquia é fundamental, a missão abre horizontes, não fecha.
Ser missionário é um dever de todo o batizado. É preciso anunciar que é belo ser amigo de Jesus e que vale a pena segui-lO.
O tempo correu e não foi possível escutar toda a “lição” do pastor e irmão-bispo, D. António Couto que, na homilia, brindou os presentes ao falar do único Pão que sacia e dá Vida.
A tarde, foi preenchida com a coordenação do Director Nacional que foi expondo vários assuntos, interpelando os presentes para uma partilha e testemunho das iniciativas feitas nas várias dioceses e aos vários níveis. Foi salutar este momento de troca de experiências e de actividades.
No final, para além de apontar as datas mais significativas (Curso de Missiologia-Agosto, Jornadas-Setembro, Missões-Outubro e I. Missionária), o P. Lopes interpelou os presentes sobre a necessidade da formação e a data da mesma. Todos foram unânimes quanto à continuidade da formação e, no tocante à data, foi decidido que seja a um sábado, pois no Carnaval, não sendo feriado, muita gente está a trabalhar.
Dos testemunhos recolhidos, e citando dois participantes, ouvi:” Valeu a pena, vir a Fátima. Agora, entendo o desafio da Missão!”


                                     P. Agostinho de Sousa, CDM/Beja

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Mensagem do Papa Francisco
Quaresma 2015


MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2015

«Fortalecei os vossos corações» (Tg5,8)


Amados irmãos e irmãs!


Tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é  sobretudo um «tempo favorável» de graça (cf. 2  Cor6,2). Deus nada nos pede, que antes não no-lo  tenha dado: «Nós amamos, porque Ele nos amou  primeiro»   (1 Jo4,19). Ele não nos olha com indiferença; pelo contrário, tem a peito cada um de nós,  conhece-nos pelo nome, cuida de nós e vai à nossa  procura, quando O deixamos. Interessa-Se por cada  um de nós; o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece. Coisa diversa se passa connosco! Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente  dos outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos  interessam os seus problemas, nem as tribulações  e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração  cai na indiferença: encontrando-me relativamente  bem e confortável, esqueço-me dos que não estão  bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença. Trata-se de um  mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de  enfrentar.

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