terça-feira, 17 de abril de 2012

Começou a Missão em S. Teotónio


A paróquia de S. Teotónio, depois de ter celebrado a data jubilar dos 850 anos da morte do primeiro santo português, de quem herdou o nome, e que fica situada no concelho de Odemira e é a maior do território português, em extensão, voltou-se para a preparação e vivência da Missão Popular, em Malavado e Azenha do Mar, duas das suas muitas pequenas comunidades.

Depois de uma intensa formação dos animadores, com sessões semanais de catequese e de encontros com a população local, no Domingo da Misericórdia, na Igreja Matriz, deu-se início à Missão, com o envio de 2 equipas missionárias, compostas pelo P. Agostinho, coordenador do Centro diocesano missionário, pelo P. Abílio, pároco, pelas 3 Irmãs Espiritanas da Zambujeira do Mar (Irmãs Emília, Ascensão e Gorete), pelo José Inácio, candidato a diácono permanente (será ordenado a 1 de Maio), pelo frei Rafael e por várias leigas missionárias (Julieta, Manuela, Bárbara, Marcelina, Fátima, Glória, Lurdes e Vitória).
A celebração foi vivida e participada por toda a comunidade, a qual também se une aos que foram enviados, pela oração diária, rezando pelos bons frutos desta Missão, diante do Santíssimo exposto. Também a Virgem Maria, estrela da Evangelização, está bem presente nesta acção, uma vez que a sua imagem, foi transportada solenemente para estes dois locais, em Missão.
As pequenas comunidades, a visita às pessoas doentes, isoladas e em solidão, o encontro com as crianças e a gente mais nova, a presença do senhor Bispo, as celebrações temáticas, fazem parte do programa destes 15 dias.
Que a luz e a sabedoria do Espírito Santo, a presença e intercessão da Senhora da Missão, a comunhão e a força da oração dos irmãos, aqueçam o coração de todos para eu se abram à Boa Nova do Ressuscitado!

(P. Agostinho Sousa)

Centro Diocesano Missionário


Em plena celebração da Missa Crismal, o nosso Bispo, anunciou a constituição do Centro Diocesano Missionário, na sequência da Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa “Como Eu vos fiz fazei vós também”, para um rosto missionário da Igreja em Portugal, de 17 de Junho de 2010, de acordo com o seu nº 20, bem como nomeou 12 diocesanos para levar por diante a tarefa de animar e coordenar a acção missionária na diocese de Beja e também nela promover a Obra Pontifícia das Missões (1 sacerdote, 1 diácono, 2 religiosas, 2 casais, 2 jovens, 1 catequista e 1 leiga missionária).

O que diz a Carta dos Bispos
“Para se dar à animação e cooperação missionária o lugar a que têm direito, torna-se necessário fazer surgir também na Igreja portuguesa Centros Missionários Diocesanos (CMD) e Grupos Missionários Paroquiais (GMP), laboratórios missionários, células paroquiais de evangelização, que, em consonância com as Obras Missionárias Pontifícias e os Centros de animação missionária dos Institutos Missionários, possam fazer com que a missão universal ganhe corpo em todos os âmbitos da pastoral e da vida cristã (nº 20)”.
“Aconselha-se vivamente que o CMD seja constituído em todas as Dioceses de Portugal. Nele devem convergir todas as forças missionárias a operar na Diocese, integrando sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos. O CMD deverá ser o principal Centro propulsor da consciência e do empenho missionário da Igreja Diocesana, ajudando-a a viver a sua identidade missionária traduzida no empenho específico do anúncio do Evangelho a todas as pessoas, em toda a parte. Saberá interagir com os outros organismos pastorais da Diocese em ordem a imprimir uma dinâmica missionária a toda a actividade diocesana. Dará a conhecer e estimulará a participação nas iniciativas missionárias já em curso, assegurará o mais fecundo relacionamento entre a comunidade local e os seus missionários e velará pela boa implantação das OMP no espaço diocesano (nº 21) ”.

Missões Populares
A partir do plano Pastoral Diocesano e indo ao encontro das propostas para a vivência do Ano da Fé, o nosso Bispo fez uma opção pelas Missões Populares. Estas, com os seus tempos de preparação, vivência e continuidade, ajudam a criar comunidades familiares e implementam a formação dos seus animadores e promovem também a pastoral vocacional.
A pedido dos respectivos párocos já se encontram agendadas e em itinerário de preparação várias Missões Populares. Está a decorrer a primeira, em S. Teotónio (15 a 29 de Abril), seguindo-se uma outra, no Cercal do Alentejo, de 13 a 26 de Maio. Neste ano, ainda acontecerá a de Vila Nova de Santo André (Novembro).
Em 2013, Odemira (Março), Boavista dos Pinheiros (Abril), Vale Água (Maio), Sines (Novembro) e S. Teotónio – Cavaleiro/Fataca (Dezembro) terão a sua Missão. Entretanto, entrarão em pré-Missão para, ao longo de vários meses, se prepararem convenientemente para este momento de graça.
Na página do CDM, em http://secretariadomissoesbeja.blogspot.com, há sempre informação detalhada sobre as Missões Populares e outras iniciativas, bem como textos de cariz missionário ou ligações a esta área importante da Igreja.

Formação de Animadores
Em Janeiro, fez-se o primeiro encontro de formação de animadores. O segundo, acontece em 28 de Abril, em S. Teotónio, das 10h00 às 17h00. O tema deste encontro será a reflexão sobre a Carta dos Bispos “Como Eu vos fiz fazei vós também”, para um rosto missionário da Igreja em Portugal” e será orientado pelo P. Álvaro Cunha, provincial dos padres Vicentinos.
Seguir-se-ão outros, a começar, pelo encontro do Cercal do Alentejo, a 26 de Maio, sobre a exortação apostólica de Bento XVI, “Verbum Domini – A Palavra De Deus”. Em cada Missão Popular, o último sábado será dedicado à formação dos animadores dessa localidade e das outras onde houve ou haverá Missão. São encontros abertos a todos os diocesanos, com temas variados e dinâmicas diferentes. Também nesse sábado, para a gente nova haverá encontros vocacionais.

Oração Missionária
É propósito do Centro Diocesano missionário fomentar tempos de oração. Na próxima Missão, em S. Teotónio, na sede da paróquia, haverá uma corrente de oração feita por equipas de adultos e das crianças da catequese. Também, no mês de Outubro, está a ser programada uma vigília de oração missionária em cada Arciprestado. Acontecerá desde o último fim-de-semana de Setembro (anúncio da Missão, em Odemira) ao primeiro de fim-de-semana de Novembro (início da Missão, em santo André). Pretende-se, ainda, sensibilizar a gente nova e a de mais idade para esta forma de fazer missão. Deste modo, dar-se-á cumprimento ao pedido do Mestre: “A Messe é grande. Pedi ao Senhor da Messe que envie operários para a Sua Messe”.

P. Agostinho Sousa, Director do CDM

quinta-feira, 5 de abril de 2012

MISSÃO NOS FOROS DE SALVATERRA - 11 a 24 de Março


Num contexto de celebração de memória e de acção de graças pelos 50 anos da Igreja paroquial e de 20 anos de elevação a paróquia, a Comunidade dos Foros de Salvaterra, que integra a comunidade da Várzea Fresca, foi convocada para a Missão Popular, cujo anúncio oficial foi feito na Eucaristia do 1º Domingo de Novembro, do ano findo.

Constituída a Equipa Responsável, a mesma e os Animadores e Donos das casas participaram em 6 reuniões de formação e de preparação. Aquela, animada pelo pároco, ao longo dos meses, reuniu de 15 em 15 dias, para prever, preparar e decidir toda a logística, bem como os locais/casas para as Comunidades, distribuição de cartazes, mensagens, convites e oração da Missão.
Entretanto, celebrou-se o dia oficial da sagração da Igreja, ou seja, 14 de Janeiro, com Eucaristia Solene, descerramento de lápide comemorativa e homenagem ao P. José Diogo, obreiro desta e de outras obras, na localidade de Foros de Salvaterra.
Entre 11 e 24 de Março, com a presença do P. Agostinho, das Irmãs Lucinda e Zulmira, Filhas da Caridade e da Leiga Missionária Henriqueta, decorreu a Missão Popular. A esta equipa juntou-se o pároco, P. José Carlos, que sempre acompanhou e participou nesta acção extraordinária nestas duas povoações.
Na véspera do início da Missão, foi organizada uma Procissão de Velas, em honra do imaculado Coração de Maria, padroeira da Paróquia. Teve participação de muitas dezenas de pessoas, de todas as idades.
A Eucaristia de envio foi presidida por D. Manuel Pelino, Bispo da diocese de Santarém que, com palavras de estímulo e de desafio, entregou aos Missionários e aos Animadores uma cruz. Em nome do Senhor Jesus enviou-nos a todos, para anunciar a Boa Nova, pelas ruas e encruzilhadas e, de modo particular, nas 20 Comunidades familiares espalhadas pelos longos caminhos de Foros e Várzea Fresca. Nesse mesmo dia, na Várzea Fresca, fez-se a “Via Crucis”. Cada estação foi animada pelos residentes, ao prepararem um pequeno altar, alusivo à Estação que era meditada nesse local.
Ao longo da 1ª semana, os Missionários, dedicaram-se a 3 tarefas principais: Visitar as Comunidades, ir ao encontro dos doentes e pessoas idosas nas suas residências ou casas de acolhimento (e são tantas, nos Foros!) e animar as crianças e adolescentes nas Escolas do 1º Ciclo (4 edifícios).
Nas quatro noites das comunidades, entre 250 a 300 pessoas reuniram-se, diariamente, nas casas, reflectindo os temas propostos, mostrando interesse e gosto por estes encontros de formação e comunhão. De notar a presença muito significativa dos homens, nestes encontros.
Deram-lhes nomes sugestivos: Boa Nova, Oliveira, Fermento, Água, Pedras Vivas, Vida e Paz (2), Esperança, Luz de Esperança, Luz, a Caminho da Luz, Estrela da Luz, Luz e Amor, Amor fraterno, Arautos de Cristo, Cantinho da Família, 5 Sentidos, Unidos pela Fé, Caminhando com Jesus, Conhecer e Amar Jesus. Foi visível a alegria e o empenho de todos na grande celebração das Comunidades quer na Várzea Fresca, quer nos Foros de Salvaterra. A grande maioria manifestou vontade de, em ritmo mensal, continuar o encontro em comunidade para aprofundamento da fé e fortalecer a comunhão experimentada.
As crianças, também estiveram presentes, ao animarem as Eucaristias dominicais. Foram apresentadas à comunidade as que vão receber a Eucaristia pela 1ª vez. Os que vão ser baptizadas pela Páscoa, celebraram os ritos baptismais. Ao “encenar uma entrevista a Nicodemos” compreenderam quem era este homem que procurou Jesus e descobriram o que é re-nascer e viver segundo o Espírito.
Na 2ª semana, em ambiente de celebração eucarística, viveram-se os temas propostos, a partir de sinais concretos. Houve necessidade de fazer uma adaptação, começando com a Festa da Família, no dia de S. José. Nessa noite, mais de 50 casais, renovaram o seu compromisso matrimonial. Nos outros dias, com temáticas diferentes, verificou-se uma participação, nos dois centros de culto. No dia da reconciliação, em que o sinal foi o fogo, houve bastantes pessoas que quiseram participar neste Sacramento. O mesmo não se pode dizer do Sacramento da Unção dos Doentes. Mesmo tendo visitado muitos doentes em suas casas e nas casas de acolhimento, por razões várias, quase ninguém participou nesta celebração.
A “corrente de oração diocesana” passou pelos Foros de Salvaterra, dia 23 de Março e, das 16 às 21h00, com o Santíssimo exposto, foram bastantes as pessoas que ajoelharam e rezaram.
Para os mais novos houve uma proposta vocacional. Num fim de período escolar, com viagens de finalistas e outras marcações, não foram muitos os que aderiram a este momento. Foi semeado, alguém há-de colher!
Em caminhada quaresmal, acolhendo os desafios da Missão, algumas centenas de pessoas vão continuar o pós-missão, com as catequese “Queremos conhecer Deus”, vivendo a experiência das primeiras comunidades, nos seus grupos. Para os animadores haverá tempos de formação, tendo ficado marcado um para 24 de Junho. Também foi feita a proposta de continuarem ligados à Missão, fazendo-se Colaboradores, através da oração, da ida em Missão ou de uma oferta. Estes poderão receber o boletim próprio, participar em encontros da Família Vicentina ou estar bem presentes na eucaristia, celebrada, todos os sábados, pelos colaboradores e suas intenções.
A Missão encerra com a Eucaristia presidida pelo Senhor Bispo de Santarém. Todavia, a Missão continua nas Comunidades, na Caridade, na Paróquia, nos vários serviços, para responder aos novos desafios. Como igreja missionária, impelida pelo Espírito Santo, ao jeito dos apóstolos, sem medos, estas comunidades querem continuar a seguir Jesus, a ser luz, fermento e pedras vivas, na esperança de levar por diante o mandato do Mestre: “Ide e ensinai!”


P. Agostinho

MISSÃO POPULAR EM MÕES - 11 a 25 de Março


A equipa formada pelo Pe. Bruno Cunha e as leigas Célia Rodrigues, de Travassós-Orgens e Arlete Vieira, de Lisboa esteve em Missão na paróquia de Mões, concelho de Castro Daire e diocese de Viseu.
Mões, que já foi concelho, é uma Vila com cerca de 1.500 habitantes. É formada pelas aldeias de Arcas, Canado, Codessais, Courinha, Granja, Grijó, Malhada, Portela, Soutelo e Vila Boa. A Igreja Matriz, que tem por orago S. Pedro é uma Igreja construída em 1730.
Nesta região vive-se, sobretudo, da agricultura, da extração de pedra, da panificação e, como em todo o país, as dificuldades são notórias. É um povo alegre e acolhedor.
Em Mões, os católicos praticantes não são a maioria. Existe nesta Vila um Infantário que pudemos visitar e uma Escola EB 2/3 que, por falta de autorização, não se pôde visitar. O Centro Social e Paroquial serve uma vasta população. Como encerra ao domingo, os utentes que o frequentam diariamente não ficam sem alimento, pois são apoiados no domicílio. O coro da paróquia é formado pelos elementos da Sociedade Filarmónica de Mões, com vozes afinadíssimas.
Na primeira semana da Missão, as 5 Comunidades reuniram-se e, como era de esperar, os animadores estavam receosos. Esse receio foi-se dissipando à medida que as reuniões prosseguiam, com a presença dos participantes. Foi para mim uma surpresa a fraca adesão dos paroquianos de Mões.
A segunda semana, nas celebrações temáticas, a Igreja só esteve ‘quase’ repleta a partir de quarta-feira, o que também me surpreendeu.

Na aldeia do Canado, com cerca de 23 habitantes, a sua maioria idosos, aconteceu que quando chegámos pelas 08h30 para a oração da Laudes. Não havia ninguém, até que batemos a uma porta que depois de algum tempo se abriu… ainda estavam deitados! Apresentámo-nos como equipa missionária, ao que de imediato o senhor Joaquim nos disse que o tinham informado que o senhor Abade também iria estar presente… aí o Pe. Bruno disse quem era! Depressa veio a pergunta: mas o senhor também faz confissões? É padre? Foram chegando os vizinhos, mas alguns velhinhos pediam um momento porque tinham que ir chamar este e aquele. A Capela de Nossa Senhora da Guia encheu mas só conseguiram acompanhar os cânticos pois não sabiam ler. A senhora Laurinda permitiu que a fotografasse mais a sua ‘capucha’. Estava muito frio nesse dia.


No final, o pároco da Igreja da Mões, Pe. António Sobral, que gentilmente nos recebeu e nos orientou, mostrou-se satisfeito com o trabalho da equipa missionária.





Arlete