sexta-feira, 30 de maio de 2014

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO PARA O XLVIII DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS


«Comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do encontro»
Queridos irmãos e irmãs,

Hoje vivemos num mundo que está a tornar-se cada vez menor, parecendo, por isso mesmo, que deveria ser mais fácil fazer-se próximo uns dos outros. Os progressos dos transportes e das tecnologias de comunicação deixam-nos mais próximo, interligando-nos sempre mais, e a globalização faz-nos mais interdependentes. Todavia, dentro da humanidade, permanecem divisões, e às vezes muito acentuadas. A nível global, vemos a distância escandalosa que existe entre o luxo dos mais ricos e a miséria dos mais pobres. Frequentemente, basta passar pelas estradas duma cidade para ver o contraste entre os que vivem nos passeios e as luzes brilhantes das lojas. Estamos já tão habituados a tudo isso que nem nos impressiona. O mundo sofre de múltiplas formas de exclusão, marginalização e pobreza, como também de conflitos para os quais convergem causas económicas, políticas, ideológicas e até mesmo, infelizmente, religiosas.
Prontos a ouvir e a aprender uns dos outros
Neste mundo, os mass-media podem ajudar a sentir-nos mais próximo uns dos outros; a fazer-nos perceber um renovado sentido de unidade da família humana, que impele à solidariedade e a um compromisso sério para uma vida mais digna. Uma boa comunicação ajuda-nos a estar mais perto e a conhecer-nos melhor entre nós, a ser mais unidos. Os muros que nos dividem só podem ser superados, se estivermos prontos a ouvir e a aprender uns dos outros. Precisamos de harmonizar as diferenças por meio de formas de diálogo, que nos permitam crescer na compreensão e no respeito. A cultura do encontro requer que estejamos dispostos não só a dar, mas também a receber de outros. Os mass-media podem ajudar-nos nisso, especialmente nos nossos dias em que as redes da comunicação humana atingiram progressos sem precedentes. Particularmente a internet pode oferecer maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos; e isto é uma coisa boa, é um dom de Deus.



No entanto, existem aspectos problemáticos: a velocidade da informação supera a nossa capacidade de reflexão e discernimento, e não permite uma expressão equilibrada e correcta de si mesmo. A variedade das opiniões expressas pode ser sentida como riqueza, mas é possível também fechar-se numa esfera de informações que correspondem apenas às nossas expectativas e às nossas ideias, ou mesmo a determinados interesses políticos e económicos. O ambiente de comunicação pode ajudar-nos a crescer ou, pelo contrário, desorientar-nos. O desejo de conexão digital pode acabar por nos isolar do nosso próximo, de quem está mais perto de nós. Sem esquecer que a pessoa que, pelas mais diversas razões, não tem acesso aos meios de comunicação social corre o risco de ser excluído.

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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Tempos da Missão e seus desafios


- Paróquias confiadas aos Milicianos de Cristo -

As paróquias de Santa Luzia e de S. Martinho das Amoreirasestão a viver o tempo forte da Missão Popular. O facto de serem duas paróquias e de S. Marinho das Amoreiras ter três comunidades com igreja própria e ritmo celebrativo, exige um desdobrar permanente de programas e faz com que a equipa missionária se envolva em trabalhos diferentes e complementares.


A visita da imagem de Nossa Senhora das Missões às várias comunidades tem proporcionado momentos muito intensos de oração e de interioridade. Permanecendo quatro dias em cada localidade, a Senhora, Estrela da Missão, ajuda a criar ambiente para as celebrações temáticas (Palavra, Igreja, Família), para momentos de encontro com doentes e crianças e abre caminho para o início e fortalecimento das Assembleias familiares.
Em Santa Luzia estão a funcionar duas, com nomes sugestivos: ‘Pedras Vivas’ e ‘Um só coração e uma só alma’. Em Amoreiras-Gare, iniciaram o estudo da Palavra, duas comunidades. A pouco e pouco, em momentos e ritmos diferentes, cada lugar faz a experiência das comunidades dos Actos dos Apóstolos.
A visita a cada casa, com tempo de oração e bênção, tem-se tornado um momento forte de encontro e de descoberta. As histórias de vida, as experiências de fé e os caminhos percorridos pelas pessoas são dignos de registo e de reflexão.
A passagem da Imagem peregrina tem criado um dinamismo de comunhão e de partilha. As pessoas não só se deslocam de um lado para o outro, como também rezam em comum, transmitem vivências e criam laços de amizade e de fé. Nota-se que cada igreja ou local de encontro é de todos e para todos. Embora não sendo um ‘milagre’ é algo que não acontecia há bem pouco tempo.
Há comunidades em pós-Missão (Colos e Relíquia), outras, estão em Missão (Santa Luzia e S. Martinho das Amoreias) e, desde o último fim-de-semana, Vale de Santigo e Bicos, encontram-se em pré-Missão. Estar em Missão, viver a Missão é desafio permanente.
Que o Espírito Santo toque o coração e a vida de todos os homens e mulheres destas seis paróquias para que se deixem modelar e impregnar pelos seus dons e frutos, construindo comunidades vivas, responsáveis e comprometidas, ao serviço de Deus e dos irmãos!


P. Agostinho Sousa, CDM/Beja

segunda-feira, 26 de maio de 2014

A MISSÃO POPULAR EM S. LOURENÇO (II)



À luz do olhar e da pena de um Animador local


Decorreu aqui na nossa aldeia de S. Lourenço, no período de 27 de Abril a 11 de Maio de 2014, uma Missão Popular Vicentina, iniciativa do nosso Pároco, Reverendo Padre José Alves, muito bem acolhida pelas pessoas da aldeia. A Missão foi dirigida pelo senhor Padre Pereira, coadjuvado pela Irmã Glória Peixoto. Estiveram permanentemente na nossa terra durante o tempo em que decorreu a Missão. Aqui pernoitaram e tomaram as refeições, no tempo da Missão que teve a duração de duas semanas.
Embora a nossa aldeia seja pequena e de densidade populacional baixa, conseguiram-se formar 6 pequenas Comunidades que, no seu conjunto, totalizaram a participação de cerca de 70 pessoas.

Comunidades e grande Assembleia
Na 1ª semana, as pequenas Comunidades reuniram diariamente em casas particulares, gentilmente cedidas para o efeito e orientadas por animadores voluntários, tendo estas reuniões decorrido com total assiduidade, muito interesse e entusiasmo por todos quantos nelas tomaram parte. No último dia desta 1ª semana (Sábado) as pequenas Comunidades saíram dos locais de reunião, em procissão até à Igreja, empunhando cartazes e símbolos, e entoando cânticos alusivos ao nome de cada uma delas.
No Adro da Igreja, as pequenas Comunidades foram recebidas em clima de festa pelo nosso Pároco, pelo Padre Pereira e pela Irmã Glória. Entrando uma a uma na Igreja, aí formaram a Comunidade das pequenas Comunidades que celebrou Eucaristia presidida pelo Padre Pereira e concelebrada pelo nosso Pároco. Em momento próprio da Eucaristia, cada pequena Comunidade explicou qual o motivo da escolha do seu nome e fez referência ao modo como tinham decorrido as reuniões.



Via Lucis e Temas
No Domingo seguinte, cerca das 21 horas realizou-se a Via Lucis(Caminho da Luz) pelas ruas da aldeia, a qual terminou na Igreja. Tomaram parte muitas pessoas, ultrapassando mesmo o número das que formaram as pequenas Comunidades.
Depois, na segunda-feira, deu-se início à 2ª Semana da Missão, agora já na Igreja, cujas celebrações estiveram a cargo do Padre Pereira. De salientar que durante esta 2ª semana, em cada celebração Eucarística, fomos brindados com um tema diferente, todos eles muito bem explicados na homilia pelo Celebrante. Em todas estas celebrações participaram muitas pessoas, que não se cansavam de dar graças a Deus pelo que iam ouvindo.
No Domingo dia, 11, foi o encerramento da Missão, com a celebração da Eucaristia própria do dia, tendo no final sido feito o descerramento de uma Cruz dentro da Igreja que ali ficará a perpetuar a realização desta Missão.

Convívio e agradecimentos

De imediato, e para finalizar, toda a gente se dirigiu para o nosso Salão Paroquial, onde se realizou um convívio entre todos, partilhando um lauto almoço confeccionado pelas senhoras da aldeia., Aí reinou uma sã harmonia, boa disposição e muita alegria.
Não podemos deixar de agradecer ao Padre Pereira e à Glória, que excelentemente souberam conduzir esta Missão. Ficarão para sempre na memória das pessoas de S. Lourenço e serão sempre Bem-vindos à nossa terra, quer seja de visita, quer seja por afazeres da sua vida missionária.
Estão de parabéns, o nosso Pároco, os animadores, os donos das casas, os participantes na Missão e ainda todos aqueles que, de qualquer outro modo, trabalharam para que tudo isto viesse a obter um excelente sucesso.
                                                             Amável Eduardo Pinto Rebelo,

Animador de Comunidade – S. Lourenço

ANÚNCIO DA MISSÃO POPULAR – VALE DE SANTIAGO E BICOS


As paróquias confiadas à comunidade dos Milicianos de Cristo (missionários oriundos do Brasil) estão a fazer a experiência de uma Missão Popular. Em tempo da Quaresma, este tempo forte de evangelização, aconteceu nas paróquias de Colos e Relíquias. Neste momento, a Missão acontece em Santa Luzia e de S. Martinho das Amoreiras.
Aproveitando a presença da equipa missionária nestas comunidades, neste último fim-de-semana de Maio, aconteceu o ANÚNCIO DA MISSÃO nas paróquias de Vale de Santiago e de Bicos. O tempo da Missão, chegará no próximo ano pastoral, de 23 de Novembro a 7 de Dezembro. Na Eucaristia dominical, o responsável pela animação missionária diocesana, presidiu e apontou o caminho a percorrer até ao momento do início da Missão: oração intensa, escuta da Palavra de Deus, criação da equipa responsável, preparação das comunidades e seus animadores. Neste tempo intercalar haverá reuniões de preparação para que a Missão atinja o maior número de habitantes.
As comunidades acolheram este anúncio e mostraram-se disponíveis para responder ao apelo feito. O primeiro passo, será dado no próximo domingo, dia 1 de Junho, na celebração que conta com a presença das 6 paróquias, na celebração do encerramento da Missão Popular que decorre em S. martinho das Amoreiras. Um outro momento, acontecerá a 28 de Junho com a ordenação presbiteral do diácono João Gonçalves, miliciano de Cristo.

História (*)
Freguesia antiga, Vale de Santiago vai buscar o seu nome à Ordem de Santiago, à qual pertenciam estes campos e vales. É uma freguesia do interior do concelho, situada entre o rio Sado e a ribeira de Campilhas, predominando a planície.
Com a reorganização administrativa do território das freguesias implementada em 2013, expressa na Lei n.º 11-A/2013 de 28 de Janeiro, Vale Santiago recebeu parte do território da extinta freguesia de Bicos (fundada a 25 de Março de 1988), vendo assim a sua área aumentar.
Sendo uma povoação antiga, o Vale de Santiago apresenta um bonito traçado de ruas estreitas e caiadas, mantendo intacta a sua arquitetura tradicional. A igreja de Santa Catarina merece uma visita, bem como a fonte de Nossa Senhora da Luz. Nesta freguesia há ainda a registar o monte de Columbais, onde se diz ter nascido Cristóvão Colombo.
Nota também para o monte da Comuna (do qual já pouco resta), onde um grupo de anarquistas, liderados por António Gonçalves Correia, criou a chamada Comuna da Luz, que deu origem à revolta dos trabalhadores rurais do Vale de Santiago na crise de 1918. A Comuna da Luz está também associada à morte de Sidónio Pais. O assassino do então Presidente-Rei foi José Júlio da Costa, um agrário de Garvão, quem serviu de mediador entre as autoridades e os revoltosos do Vale de Santiago.
Com a integração de parte do território da extinta freguesia de Bicos, Vale Santiago recebeu novos pontos de interesse como a igreja de Nossa Senhora de Fátima, a fonte de João Pais, a bica da Rola, a barragem de Fonte Corcho.
(*) Da página da Câmara de Odemira

P. Agostinho Sousa – CDM/Beja


quarta-feira, 21 de maio de 2014

Missão em São Lourenço – Chaves

  “Missão Vicentina é partir,

 deixar tudo para trás 

e levar só o coração cheio de Deus e de muita alegria” 

                                                                            

No dia 25 de Abril, deixei os meus ‘Amos e Senhores’ (os velhinhos do lar da Misericórdia) sabendo que poderia não voltar mais a ver alguns deles. Faço parte da Comunidade das Filhas da Caridade que servem os pobres na cidade das Caldas da Rainha. Parti rumo a mais uma aventura na minha vida: a minha primeira Missão Popular.

 

Sem saber ao certo o que me esperava e qual seria a minha participação nessa acção de evangelização, parti com a certeza de que não estava só: para além do Divino Espirito Santo, fazia parte da equipa um grande missionário, o padre Pereira, da comunidade de Santa Quitéria-Felgueiras. Confesso que levava um pouco de receio pois pensava que não iria corresponder ao que me seria pedido por parte do povo ao qual fui enviada. Estes medos foram dissipados pois encontrei um povo muito acolhedor e amoroso que logo me fez sentir á vontade.

 

Onde fica S. Lourenço?

São Lourenço pertence à freguesia das Eiras, fica a 10 quilómetros de Chaves e desenvolve-se ao longo da Estrada Nacional 213 (Chaves-Valpaços) num dos contrafortes da Serra do Brunheiro entre colinas e outeiros.

 

Tem um pequeno centro que se desenvolve à volta da capela, centro com todas as características das aldeias tradicionais e de montanha. Além da vista geral da aldeia, tem também alguns dos pormenores desse centro, tais como o presunto e até um avião que, mesmo não voando, a todos encanta com todos os seus equipamentos.

 

A dinâmica da Missão

No dia 28, abriu-se a Missão com a celebração da Eucaristia de Envio dos missionários e dos animadores. Durante as duas semanas rezamos as Laudes com as pessoas que podiam participar neste momento de louvor.

 

A primeira semana, foi muito gratificante para mim. À noite, iamos visitar as pequenas Comunidades que se reuniam para, no diálogo e na partilha de ideias e de vivências, aprofundarem e fortalecerem a Fé. Eram  6 Comunidades, com cerca de 70 pessoas (um número razoável, contando que é uma aldeia de imigração e com poucos jovens e crianças!). Senti entusiasmo nas pessoas e nos animadores ao reflectirem o tema de estudo. Com grandes sorrisos e muita alegria eramos recebidos em cada uma das noites.

Visitas e Celebrações temáticas
Mas os momentos mais  marcantes aconteceram na segunda semana: foi nessa ocasião que mais entrei em contacto com as pessoas que não iam às comunidades. Visitamos os doentes  que contavam histórias maravilhosas das suas vidas. Dois deles marcaram-me de forma especial. A preparação das celebrações temáticas, em comum, ajudou-me a perceber melhor o ritmo e o alcance da Missão. As Celebrações foram muito vividas pelas comunidades, pois cada uma delas foi convocada para preparar a liturgia do tema e o  padre Pereira, com o seu jeito próprio, entusiasmava com a sua pregação. Éramos uma verdadeira Comunidade de Comunidades.

Histórias e reacções
Das histórias que fui ouvindo, uma delas me marcou, porque reflectia muito humor. Passo a contar: os missionários almoçavam cada dia numa casa. Numa dessas casas estava um senhor chamado Humberto. O dono da casa disse ao padre Pereira que o Humberto queria que lhe contasse que tinha andado  no Seminário de São José, em Felgueiras. Não teria graça se o caso do Humberto fosse normal. Mas não! O Humberto disse que tinha fugido do Seminário. Tudo isto me fez envolver num grande sorriso e levou-me a pensar que se perdeu um grande pregador.

Gostei muito da Missão. Fiquei com saudades daquele povo e tenho-o presente na minha oração.Tenho a agradecer ao padre Pereira o convite que me fez e tudo o que me ensinou. Agradeço ainda ao pároco, padre Alves pelo acolhimento e pela boa disposição. A todos, deixo um abraço com a certeza de que nunca esquecerei esta Missão.
                                                                                                        

Irmã Mª Glória Peixoto,

Filha da Caridade     

segunda-feira, 19 de maio de 2014

A Missão está em Santa Luzia e S. Martinho das Amoreiras



Depois de Colos e de Relíquias viverem a Missão Popular, agora é a vez das paróquias de Santa Luzia (concelho de Ourique) e de S. Martinho das Amoreias (concelho de Odemira) e suas comunidades (Amoreiras-Gare e Aldeia das Amoreiras) acolherem este tempo forte de evangelização. Em pleno tempo pascal e na segunda metade do mês de Maio, estas terras, confiadas ao cuidado pastoral da comunidade dos Milicianos de Cristo, fazem a experiência do encontro com o Senhor ressuscitado e com a Mãe da Igreja, invocada como Senhora das Missões.
A abertura da Missão aconteceu dia 17, sábado, quando a comunidade de Colos, levou a imagem da Senhora à vizinha povoação de Santa Luzia. Os sinos tocaram em tom de festa e as pessoas, reunidas à volta da igreja, acolheram “a Senhora, mais brilhante que o sol”. Após as boas-vindas, deu-se a Procissão de Velas pelas ruas principais da aldeia. Guiados pela cruz do Ressuscitado, muitos foram aqueles que fizeram o caminho da luz. Ao chegar ao Lar e Centro de Dia fez-se uma paragem. Aí, diante da ‘universidade da vida’, junto daqueles que mourejaram a vida toda e agora têm o carinho de uma casa que os acolhe, fez-se um tempo de reflexão, meditando sobre a vida e exemplo da Virgem Maria, que sempre fez a vontade do Senhor e que, nas diversas etapas do seu viver, soube estar atenta ao plano de Deus.
Homens e mulheres, rezavam e cantavam e as crianças, empunhavam uma grande e bela faixa que dizia: “Nossa Senhora, rogai por nós”. Estava dado o início da Missão Popular. Um grande grupo de pessoas encheu o templo por completo e foi desafiado a levar o anúncio a todas as casas e pessoas. A Missão estava na Rua.

Envio e visitas às casas
A Eucaristia dominical, na Igreja de Santa Luzia, foi festiva. No momento próprio, a equipa missionária composta pelas Irmãs do Bom Pastor, de Colos, pela comunidade dos Milicianos de Cristo e pelo Godfrey, de Vila Nova de Milfontes, depois da invocação do Espírito Santo e da imposição das mãos, recebeu a Cruz da Missão, como sinal de envio e de identificação neste projecto missionário. O mesmo aconteceu com uma dúzia de Animadores locais.
De tarde, em três equipas, missionários e animadores, começaram a visitar cada família, convidando a todos à oração e implorando a bênção de Deus e a protecção da Mãe de Deus. O abrir das portas, o diálogo que ajudou a explicar melhor o espírito da Missão, fez-nos ver melhor a realidade da vida das pessoas: muita gente de idade que vive sozinha, carregada de sofrimentos e dificuldades. Gente nova, não existe ou é em número reduzido. As poucas crianças que participaram na Eucaristia ou que encontramos pelo caminho, vão à escola a Garvão; jovens, quase que não os há. Vimos um ou outro, no café, porque havia jogo de futebol, na televisão.
A todos foi feito o convite para participar nos momentos comunitários da Missão. Muitos dos convidados responderam afirmativamente ao participarem no ‘Terço vivo’, à noite, na Igreja. Os missionários e os Animadores continuam este tempo de “ir ao encontro” de todos e mostram-se disponíveis para levar a notícia da Missão. Aguardam-se os próximos dias. O apelo é feito e as programações são conhecidas. Contamos com o empenho e participação de muitos nas celebrações e nas Assembleias.
As outras Aldeias estão a preparar-se para a chegada da Imagem da Senhora e, deste modo, viverem, de uma forma mais empenhada, este tempo de Missão.

Encontro de Formação sobre a Palavra de Deus
No contexto da programação do plano pastoral da Diocese e para este tempo da Missão, os párocos do Arciprestado de Odemira, propuseram um dia de reflexão bíblica, destinado a todas as Comunidades.
Será no próximo sábado, dia 24 de Maio, das 10h00 às 16h30, no Salão das Festas de Amoreiras-Gare. O tema “Iluminados pela Palavra - A Bíblia na vida da gente” será trabalhado por FreiGonçalo José Gomes Figueiredo, Franciscano.
Será um dia em cheio e ajudará todos os participantes a conhecer melhor o Livro Sagrado. S. Jerónimo deixou-nos um pensamento muito importante e desafiante: “Desconhecer a Bíblia é desconhecer Cristo”. O cristão, discípulo de Cristo, não pode desconhecer a Bíblia.
Não é todos os dias que nos é proporcionada esta oportunidade. Por isso, todos devem fazer um esforço para participar. Como missionários que somos, devemos ajudar outros a participar neste encontro: dar a conhecer, colaborar no transporte, incentivar à participação, são algumas das formas de ajudar mais alguém a aprender a saborear a Palavra de Deus, a deixar-se iluminar por ela.


P. Agostinho Sousa, CDM/Beja

sábado, 17 de maio de 2014

Paróquia de Ponte de Sor em Movimento



Neste Maio de 2014, viveu-se em Ponte de Sor e arredores, um Maio diferente, ainda mais dedicado a Maria, nossa Mãe e Mãe de Jesus. A imagem de Nossa Senhora de Fátima foi levada aos lugares do Arneiro, Vale de Bispo Fundeiro e Cimeiro, Torre das Vargens (onde se realizou a Procissão), Barroqueira, Fazenda, Foros do Domingão, Pinhal, Domingão e Vale da Bica. Estas pequenas aldeias e montes, circundam a cidade e, alguns deles, situam-se a alguns quilómetros da Igreja Matriz.


Viveram-se momentos de Fé
Esta visita de Nossa Senhora a todos aqueles lugares permitiu observar a devoção que os pontessorenses têm pela Virgem de Fátima. Todos os lugares estavam enfeitados com altares, as casas abertas e iluminadas, havia muitas flores e o chão estava atapetado de verdura, e que bom o cheiro do alecrim! As pessoas preocuparam-se com a chegada de Nossa Senhora, era uma visita muito especial e merecia ser tratada com muita dignidade e carinho. Foi o que aconteceu: rezou-se, entoaram-se cânticos e também se fez silêncio, para assim estarem todos mais perto e em comunhão com Maria, quer agradecendo-lhe, quer pedindo-lhe e até poder partilhar com a Mãe as angústias e as dúvidas sentidas por cada um. Maria é a grande evangelizadora, Ela leva a todos a mensagem do Seu Filho, Jesus Cristo.


Preparar a Missão com Maria
Como já é do conhecimento de alguns, vai decorrer uma Missão Popular em Ponte de Sor (cidade) e também nos arredores, entre 27 de Setembro e 12 de Outubro de 2014. Se alguém lhe bater à porta, identificar, dizendo ao que vem, abra a porta e também o coração. Estão a ser dados os primeiros passos de preparação. A Missão precisa de si e quer contar com todos. E ser missionário é levar a Palavra de Deus longe e perto.
Viveram-se momentos de Fé nas visitas de Nossa Senhora às várias localidades, e foi até comovente ver como as pessoas acolhiam a Mãe de Deus.
Um agradecimento a todos os que participaram, dando o seu tempo e o seu trabalho, para que se pudessem ter vivido momentos de Fé e Oração. Que este esforço e dedicação seja recompensado pelo Bom Deus e que seja o início da Missão.


Assunção Caria
Colaboradora do Jornal
“Ecos do Sor”


terça-feira, 13 de maio de 2014

Jornadas Missionárias 2014



Com o tema: “Família, um projecto…” para as próximas Jornadas Missionárias a realizar nos dias 20 e 21 de Setembro em Fátima, juntamente com a Pastoral Juvenil, queremos dar o nosso contributo à reflexão e à acção da preocupação do papa Francisco que Francisco colocou a Família no centro das suas preocupações, e por isso vai haver um sínodo extraordinário em Outubro de 2014 e um sínodo ordinário em 2015, sobre os desafios pastorais da família no contexto da evangelização.


Hoje as famílias vivem uma situação paradoxal: por um lado, ela é o objectivo de todos, uma vez que todos querem ter uma família, pois a própria felicidade se identifica com esse objectivo. Por outro lado, vemos incontáveis lares desfeitos, divididos em todos os horizontes.

É importante olhar a realidade como ela é. Se por um lado a realidade nos diz que a família é uma reserva de valores; por outro vemos uma cultura que exalta o individuo e leva ao individualismo. Como fazer?

É verdade que há dias alguém me perguntava: “Mas este tema tem a ver com a Missão?”. “Claro”, respondi. Porque penso que tudo o que é humano diz respeito à Missão, como diz respeito à Igreja. O próprio Jesus viveu numa família. Aí cresceu, aprendeu a amar, a andar, a falar, a rezar…

A própria Missão nasce de Deus Família, encarna-se numa família biológica, cultural, religiosa. Não é missão da Igreja fazer da humanidade uma família? É por isso que a família é sempre um projecto em todas as suas vertentes e componentes.

Estas Jornadas, estou em crer, abordam a família nas suas diversas componentes e descobriremos que deveremos estar junto das famílias com benevolência, para as apoiar nos seus desejos de viverem melhor, de ser comunidades de fé, de partilha, de respeito, de atenção, de crescimento e de solidariedade. E ao mesmo tempo, alertar para tudo o que faz definhar: a violência, o ciúme e a inveja, a mentira. Na família, todos sabemos, somos capazes do melhor, do mais belo, como também do mais terrível.

A família é uma comunidade que se reúne, que se recebe pelo amor vivido, pela palavra comum, pela atenção à totalidade da existência de cada membro.
Uma família é o lugar do diálogo. Graças à palavra a criança aprende a dar nome ao mundo, e a exprimir os seus sentimentos: o seu amor e os seus medos, a sua confiança, os seus desejos e as suas inumeráveis questões. É aí que conhece a relação entre o amor e a verdade, o perdão e a solidariedade, o “eu” o “nós” e os “outros.

Uma família não inventa as suas leis. Ela encontra-as já estabelecidas. Felizmente colocadas pelas gerações que a precederam, pela sabedoria que se antecipou. Mas é ela, na particularidade que é a sua, de as pôr em acção para que sirva a vida, para que cada um se torne no que ele é, um ser único mas no convívio com todos.

Se as famílias são frágeis por definição, elas são ao mesmo tempo esse lugar único onde sempre se pode manifestar o milagre de amar de novo, amar ainda mais, para além das incompreensões, sofrimentos, desilusões. Amar e sentir-se amado. É que o amor de Deus faz que da sua própria família nos abramos a uma nova família: à família da sociedade, à família da Igreja, à família do mundo. Não é isto a Missão?

Inscreve-te e participa. As Jornadas também têm necessidade do teu ponto de vista e do teu contributo para anunciar novamente a beleza da família cristã.


P. António Lopes, SVD
Director Nacional OMP

segunda-feira, 12 de maio de 2014

SEMANA DA VIDA




Oração pela Família

«Jesus, Maria e José,
a vós, Sagrada Família de Nazaré,
hoje dirigimos o olhar com admiração e confiança;
em vós contemplamos a beleza da comunhão no amor verdadeiro;
a vós confiamos todas as nossas famílias;
para que se renovem nessas maravilhas da graça.
Sagrada Família de Nazaré, escola atraente do santo Evangelho:
ensina-nos a imitar as tuas virtudes com uma sábia disciplina espiritual,
doa-nos o olhar claro que sabe reconhecer a obra da providência
nas realidades quotidianas da vida.
Sagrada Família de Nazaré,
guardiã fiel do mistério da salvação:
faz renascer em nós a estima pelo silêncio,
torna as nossas famílias cenáculo de oração e
transforma-as em pequenas Igrejas domésticas,
renova o desejo de santidade, sustenta o nobre cansaço do trabalho,
da educação, da escuta, da recíproca compreensão e do perdão.
Sagrada Família de Nazaré,
desperta na nossa sociedade a consciência
do caráter sagrado e inviolável da família, bem inestimável e insubstituível.
Cada família seja morada acolhedora de bondade e de paz
para as crianças e para os idosos, para quem está doente e sozinho,
para quem é pobre e necessitado.
Jesus, Maria e José
a Vós com confiança rezamos, a vós com alegria nos confiamos.»

(Oração do Papa Francisco

à Sagrada Família)