quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Aniversário da Fundação da Congregação da Missão


25 de janeiro foi sempre comemorado por S. Vicente como o momento decisivo e determinante da sua vida e vocação, como da existência da Congregação da Missão. Esta data é um facto histórico na sua vida. Nasceu do sermão de Folleville.
 “No dia da conversão de São Paulo, dia 25, aquela Senhora (de Gondi) pediu-me que fizesse um sermão na igreja de Folleville para exortar os moradores a uma confissão geral; e assim o fiz. Demonstrei a importância e a utilidade da confissão, ensinando depois o modo de fazê-la bem. Deus levou tanto em conta a confiança e a boa fé daquela Senhora (porque o grande número e a enormidade dos meus pecados teriam impedido o fruto de tal ação), que abençoou a minha pregação, e aqueles bons camponeses ficaram tão tocados por Deus que todos vieram fazer a sua confissão geral. Continuei a instruí-los e a dispô-los aos sacramentos e comecei a confessá-los. Mas a afluência foi tanta que, não podendo dar conta com um outro padre que me ajudava, a Senhora mandou pedir aos padres jesuítas de Amiens que viessem em nosso socorro. Escreveu ao reverendo padre reitor que veio pessoalmente. E, como não pôde ficar senão por pouco tempo, mandou, para trabalhar em lugar dele, o reverendo Pe. Fourché, da mesma Companhia, o qual nos ajudou a confessar, pregar e catequizar e achou, por misericórdia de Deus, modo de ocupar-se. Fomos depois a outros povoados que pertenciam à Senhora naquela região e fizemos como no primeiro. Houve grande afluxo de gente e Deus deu por toda a parte a sua bênção. Eis a primeira pregação da Missão e o bom resultado que Deus deu no dia da conversão de São Paulo; por certo Deus não o fez nesse dia sem um desígnio preestabelecido” (SVP, XI, 4-5).

É este acontecimento que deu origem ao Jubileu que estamos agora a encerrar, bem como o dos 300 anos da presença da CM e do carisma vicentino em Portugal.
A Congregação da Missão nasceu da experiência de São Vicente, que, na descoberta de Cristo presente nos pobres, se consagrou inteiramente ao serviço dos pobres. Por isso, o espírito da Congregação é a participação no espírito de Cristo Evangelizador dos pobres. E é dele que Deus se vai servir para, através das suas fundações, estar ao serviço dos mais necessitados. Também S. Vicente vai descobrir a Jesus presente no pobre, e vai afirmar que “eles são os senhores e os amos”. Também ele sofreu uma transformação radical em contato com Cristo presente nos pobres, nas crianças abandonadas, nas galés, no povo abandonado nas aldeias, na falta de conhecimento das verdades da fé… e a partir daquele momento não poderia mais ser o mesmo, nem estar fechado no seu mundo, nos seus interesses, e vai tornar-se o grande evangelizador, pela palavra e pela caridade.

Que neste dia de ação de graças, tenhamos bem presente a Congregação em geral, a Província Portuguesa e todos os que vivem o carisma vicentino, e por todos os que ao longo destes 400 anos e 300 em Portugal deram continuidade à obra e missão de S. Vicente de Paulo. 

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