sábado, 23 de abril de 2016

MISSÃO POPULAR

LAPA

Lapa é uma paróquia da Diocese de Santarém que tem por Orago o Divino Espírito Santo. Pertence ao concelho do Cartaxo e tem cerca de 1200 habitantes. É uma das localidades mais densamente povoadas, tendo a sua população vindo a crescer consideravelmente com a proliferação de habitantes de fim de semana, ou por residentes que, trabalhando fora da região, escolhem um local tranquilo e agradável para fugir à azáfama dos grandes centros urbanos. Está muito bem servida de acessibilidades e é fácil lá chegar.


Em tempo pascal, de 3 a 17 de Abril, a paróquia da Lapa acolheu a Missão Popular. A equipa missionária, era formada pelo P.e João Maria, CM, pároco em Salvaterra de Magos e director do Secretariado diocesano das Missões, pela Ir. Márcia Simões da Rocha, FC, de nacionalidade brasileira, recentemente chegada a Lisboa e pela leiga Arlete Vieira, de Lisboa. Fomos muito bem acolhidos não só pelo Pároco, P.e Miguel Ângelo bem como por toda a população.

O P.e Miguel, para além das 4 paróquias (Lapa, Vale da Pedra, Pontével e Valada) é o responsável pelo Pré-Seminário e coordenador do Secretariado Diocesano da Pastoral Vocacional e tem a encargo várias Instituições de cariz social.

Esta localidade é composta por dois aglomerados populacionais: Lapa e Casais da Lapa. Têm uma população idosa, poucas crianças e poucos jovens e não se vêem pessoas nas ruas. Uma das actividades da Missão é a visita porta a porta. Todavia, as casas ou estão fechadas ou as portas não se abrem...

Na escola do 1º Ciclo há 23 crianças numa única sala com dois professores para os 4 anos. No infantário há 25 crianças, que à segunda visita cantaram sem ajuda “Eu tenho um amigo que me ama...”. Na catequese, há apenas uma menina.

Nesta região as ‘Testemunhas de Jeová’ estão em força e, lamentavelmente, há muita adesão. Mas também há quem ainda não se ‘deixou levar’; outros, porém, vacilam ou preferem ficar alheios ao que se passa. Neste e noutros campos, o Pe. Miguel Ângelo, tem muito a fazer.

Houve encontros para os jovens e para as crianças. As presenças não se fizeram notar, de tão poucos que eram! Para a gente nova, pensou-se fazer uma proposta concreta: o nascimento de um grupo da Juventude Mariana Vicentina. Ainda se aventou a hipótese de chamar o seminarista vicentino Francisco Vilhena (animador da JMV) para que se deslocasse à Lapa para que os crismandos conhecessem este movimento jovem e se entusiasmassem. Como não houve abertura suficiente, ficou marcada a sua presença na paróquia do Vale da Pedra onde irá acontecer a Missão Popular no próximo mês de Maio.

 

A Missão da Lapa, prevendo a pouca adesão das pessoas, começou com um esquema diferente do habitual: em vez de se iniciar com as Assembleias Familiares, a primeira semana foi preenchida com as visitas e com as celebrações temáticas. Mesmo assim, a participação não foi numerosa. Nos dias das celebrações da Família e de Maria, Estrela da Evangelização, as pessoas acorreram em maior número.

No domingo, dia 10, seis jovens receberam o Sacramento do Confirmação. A celebração foi presidida por D. Manuel Pelino, bispo da Diocese de Santarém. O prelado participou na Assembleia Paroquial, onde trocou impressões com a pequena assembleia presente. Depois deslocou-se à localidade de Casais da Lapa, onde presidiu à celebração Mariana. Aqui, o povo esteve bem presente, tendo manifestações de carinho e de amor a Nossa Senhora, simbolizados num belo cesto de flores.

Na segunda semana apenas foi possível reunir duas Assembleias Familiares: uma na Igreja da Lapa e outra no Edifício do Rancho Folclórico dos Casais da Lapa. Mais uma vez, houve pouca adesão, mas o interesse e a animação eram grandes.

Todos os dias, de manhã, houve oração de Laudes. Todavia, na segunda semana, as Laudes foram integradas na Eucaristia. Mesmo a chover bastante e um frio de rachar que não dava tréguas, muitas pessoas idosas não faltavam a este encontro matutino. Saíam felizes e algumas já entoavam os cânticos, mesmo sem saberem ler.

Em todos os momentos era pedido que se facultasse aos missionários os nomes e moradas dos doentes, idosos ou outras pessoas que necessitavam da sua presença ou visita. Foi difícil esta tarefa pois os nomes e moradas não estavam completos, uma vez que naquela zona as pessoas, por se conhecerem todas, não se regulam pelos nomes das ruas, mas sim por simples indicações: ‘é a seguir à casa tal e quase na curva, etc., etc.’. Mesmo assim, os Missionários conseguiram fazer mais de 40 visitas não só nos domicílios mas também no Lar e no Centro de Dia.

No Ano da Misericórdia, e como é hábito na missão, foi celebrada a Eucaristia com os doentes. Aconteceram no Lar e no Centro de Dia, e em qualquer dos locais, as celebrações foram abertas a todos os que quisessem participar. Nelas foi administrado o Sacramento da Unção dos Doentes.

Além de outras conclusões, a Missão mostrou que é premente criar e organizar grupos de visitas aos doentes e idosos pois estes ficaram felizes e até admirados com a presença dos missionários, aceitando serem visitados por pessoas da terra.

Nestes 15 dias reinou a boa disposição e a alegria entre os Missionários e entre estes e toda a população.



Depois da Missa de Encerramento da Missão, no domingo do Bom Pastor, fez-se uma Procissão. Como característica própria, nenhum Santo ficou na Igreja. Todos saíram à rua, num total de 9 andores, muito bem ornamentados. Foi o dia em que 'o povo saiu à rua', carregando os Santos da sua devoção!

A terminar, ficou uma proposta e um apelo: É urgente cuidar da semente que foi lançada; todos, como comunidade, são responsáveis para continuar a Missão. Está na vontade do bom povo da Lapa seguir a missão de Jesus, ao jeito de todos aqueles Santos que, com alegria e festa, cujas imagens transportaram pelas ruas da sua terra!

Os Missionários


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