sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Encontro da CEVIM – Transmissão da Fé (1)


Conferências, comunicações e testemunhos



No contexto da vivência do Ano da Fé e do último Sínodo sobre a Nova Evangelização para a transmissão da Fé, de 17 a 19 de Janeiro aconteceu um Encontro no Colégio Alberoni, na cidade de Piacenza – Itália, organizado pela Conferência dos Visitadores da Europa (CEVIM). Eram 46 participantes, dez dos quais pertenciam à organização ou foram convidados para fazer algumas das comunicações que preencheram o vasto programa desses dias. De Portugal estava o P. Nélio Pita, como convidado para falar sobre as Missões Populares e eu, proposto pelo Conselho Provincial. Quase todas as Províncias da Europa responderam ao desafio. Os noviços do Seminário Interno (Teruel-Espanha) também estiveram presentes.


O tema escolhido “A transmissão da Fé” foi trabalhado a partir de vários quadrantes. “Missão na Europa”, foi a primeira conferência e teve como prelector D. Gianni Ambrosio, Bispo de Piacenza Bobbio e membro da Conferência Episcopal da Europa (COMECI). Seguiram-se outras temáticas: “A formação do Clero”, pelo P. Corpus Delgado (Saragoça), “A antropologia cristã”, pelo P. Robert Petovsek (Eslovénia) e “A Igreja transmite a fé da qual vive”, pelo P. Pawel Holc (Polónia). Houve duas comunicações: a primeira sobre a “Caridade”, pelos Padres Erminio Antonello (Turim) e Bernard Massarini (Toulouse) e a segunda sobre “Missões Populares”, pelos Padres Nélio Pita (Portugal) e Charbel Khoury (Líbano). Ao jeito de partilha de experiências e propostas para os dias de hoje também foram tratados outros temas: “O diálogo inter-religioso”, pelo P. Franz Kangler (Áustria), e “O diálogo ecuménico-litúrgico entre católicos e ortodoxos”, P. Przemysaw Noawkowsk (Polónia).
Todas as conferências, de conteúdo rico e actual, ajudaram a ter uma visão clara do tempo em que vivemos, de modo particular, na Europa, das dificuldades que enfrentamos, dos desafios que são feitos á Igreja e à Congregação da Missão para viver e transmitir a fé em Jesus Cristo, para ser testemunha de Cristo Libertador que, no dizer de João Paulo II, “é o Bem mais precioso que a Igreja pode oferecer ao mundo”. A formação do clero (Que sacerdotes para a Nova Evangelização?), a comunhão eclesial que nasce da espiritualidade da vida em comunhão e a vivência da caridade como testemunho de fé e de santidade de vida, foram pistas apontadas para que os pastores cumpram a missão de anunciar Jesus Cristo, como o centro da vida. Para tal, os pastores têm que ser “homens do Evangelho”.
As experiências partilhadas (diálogo inter-religioso e ecuménico-litúrgico) ajudaram a perceber o caminho feito em diferentes contextos. Como síntese, ficou bem expresso que o diálogo não é uma estratégia, mas um deixar-se guiar pelo Espírito num clima de amizade e que este se dirige à mútua compreensão e não à conversão, pois é um caminho de descoberta da verdade.

P. Agostinho Sousa, CM


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