sexta-feira, 27 de março de 2015

MISSÃO POPULAR EM SALVATERRA DE MAGOS
A história de Salvaterra de Magos remonta a 01 de Junho de 1295, data em que foi fundada a povoação que viria a constituir concelho próprio com o mesmo nome, por foral de D. Dinis, que a doou ao Bispo de Lisboa, D. João Martins de Soalhães. Mandou este, logo no ano seguinte, erigir no lugar a igreja da nova paróquia. Este templo é constituído Igreja Matriz. O orago de Salvaterra é o apóstolo S. Paulo que dá o nome à igreja matriz, onde regularmente se celebra o culto, sendo este complementado com celebrações na capela do Lar de Idosos e na Capela de Escaroupim. Como lugar de culto sem celebração habitual existe ainda a igreja da Misericórdia e mais destinada à cultura, a antiga Capela Real.
Situado na Lezíria do Tejo, a paróquia abrange uma área de 36,7 km2 e tinha segundo o censo de 2011, 5.300 residentes. Conta com o Centro Paroquial de Bem-Estar Social e com a Santa Casa de Misericórdia que dispõe de um lar de idosos.



Em Missão
A Missão Popular decorreu entre os dias 8 a 22 de Março. A equipa missionária é constituída pelo Padre Agostinho, CM, Ir. Zulmira, Filha da Caridade e Célia Rodrigues, leiga missionária, de Orgens-Viseu.
Seguindo o apelo da mensagem do Santo Padre para esta Quaresma, “Fortalecei os vossos corações,” iniciamos o Tempo de Missão com a Via Sacra, na noite de Sábado, dia 7 de Março, percorrendo as ruas da Vila de Salvaterra, onde os jovens e adolescentes da catequese representaram as várias cenas da Paixão de Jesus.
Na Eucaristia do III Domingo da Quaresma, presidida pelo Bispo da diocese de Santarém, D. Manuel Pelino, fez-se o envio dos missionários, animadores e donos das casas. No final, por ser dia dedicado à Mulher, foi entregue uma flor acompanhada da “Medalha Milagrosa” simbolizando Maria, “A Mulher que a tantos inspirou” como foi aclamada no cântico final.
A primeira semana foi dedicada às catequeses familiares. Nas 14 comunidades, reunidas pelas 21 horas, eram partilhadas a Palavra de Deus e experiências de fé vividas por cada um dos participantes. Diariamente foi celebrada a Eucaristia, seguida de Laudes, nas quais participaram alguns fiéis. O dia era preenchido com visitas aos doentes – Lares e famílias de acolhimento - não descuidando os outros que estavam em suas casas. Todas as comunidades foram visitadas pela equipa da missão. Constatamos que havia alegria, simpatia em nos receberem, diálogo e evangelização.



O encerramento da primeira semana culminou com o Encontro de Comunidade das Comunidades. Na Eucaristia, todos os grupos tiveram a oportunidade de partilhar, apresentando o testemunho das suas vivências de Fé, durante as 4 catequeses. Os seus testemunhos podem ser resumidos em três frases que entrelaçam os nomes de todas as comunidades: “Eu sou a VIDEIRA E VÓS OS RAMOS, O SEMEADOR saiu a semear a boa SEMENTE, LANÇAI AS REDES, é a voz de CRISTO, O CAMINHO. Neste tempo de Missão, como Comunidades DE UM SÓ CORAÇÃO, pusemo-nos A CAMINHO e, unidos à VIDEIRA, colhemos frutos de ALEGRIA E PAZ, de ESPERANÇA e de FRATERNIDADE.CAMINHANDO PARA CRISTO queremos ser FAMILIAS EM MISSÃO, portadoras de PAZ E AMOR.”
Visitamos a Creche do Centro Paroquial de Bem Estar e as crianças e adolescentes da catequese, dando também a conhecer o sentido da Missão a decorrer na comunidade. Também houve encontros com as várias secções do Agrupamento 68 do CNE que este ano celebra Bodas de Ouro.

Celebrar e partilhar
O trabalho no Agrupamento das Escolas foi feito na 2ª semana, bem como todas as celebrações temáticas que foram trazendo cada dia mais pessoas à Igreja. A mais concorrida e participada foi a da Família, com algumas dezenas de casais a renovar os votos matrimoniais.



Os doentes e idosos, em suas casas ou nos lares mereceram atenção especial pois, para além de uma primeira visita, tiveram momentos celebrativos. Também, com a partilha de bens recolhida nas comunidades, a equipa missionária, com a colaboração de alguns voluntários, visitou vinte e seis famílias em dificuldade e levou-lhes um cabaz de alimentos. Foi uma forma diferente de fazer missão e de estar mais próximo das pessoas. Foi uma forma de pôr em prática o exemplo das primeiras comunidades. Foi um gesto que calou fundo.
A Missão terminou com a Procissão do Senhor dos Passos pelas ruas da Vila. As pessoas, em grande número, acorreram e acompanharam os últimos passos e palavras de Jesus até ao Calvário, com dignidade e interioridade.
Mesmo em dia cheio de outras actividades por ser o “mês da enguia”, houve em todos estes quinze dias um ir à procura, um querer mais, uma dedicação maior e mais intensa á causa da Missão. Na reunião de avaliação, na noite do último dia, sintetizando, alguém dizia: “Pareceu-me que a Missão remexeu um pouco as águas mornas em que nos encontrávamos. Queremos que esta delicada flor dê fruto, o que só acontecerá se for devidamente regada e tratada”.
Nesse sentido, traçaram-se algumas linhas de acção e calendarizaram-se as reuniões das comunidades, as quais irão começar a trabalhar os temas “A caminhada continua”.

Os Missionários:

 Ir. Zulmira, Célia e P. Agostinho

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