terça-feira, 4 de junho de 2013

VICENTE DE PAULO – “UMA DESCOBERTA”



Os primeiros dias de Missão, em Longomel, foram gastos no contacto com as pessoas, em suas casas, nas ruas ou em lugares públicos. “A Missão está na rua!” é o lema do início da Missão.
Foram percorridos os centros habitacionais de Longomel (centro da paróquia), Vale do Arco (localidade onde ficou instalada a equipa missionária), Tom, Escusa, Rosmaninhal, Sete Sobreiras e Monte Novo. O encontro com as pessoas, a troca de impressões, o convite para a participação nas comunidades, bem como a localização das casas onde iam reunir as assembleias deram motivo a que se fizesse uma descoberta muito significativa e importante que aguçou a curiosidade à equipa missionária e a motivou para “ir à fonte”, ou seja, ao Sermão de Folleville, de 25 de Janeiro de 1617.
Na localidade da Escusa, fora da rua mais movimentada, em zona agrária e um pouco escondida, fica situada a Rua Vicente de Paulo. Só tem uma casa (uma bela casa!). Essa casa tem a figura de Vicente de Paulo, em azulejo. Não foi uma “aparição”, mas foi uma descoberta que, em outros tempos não muito eu longínquos não tinha feito. Ignorava, simplesmente, a sua existência pois nunca por lá tinha passado e ninguém me tinha falado de tal.
A equipa questionou-se sobre a razão de tal “descoberta”. Falamos com várias pessoas, mas ninguém tinha reparado ou sabia a razão. Ainda procuramos os donos da casa, mas não os encontramos. Disseram-nos que um dos donos se chamava Vicente. Talvez esteja aqui a razão do nome da rua e do azulejo.
Com esta “descoberta”, durante a Missão, fizemos duas reflexões complementares: a primeira, sermos fiéis ao espírito do impulsionador das Missões Populares, a partir da experiência fundante de 1617 e que o Santo iria ser inspirador nos trabalhos desta Missão; a segunda, mais abrangente e desafiante: o nome de uma pessoa, levou a que esta quisesse perpetuar a memória do Santo da Caridade.
Os que seguem o seu carisma e fazem parte da grande família vicentina, mais que o dono daquela casa, têm por obrigação e imperativo dar a conhecer a sua obra, a sua marca original, o seu amor a Cristo e ao irmão. Não serão precisos nomes de ruas ou azulejos ilustrativos, mas exemplos de vida, de entrega e de paixão pela Missão de Jesus Cristo.
Às vezes, o nome de uma rua ou um azulejo, também ajudam a ver outras realidades!
P. Agostinho, CM



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