quinta-feira, 26 de novembro de 2015

MISSÃO EM CAMPEÃ - DIOCESE DE VILA REAL
11 A 25 DE OUTUBRO DE 2015

O P. Manuel Queirós, presbítero da Diocese de Vila Real, e os seus mais directos colaboradores entenderam que as Paróquias de Campeã, Vila Cova e Quintã deviam ser convocadas para uma Missão Popular. Após alguma busca sobre o modo de responder a este repto, entre as propostas disponíveis de “fazer missão”, chegaram à conclusão que a opção que mais se adequava ao "seu povo" seria a da Congregação da Missão (CM), ou seja, a Missão Popular Vicentina.
A pré-Missão decorreu durante cerca de 6 meses, orientada ora pelo P. Álvaro, ora pelo P. Fernando e com a presença, animação e participação activa do pároco, da equipa coordenadora, dos animadores e dos visitadores das casas.

Tempo forte da Missão: Comunidades,



O tempo forte da Missão decorreu de 11 a 25 de Outubro, mês Missionário. Para animar e orientar esta experiência de Missão formaram-se duas equipas, cada uma com um Padre vicentino e uma leiga Colaboradora da Missão.
Estavam previstas 32 Comunidades/Assembleias. Na realidade funcionaram 28, distribuídas pelas 22 aldeias das extensas Freguesias de Campeã, Vila Cova e Quintã. Estranhámos os nomes das localidades, dados por alguma história ou tradição. São eles: “Aveção, Aveçãozinho, Aveção do Cabo, Aveção do Meio, Boavista, Viariz da Poça, Viariz da Santa, Cotorinho, Parada, Pousada, Trás do Vale, Quintã, Vendas de Cima, Vendas de Baixo, Vila Cova, Pereiro, Pêpe, Chão Grande, Carvalheira, Vila Nova, Feira e Mascozelo”.
Seguindo o programa da Missão Popular, a primeira semana foi dedicada às Assembleias Familiares. Estas foram visitadas pelas duas equipas e pelo pároco que as guiava e acompanhava. Não foi tarefa fácil! Conseguimos visitar todas as Assembleias, mesmo aquelas que se realizavam às 17h00.

Ir ao encontro: Visita aos idosos e doentes
Na primeira semana, de manhã, celebramos a Eucaristia nas muitas Capelas espalhadas pela Freguesia e nas igrejas das paróquias da Quintã e de Vila Cova. O povo, na sua maioria mulheres idosas, acorria à celebração. A gente mais nova não podia participar pois trabalhava no campo ou fora da Freguesia.



No final da Missa, partíamos para visitar doentes, idosos, pessoas que, por qualquer motivo, não saíam de casa; nas duas semanas, em todas as aldeias, foram realizadas cerca de uma centena de visitas. Sentimos que os idosos são muito bem cuidados. Alguns filhos/as tiveram que deixar o emprego para se dedicarem exclusivamente ao cuidado dos seus familiares. Também houve oportunidade para visitarmos o Centro Social Paroquial de Campeã. Tem duas valências: internamentos/lar e Centro de Dia. Trata-se de um espaço amplo e com tudo muito bem organizado. Os idosos são muito bem acolhidos e acompanhados. É uma obra magnífica, pela construção e pelo que ali se vive. É motivo de orgulho para o Pároco, para quem ali trabalha e, também, para os habitantes daquela terra.

Comunidade de Comunidades
Muito antes de os Missionários anunciarem que as catequeses das Assembleias iriam ter continuidade, já alguns Animadores se haviam pronunciado ao afirmar que uma semana era muito pouco. Sentiam necessidade de muito mais e, no final, todos assumiram o compromisso de continuar a reunir.
Aqui ficam registados os nomes escolhidos por 22 das 28 Comunidades: “Corações de Luz, Pedras Vivas (2), Misericórdia/Esperança, Partilha e União, Unidos pela Fé, Eu sou o Sal da Terra, Unidade de Paz, Partilha, Coração de Maria, Comunidade da Feira, Esperança num Mundo Melhor, Comunidade Amiga, Deus connosco, Aliança, Fé, Luz Divina, Os seguidores, Alegria, Paz, Vinha do Senhor, A Família Cristã”.

Centro de Dia, Catequese e Jovens
Na segunda semana, fez-se a celebração dos Doentes, com a administração do Sacramento da Santa Unção. Também foram festejados os 100 anos do Sr. Manuel Chico, utente do Centro, sempre muito bem-disposto e alegre e, nesse dia, a alegria era ainda maior. Houve festa rija com a presença dos seus familiares que, apesar de residirem no estrangeiro, não quiseram faltar.
Uma centena de crianças da catequese estiveram connosco. O Pe. Fernando ensaiou alguns cânticos de mensagem. A pequenada, com muita descontração e entusiasmo, rapidamente aprendeu letra, música e gestos.
Para o dia 1 Novembro estava marcada a celebração da Confirmação. Cerca de 30 jovens fizeram uma caminhada de preparação para receberem o Sacramento do Santo Crisma. O P. Fernando teve um encontro com o grupo. Com a sua viola, cantou e encantou os jovens que enchiam o salão paroquial e pediu-lhes que 'escrevessem uma carta' ao Sr. Bispo dando-lhe a conhecer o motivo que os levava a fazerem o Crisma e qual o compromisso que se propunham assumir na comunidade paroquial. Nessa mesma missiva deviam também responder a uma questão muito importante: “Quem é Jesus para mim?”.



Encerramento: Presença do bispo diocesano
A Eucaristia de encerramento aconteceu no sábado, 24 de Outubro, com a presença alegre de D. Amândio, Bispo de Vila Real. Esta celebração foi também dedicada a Nossa Senhora. Foi pedido que cada pessoa trouxesse uma flor para ser entregue a Nossa Senhora da Conceição. Assim se cumpriu: os dois cestos quase não chegavam para tantas flores, frescas e de cores variadas. A Medalha Milagrosa foi distribuída por todos.
No final da celebração houve a festa de encerramento. No convívio pudemos degustar as várias iguarias transmontanas, onde não faltaram as castanhas. Ficamos a saber que há algumas variedades de castanhas, tais como: Bubim, judia, amoreira, longal e, certamente, mais alguma!

Avaliação: Uma Missão  feliz!
Antes de terminar o lanche houve tempo para uma breve reunião com alguns Animadores: “concluiu-se que todos aderiram às Assembleias e participaram activamente, não esperavam tanta gente; que se confirmou ter sido pouco tempo; que valeu a pena e foi positivo; foi uma experiência muito enriquecedora, muitas dúvidas, é para continuar; foi um momento de reconciliação entre pessoas; foi pena os sacerdotes não ficarem mais tempo nas visitas às Assembleias”.
Usando a frase muito repetida: “Estar na Missão Popular Vicentina é estar na Missão de Jesus Cristo” exprime bem o que foi acontecendo nestes quinze dias, nestas terras distantes, mas acolhedoras. Sentiu-se a presença de Cristo passava e que iluminava as pessoas, as casas, as comunidades. Houve graças derramadas e graças, acolhidas. Uma Missão feliz.
A Equipa Missionária


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