terça-feira, 12 de março de 2013

Formação para Animadores – Glória do Ribatejo



Nas comunidades paroquiais ou nas comunidades familiares nascidas da Missão, os animadores têm um papel fundamental e, para o exercício do mesmo, além da boa vontade e disponibilidade, estes devem ter uma formação adequada e abrangente para melhor poderem servir a Comunidade. Nesta perspectiva, na programação das Missões Populares, além da formação específica para os animadores, está previsto um Encontro de Formação. Foi o que aconteceu no dia 2 de Março, na Glória do Ribatejo. Este 4º Encontro, vem na sequência dos anteriores, que tiveram lugar no Granho (“Fé e Missão” - Fevereiro) e nos Foros de Salvaterra (“Para um rosto missionário da Igreja” - Junho e “Missão e Igreja local” – Dezembro).
“Fé e Caridade” foi o tema que o P. Manuel Nóbrega preparou. Uma agenda carregada e com actividade sobreposta fez com que, em sua vez, o Encontro fosse animado pelo P. Agostinho e pelo António Cordeiro (Toni). Participaram mais de duas dezenas de pessoas vindas do Granho, Foros de Salvaterra e da Glória do Ribatejo. A oração inicial deu o mote para o encontro, com a leitura e reflexão da parábola do bom samaritano.
A primeira parte do tema “Deus é amor, fonte de Amor”, estava apoiado em textos bíblicos, do Magistério e de S. Vicente de Paulo. “Amados por Deus”, a primeira verdade a ser reflectida, levou-nos à descoberta de um amor eterno e concreto, que é pessoal, que é graça e dom, vida e felicidade, uno e unificante. A segunda verdade, “Chamados por Deus”, fez-nos descobrir a vocação universal, que é apelo de Deus e resposta do homem. Um texto de Frederico Ozanam ilustrou bem esta certeza. O primado de Deus e a centralidade do amor, a partir do mandamento novo, foram alíneas que mostraram, de forma eloquente que “a fé cristã acolheu o núcleo da fé de Israel e, ao mesmo tempo, deu-lhe uma nova profundidade e amplitude” (Deus é Amor,nº1).
A segunda parte, com estrutura idêntica, sob o título “Tu és meu irmão, minha irmã”, e à luz da Palavra de Deus, da Igreja e do fundador da SSVP, mostrou a centralidade do amor cristão, quanto à Fonte, ao Modelo e ao âmbito, de modo a ser um amor concreto, cujas manifestações passam pela valorização do outro, pela gratuidade, pelo perdão, pelo sacrifício e pelo serviço. Esta forma de amar exige respeito pelo ser do outro e pela liberdade do outro.
Foi um tempo fecundo, a exigir outros momentos de formação, onde a reflexão e a partilha ajudam a ver com outros olhos a realidade em que vivemos e as exigências do serviço que os animadores são chamados a prestar à comunidade.
Ficou previsto novo encontro para o início do mês de Julho. Em jeito de oração e envio, o encontro encerrou com a leitura do Hino ao Amor, da carta aos Coríntios e com o cântico “Ubi caritas et amor, Deus ibi est”.
P. Agostinho Sousa, CM

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