sábado, 16 de agosto de 2014

Experiência Missionária



Entre os dias 2 e 10 de Agosto o Grupo Missionário ONDJOYETU, da diocese de Leiria-Fátima, organizou em conjunto com o Centro Diocesano Missionário de Beja (CDM), as chamadas Férias Missionárias. Decorreram nas paróquias de Santo André e de Santa Maria, mais propriamente no lugar de Deixa-o-Resto. Para além do P. David Nogueira, responsável pela animação missionária da diocese de Leiria-Fátima, participaram nesta experiência pessoas de várias idades e localidades: alguns jovens, vários adultos, um casal e uma religiosa, a Irmã Nancy (mexicana). Esta semana contou ainda com a presença de dois missionários vicentinos: o padre Agostinho, que também é o director do Secretariado das Missões da diocese de Beja e coordenador das Missões Populares da Província Portuguesa da Congregação da Missão, e do seminarista João Soares que integrou o grupo missionário ONJDOYETU. Apesar de não ser um grupo vicentino a sua finalidade é a mesma: A Missão.

Maria, estrela da Missão

Deixa-o-Resto é um local de passagem que fica entre Santiago do Cacém e Melides e Tróia. Pertence a Santo André, distante um pouco da igreja Matriz. Na Missão Popular em 2012, nasceu lá uma Assembleia Familiar que continua a reunir nas instalações da Escola e é animada pela Irmã Conceição, das Franciscanas Missionárias de Maria. Não têm local de culto e, com alguma dificuldade, conseguiram que o espaço do antigo Centro de Saúde fosse cedido para as reuniões e encontros desta semana missionária.
O objectivo deste tempo de missão é reavivar a fé naquela comunidade e fazer com que as pessoas se envolvam e participem mais na prática religiosa. Para tal, foram desenvolvidas várias actividades para envolver a população. A Imagem peregrina da Senhora das Missões visitou esta comunidade e foi o ponto alto desta semana, sendo ela, a base de toda a missão. Pode dizer-se que esta missão apresentou um dinamismo muito mariano. Daí que todas as reflexões partiram desse pressuposto, ou seja, Nossa Senhora, o terço, a reflexão, a procissão de velas e todos os encontros. A caminhada em Missão à Ermida da Senhora da Graça (das Graças!) e a Vigília Missionária, na Igreja de santa Maria, foram momentos em que a presença da Mãe de Deus foi fulcral.

Missão: Ir ao encontro dos mais vulneráveis
No entanto, a missão não se resumiu apenas à vertente religiosa, mas também à dimensão sócio-caritativa. Daí a visita ao Centro de Acolhimento de Jovens em risco “o Farol” e ao Centro de Dia de Santo André. A primeira situação proporcionou um momento que marcou muito os missionários, pois, ninguém ficou indiferente a essa realidade. Outra situação que proporcionou bastante alegria foi a visita a Cercisiago. O contacto com estas populações, que na nossa sociedade são consideradas as mais vulneráveis, possibilitou ao grupo reflexões muito interessantes mas, sobretudo, grandes emoções.

Porta a porta, uma descoberta

A par de tanto trabalho, aconteceram momentos de convívio e esses foram possibilitados através da caminhada missionária, da partilha fraterna, no dia do encerramento, em Deixa-o-Resto e nos momentos mais folgados entre os missionários.
Tudo isto seria impossível sem o chamado porta-a-porta que, apesar de nos terem confundido com outros grupos “religiosos”, foi essencial para chamar as pessoas à missão. No entanto, esta missão já contava com um grande impulso do Pároco (P. Abílio) e de um pequeno grupo de boas vontades que já tinha anunciado e publicitado a mesma.

Avaliação positiva
Em Deixa-o-Resto, deixamos um rasto. Esta frase resume o muito que aconteceu nestes dias. Os participantes nesta acção missionária, na avaliação final, foram unânimes em afirmar que todos os esforços foram válidos e valeu a pena sair de casa e partir ao encontro de uma realidade nova. As pessoas foram muito acolhedoras, fizeram tudo para responder ao desafio proposto. Todo o Grupo, nos diversos momentos, procurou levar a Boa Nova de Jesus a todas as pessoas. Independentemente da cor, da situação pessoal de cada um, do instituto a que pertence e da formação que tem, mostrou-se coeso, unido e empenhado.
A oração diária, as reuniões de preparação e de avaliação, os momentos de convívio e a confecção das refeições criaram e fortaleceram a amizade e a inter-ajuda. Na vida pessoal e nestas experiências missionária, o importante é ter Cristo no coração e a Palavra do seu Evangelho na boca. O testemunho e a presença atenta e disponível completam o cenário de um tempo forte para quem o viveu, como grupo e para quem o acolheu, como comunidade. Mais uma vez, a semente foi lançada à terra.

A pequena Assembleia nascida na Missão Popular, de seu nome “A Seara”, já vai sendo fermento nesta comunidade. Esta acção missionária procurou espevitar toda a população. Com a boa vontade e persistência de todos, acreditamos que, em breve, este povo seja uma comunidade viva que reflecte a Palavra de Deus e celebra a sua fé, na Eucaristia.
Todos estão de parabéns! Que Nossa Senhora das Missões proteja este trabalho missionário e abençoe toda a população de Deixa-o-Resto!

João Soares,
Seminarista vicentino

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