quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Encontro de animação e formação missionária, em Ávila



* Participação de missionários de Portugal *

Neste fim-de-semana, de 31 de Janeiro a 2 de Fevereiro, realiza-se na Casa de Espiritualidade “La Milagrosa”, em Ávila, o 2º Encontro de Animação e Formação Missionária, promovido pela Equipa Missionária Vicentina de Evangelização. Destina-se aos membros dos vários Ramos da Família Vicentina e agentes da animação pastoral, de modo particular, para aqueles que têm participado na acção “Páscoa Rural”.

Objectivos
Os objectivos que norteiam este Encontro são: A partir do nosso carisma e diante dos desafios da Evangelização todos devem estar comprometidos na meta comum e são chamados a dar uma resposta renovada para a realidade do mundo de hoje; Avançar caminhos para uma missão aberta e partilhada com a Família vicentina; Criar espaço de reflexão para ajudar a aprofundar a descoberta da Páscoa como um espaço (tempo) privilegiado para um despertar para o Deus presente na nossa história.


Temática
Além da hospedagem, saudações, apresentação dos participantes e dos objectivos do Encontro, no primeiro dia, os temas são os seguintes: “Páscoa: Encontro com o Deus da Vida” (P. Luis Miguel Rojo Septién, CM); “Celebrar a Páscoa - perspectiva litúrgica” (P. Luis Miguel Rojo Septién, CM), e “Anunciar Jesus que morreu e ressuscitou” (powerpoint de uma Páscoa rural). À noite há um painel de experiências.
No segundo dia, o tema é muito específico: “As prisões e escolas como para e de evangelização”. De seguida, haverá um tempo para informação (relatório de actividades, calendário, projectos e envio). Em ambos os dias há Eucaristia, tempo de oração, de partilha e troca de experiências.

Equipa Missionária Vicentina de Evangelização - EMVE
A partir das reuniões da Comissão das Missões (Fátima, a 10 de Dezembro e, em Santa Quitéria, a 26 do mesmo mês), foi decidido que se reatasse a partilha de experiências e a permuta de materiais com as províncias de Espanha, trabalho que em tempos se fez e tido, na época, como salutar, pois fazia crescer e ajudava a ter perspectivas diferentes. Contactado o responsável deste sector, P. José Luís Castillo, da Província de Madrid e coordenador do EMVE (Equipa Missionária Vicentina de Evangelização), logo ele se fez presente, lançando-nos um desafio concreto.

Troca de experiências e de permuta de material
Eis o que ele nos disse: “Não sabes a tremenda alegria que me deu receber o teu correio. Creio que é necessário que se retomem aqueles caminhos de proximidade e de comunhão que foram empreendidos há alguns anos atrás. Neste momento, tenho dificuldade em enviar-te alguns materiais que estejam em suporte informático, porque a maior parte já são antigos e também já pensamos em actualizá-los. Envio-te um tríptico informativo do nosso próximo Encontro do EMVE. Se tu ou alguém da vossa equipa ou da Família Vicentina (leigo, confrade ou Filha da Caridade) e esteja disponível, podereis participar. Ficamos felizes por vos acolher! (…) No fim ou durante o Encontro, podemos conseguir algum tempo para troca de experiências, para permuta de material e para o mais que houver necessidade de fazer!”
Participação portuguesa
Depois de vários contactos com o P. Álvaro, Visitador, e na impossibilidade de ele participar (está em Nápoles – Seminário Interno) e porque eu, como coordenador deste sector na Província Portuguesa, neste momento, não estou disponível (estou em Missão em Porto Covo), pediu-se ao P. Fernando Soares, Assistente da Província e à Célia Rodrigues, missionária de Orgens-Viseu, que participassem neste Encontro.
Esperamos que seja um bom encontro! Como diz o P. José Luís “os novos tempos exigem novos caminhos nos quais todos nos devemos encontrar!”

P. Agostinho Sousa, CM

O Cartaz do encontro - AQUI



terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Rumo à unidade

Começando a 18 e prolongando-se até 25 de Janeiro vivemos o oitavário de oração pela unidade dos cristãos e que este ano tem como tema a interrogação de S. Paulo na primeira carta aos Coríntios 1, 13: Estará Cristo dividido?

As divisões e contendas nunca ajudaram ninguém. Pelo contrário, muitas famílias, grupos e povos empobreceram e foram dominados por causa disso. Por isso, Cristo disse aos apóstolos na última ceia: amai-vos uns aos outros como eu vos amei. E rezou pela unidade entre os seus discípulos.


Dos primeiros cristãos dizia-se que eram assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à oração em comum, à fracção do pão (Eucaristia) e à partilha fraterna, de modo que a ninguém faltava o essencial para viver. Era a unidade entre eles que atraía os pagãos e fazia aumentar o número dos cristãos.Vede como eles se amam!

No mundo global em que vivemos, mais visível se torna a divisão dos que se dizem cristãos, separados em diversas igrejas ou comunidades religiosas ou até mesmo dentro da mesma família religiosa. Isso não é vontade de Deus nem contribui para o bem da humanidade nem para o nosso próprio bem.

Que fazer? Como proceder? Comece cada um por si. Reze pelo outro e faça-lhe bem. A conversão e reconciliação têm de começar por nós mesmos, para sabermos amar como Jesus e nos tornarmos seus verdadeiros discípulos. Que em todas as comunidades se tenha bem presente esta intenção e pedido de Cristo e da Igreja. († António Vitalino, bispo de Beja)

Reconhecimento mútuo do Baptismo entre Igrejas cristãs

Representantes das Igrejas Católica, Lusitana, Presbiteriana, Metodista e Ortodoxa (Patriarcado Ecuménico de Constantinopla) em Portugal vão assinar no próximo dia 25, em Lisboa, uma declaração de reconhecimento mútuo do Baptismo.

A assinatura vai acontecer durante a celebração ecuménica nacional, na catedral Lusitana (Igreja Anglicana) de São Paulo, na presença de D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e de “outros representantes católicos e hierarcas das Igrejas do Conselho Português de Igrejas Cristãs”. Este “importante acontecimento” do reconhecimento mútuo do Baptismo representa “mais um passo no caminho de diálogo ecuménico entre as Igrejas envolvidas”.

“Este passo concreto reafirma o muito que já nos une em Cristo, como seus discípulos, um povo de batizados chamado a ser, no mundo e para o mundo, sinal credível do Evangelho”, sublinham os responsáveis cristãos. A assinatura, no dia conclusivo da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, acontecerá “num contexto orante, reunindo jovens e hierarcas das diversas Igrejas, juntos na escuta da Palavra e no assumir de um compromisso claro pela causa da reconciliação e da unidade”.
D. António Couto, presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização – que acompanha o diálogo ecuménico -, disse que esta decisão é um “acontecimento nacional” que vem coroar “muitos anos de trabalho".

decreto sobre o ecumenismo do Concílio Vaticano II, ‘Unitatis Redintegratio’, lembra no seu n.º 3 que todos os cristãos “justificados no Baptismo pela fé, são incorporados a Cristo, e, por isso, com direito se honram com o nome de cristãos e justamente são reconhecidos pelos filhos da Igreja católica como irmãos no Senhor”.


João Paulo II, na sua encíclica sobre a Unidade dos Cristãos, ‘Ut Unum Sint’ (n.º 42), assegurava que o reconhecimento dessa fraternidade “não é a consequência de um filantropismo liberal ou de um vago espírito de família, mas está enraizado no reconhecimento do único Batismo”. “Isto está muito para além de um simples acto de cortesia ecuménica e constitui uma afirmação básica de eclesiologia”. (Ecclesia)

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Junto ao mar - Missão em Porto Covo



Com o mar azul em pano de fundo, Porto Covo envolve-nos pelas suas belas paisagens, seja de magníficas praias, seja de planícies tipicamente alentejanas. É uma das duas freguesias do concelho de Sines, com pouco mais de mil habitantes, e foi criada em 31 de Dezembro de 1984.
Junto ao mar, a vocação turística desta terra cumpre-se e é hoje o principal centro dessa actividade no concelho e um dos mais importantes do Alentejo. No Verão, Porto Covo é visitada por milhares de pessoas, vindas dos mais diversos lugares. As praias enchem-se de gente, as ruas têm muito movimento, ouve-se falar várias línguas ou um português, com muitos sotaques. Este fervilhar de gente cria um ritmo e um ambiente bem diferentes em outras épocas do ano.



Campo da Missão
No âmbito religioso, Porto Covo é uma paróquia que tem como padroeira Nossa Senhora da Soledade, cuja festa se celebra em finais de Agosto. Está confiada aos cuidados pastorais do pároco de Sines, P. José Pereira Fernandes. Todos os domingos, à tarde, é celebrada Eucaristia, na pequena Igreja, datada do século XVIII e situada num lugar bem central, o largo Marquês do Pombal.
Nesta paróquia, segundo rezam as crónicas, já houve Missão Popular em 1983 e 1989. Um dos relatos feitos nessa ocasião diz: “Valeu a pena? Todos sentimos que no final da Missão as pessoas de Porto Covo se deram conta de que aconteceu alguma coisa nova e boa. Jesus passou por ali! E tiveram pena de não terem aproveitado melhor. Outros sentiram que a Igreja pode ser outra coisa daquilo que vêm todos os dias. Momentos fortes foram a reunião das comunidades, a celebração para os Idosos (ao menos, alguém se lembrou de nós, diziam alguns) e as celebrações para as crianças. Estas deram o tom de festas à última parte da Missão”.
Foi assim em tempos idos. Agora, de 19 de Janeiro a 2 de Fevereiro, acontece um novo tempo de Missão. Tal como para a Missão de Sines, o anúncio foi feito no 2º domingo de Páscoa. Ao longo dos meses, pela oração e reflexão, preparou-se o terreno, desbravaram-se as dificuldades e levou-se a mensagem às pessoas. E chegou o dia!

Presença da imagem da Senhora das Missões e Envio

Sines e suas comunidades da Missão, entregaram à paróquia de Porto Covo a imagem da Senhora das Missões (oferta do Santuário de Fátima, e assim baptizada pelo povo, por acompanhar o trabalho da Missão). Transportada pelos Bombeiros Voluntários de Sines, foi acompanhada, em cortejo automóvel, por muitas pessoas. A imagem foi acolhida pelas gentes de Porto Covo e, de junto ao mar, todos, em procissão, percorreram a avenida central até á igreja. Foi a Mãe, a convocar os filhos desta terra para este tempo forte de evangelização.
Seguiu-se a Eucaristia, presidida pelo pároco, assistido pelos diáconos Joel e Simão. No momento próprio foi feito o envio dos missionários, dos animadores e dos donos das casas que acolhem as assembleias.
Às comunidades (quatro), às visitas às casas e aos “montes”, aos encontros com crianças e doentes, junta-se, a 25 de Janeiro, um dia de formação para Animadores da Comunidade, orientado pelo Vigário geral da diocese, P. Domingos Pereira, que vai tratar o tema “Iluminados pela Palavra”.
A equipa missionária é composta pelo P. Agostinho Sousa (CM) pela irmã Maria da Conceição Guimarães (Irmãs de Nª S.ª da Caridade do Bom Pastor – Colos) e pelo casal, António Vilhena e Marieta Costa (Paróquia de S. Domingos – Santiago do Cacém).

P. Agostinho Sousa,
CDM/Beja


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Revitalização da Missão em Ermidas-Sado e Alvalade


As paróquias de Ermidas-Sado e de Alvalade, confiadas ao cuidado pastoral do P. Francisco Sales Teixeira, de 09 a 23 de Fevereiro próximo, vão viver um tempo de revitalização da Missão Popular. Estas comunidades, com os seus diferentes párocos, têm mantido, com regularidade, uma vivência missionária.
Em 1989 e em 2003, Ermidas-Sado e Alvalade tiveram a Missão e, em 2009, a paróquia de Alvalade, repetiu esta experiência. Algumas das assembleias mantêm as suas reuniões. Todavia, para reavivar o espírito missionário, criou-se este tempo forte para um maior empenho e testemunho.
Após reuniões de apresentação da proposta e de reflexão com os representantes das duas comunidades, neste domingo, dia da Festa do Baptismo do Senhor, foi feito o anúncio deste acontecimento. Nas Eucaristias, e a partir da liturgia, a comunidade, através de alguns gestos e sinais, assumiu este desafio. A procissão à fonte baptismal, o acender da vela e a mensagem distribuída, comprometeu todas as pessoas.
Em Alvalade, este momento de anúncio, teve um programa mais solene: algumas crianças da catequese receberam o Baptismo. Estas e os colegas do 4º catecismo fizeram a 1ª Comunhão. A liturgia foi festiva e a assembleia participou activamente. O anúncio da revitalização da Missão foi feito a todos que, em voz alta, se comprometeram a empenhar-se na sua preparação, através da oração e das reuniões de programação, bem como a participar nas assembleias e momentos celebrativos.
Também, Santo André vai preparar um fim-de-semana de revitalização da Missão. No próximo dia 14 há uma reunião para esse efeito. É a primeira vez que o novo Pároco, P. Abílio Raposo, vai participar. Ele mesmo, e com a experiência missionária trazida de S. Teotónio, sua anterior paróquia, sugeriu este encontro.

P. Agostinho Sousa, CDM/Beja




sábado, 4 de janeiro de 2014

EPIFANIA DO SENHOR – DIA DA INFÂNCIA MISSIONÁRIA




A ESTRELA DA ESPERANÇA


1 - Era uma vez milhões e milhões de estrelas, espalhadas pelo céu. Havia estrelas de todas as cores: brancas, amarelas, prateadas, cor-de-rosa, vermelhas, azuis…

Um dia foram à procura de Deus, Senhor de todo o universo, e disseram-lhe: «Senhor, gostaríamos de viver na terra, no meio dos homens».
 «Seja como quereis», respondeu Deus. «Podeis descer à terra. Conservar-vos-ei pequeninas, como sois vistas pelos homens».

2 - Conta-se que, naquela noite, houve uma deslumbrante chuva de estrelas.

Acoitaram-se umas nas montanhas, enquanto outras se instalaram no meio dos brinquedos das crianças. Certo é que a terra ficou maravilhosamente iluminada.

3. Algum tempo depois, porém, as estrelas resolveram abandonar a terra, e voltaram para o céu. A terra ficou outra vez escura e triste. «Por que voltastes?», perguntou Deus.

Então as estrelas responderam: «Senhor, não aguentámos permanecer no meio de tanta miséria, violência, guerra, fome, doença, morte». Ao que Deus terá retorquido: «Tendes razão, estais melhor aqui no céu, em que tudo é sossego e perfeição, ao contrário da terra em que tudo é transitório e mortal».

4. Depois de todas as estrelas se terem apresentado e de ter conferido o seu número, Deus anotou: «Mas falta aqui uma estrela; ter-se-á perdido no caminho?» Ao que um anjo, que estava por perto, respondeu: «Houve uma estrela que resolveu ficar na terra, porque pensa que o seu lugar é exactamente no meio da imperfeição, onde as coisas não correm bem».

«Mas que estrela é essa?», perguntou novamente Deus. E o anjo respondeu: «por coincidência, Senhor, era a única estrela daquela cor». «Qual é a cor dessa estrela?», insistiu Deus. O anjo respondeu: «Essa estrela é verde, da cor da esperança».

5. Olharam então para a terra, mas a estrela verde, da esperança, já não estava só. A terra estava outra vez iluminada, com luzes em todas as janelas, porque ardia uma estrela no coração de cada ser humano.


A esperança, diz a tradição hebraica, é o único sentimento que o ser humano possui, e Deus não, porque, conhecendo o futuro, Deus já não espera. A esperança é própria do ser humano, que é imperfeito, que erra e que não sabe como será o dia de amanhã.

6. Peçamos ao Deus-Menino para que brilhe cada vez mais a estrela da esperança que arde em nós e na nossa casa. E a nossa terra pode ser mais céu. Sonho um mundo assim. E parece-me que só as crianças nos podem ensinar esta lição maravilhosa.

+ António Couto