terça-feira, 29 de maio de 2018

Testemunho da Irmã Valdivania


Uma missão intercongregacional e internacional com o Padre Bruno, Vicentino, a Irmã Isolinda, Missionária Reparadora do Sagrado Coração de Jesus; e a Irmã Valdivania, Filha da Caridade de São Vicente de Paulo - Brasileira.

“Que a alegria do Evangelho brilhe em primeiro lugar em vossas faces, tendo um testemunho alegre” (Papa Francisco). Foi nesta disposição que chegamos a esta vila de Vouzela, onde fomos muito bem acolhidos com muita alegria pelo o Padre Ricardo e por toda a comunidade. Não tivemos uma missão de quantidade, mais de qualidade! E conseguimos chegar um pouco a todas as idades. Durante a primeira semana visitamos a escola secundária, lar e unidade de cuidados continuados. 

Na escola o tema que levamos para conversar com essa malta foi: a vida e a família. A passagem bíblica que serviu de apoio foi: “Eu sou o caminho á verdade e a vida”. Houve reflexão e questões, inquietação quando o assunto é família, pois já começa a não ser referência nas suas vidas.

No lar conversamos e cantamos, alegrando aquelas vidas tomadas de sofrimentos, pelo peso da idade ou por doenças. Também houve celebração da Eucaristia, e, no final falei sobre a Medalha Milagrosa oferendo uma a cada utente.

À noite as comunidades reuniam-se para conversar sobre os temas da Missão:  1) A religião preocupa-nos? Ela o que é? 2) Jesus o Filho de Maria é o Redentor. 3) Maria Mãe da família cristã. 4) Nós que cremos em Jesus, formamos uma grande família. Percebi muito interesse por parte dos animadores e de todos os que estavam a participar.

Já na segunda semana visitamos a escola profissional. Lá encontramos muitos jovens batizados mais com grandes questões. Deus existe? Ou melhor, como existe Deus se há tanta maldade neste mundo? Outros descrentes que não participam da vida da Igreja. À pergunta: quem é Deus para você? um jovem respondeu que é uma pessoa isolada! Constatamos que falta um referencial nestas vidas.

Na escola básica tivemos momentos com alunos do primeiro até ao sexto ano. Eles colocavam questões acerca da nossa vocação: porque ser padre ou ser freira, então aí apresentávamos o nosso testemunho. Eles ficavam muito atentos.

Também fizemos varias celebrações temáticas onde a participação foi muito pouca. Visitamos varias doentes levando palavras de ânimo e a Comunhão.

Tudo foi pensado por Deus, que nos guiou com sua força e presença em cada momento da Missão. Era nítida a alegria presente no rosto de cada pessoa que participou.

Agradeço imensamente o convite e posso afirmar que aprendi muito nestes dias com tudo que vivi.


Irmã Valdivania, FC

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Conferência Episcopal convoca Ano Missionário especial, com início em outubro

A Conferência Episcopal Portuguesa convocou um Ano Missionário em todas as dioceses católicas do país, de outubro de 2018 a outubro de 2019, respondendo a uma iniciativa do Papa Francisco.
“Ao longo deste Ano Missionário, de outubro de 2018 a outubro de 2019, façamos todos – bispos, padres, diáconos, consagrados e consagradas, adultos, jovens, adolescentes, crianças – a experiência da missão. Sair. Irmos até uma outra paróquia, uma outra diocese, um outro país em missão, para sentirmos que somos chamados por vocação a sermos universais”, refere a Nota Pastoral ‘Todos, Tudo e Sempre em Missão’, divulgada na solenidade de Pentecostes, este domingo.
O documento surge depois de o Papa Francisco ter convocado um “mês missionário extraordinário” para outubro de 2019, por ocasião do centenário da Carta Apostólica Maximum Illud, de Bento XV.
“Acolhendo com alegria a proposta do Papa Francisco de um Mês Missionário Extraordinário para toda a Igreja, nós, Bispos portugueses, propomo-nos ir mais longe e celebraremos esse mês como etapa final de um Ano Missionário em todas as nossas Dioceses, de outubro de 2018 a outubro de 2019”, assinala a CEP.
Os responsáveis católicos de Portugal esperam que esta iniciativa promova “um maior vigor missionário em todas as dioceses, paróquias, comunidades e grupos eclesiais, desde os adultos aos jovens e crianças”.
A nota pastoral defende a necessidade de passar de uma “pastoral de mera conservação” para “uma pastoral decididamente missionária”.
“Trata-se de colocar a missão de Jesus no coração da própria Igreja, transformando-a em critério para medir a eficácia das estruturas, os resultados do trabalho, a fecundidade dos seus ministros e a alegria que são capazes de suscitar, porque sem alegria não se atrai ninguém”, precisa o texto.
A CEP sublinha que as mudanças em curso na sociedade exigem uma “renovação missionária”, reforçando o apelo à criação de Centros Missionários Diocesanos e Grupos Missionários Paroquiais.
“Que a missão universal ganhe corpo em todos os âmbitos da pastoral e da vida cristã, que nos animem a ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho”, apelam.
Os bispos católicos de Portugal desejam que a formação missionária esteja presente na catequese e nos currículos dos Seminários e das Faculdades de Teologia.
O Papa Francisco indica quatro dimensões para prepararmos e vivermos o Mês Missionário Extraordinário de outubro de 2019:
  • Encontro pessoal com Jesus Cristo vivo na sua Igreja: Eucaristia, Palavra de Deus, oração pessoal e comunitária.
  • Testemunho: os santos, os mártires da missão e os confessores da fé, que são expressão das Igrejas espalhadas pelo mundo.
  • Formação: bíblica, catequética, espiritual e teológica sobre a missão.
  • Caridade missionária: ajuda material para o imenso trabalho da evangelização e da formação cristã nas Igrejas mais necessitadas.
Estas dimensões de oração, reflexão e ação propostas pelo Santo Padre, assim como o tema do Dia Mundial das Missões em 2019 – “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo” – estarão presentes nas várias iniciativas diocesanas ao longo de todo o Ano Missionário, sempre centrados na Palavra e na Eucaristia.

texto retirado da agencia.ecclesia.pt

quarta-feira, 16 de maio de 2018

VOUZELA está a viver a Missão Popular


Foi no dia 14 de maio que teve início mais uma Missão Popular Vicentina, na Paróquia de Vouzela. É pároco o Pe Ricardo, que tem também ao seu cuidado pastoral as anteriormente missionadas, Cambra e Carvalhal Vermilhas. O envio dos missionários coincidiu com a Eucaristia festiva do S. Frei Gil, santo da terra, e por isso mesmo feriado municipal.

A equipa missionária é constituída pelo Pe Bruno, padre vicentino da comunidade de Viseu, pela irmã Valdivânia das Filhas da Caridade, a residir em Cucujães, e pela irmã Isolinda, das Missionárias Reparadoras do Sagrado Coração de Jesus, e a viver atualmente em Portalegre.

As Assembleias Familiares foram todas constituídas na Casa dos Irmãos Maristas, com os vários Animadores, para aí aprofundarem os temas das catequeses da Missão. Houve já a visita e a celebração no Lar de idosos, bem como visitas aos doentes.

É hora de dizer que a Missão está na rua! Unidos na oração.

terça-feira, 8 de maio de 2018

TESTEMUNHO DA MISSIONÁRIA TERESA MATOS


MISSÃO POPULAR VICENTINA
Cambra e Carvalhal de Vermilhas 22 de abril a 06 de maio 2018

Cada vez que colaboro numa Missão Popular descubro com mais clareza os sinais do Amor de Deus, a grandeza e beleza que Ele põe no coração de cada um de nós.

A maneira como se vai transformando cada pessoa que encontramos à medida que a Missão vai decorrendo, é prova de que vale a pena o nosso esforço e disponibilidade para servir. Aquele olhar apreensivo perante os missionários desconhecidos que chegam, depressa se converte num olhar carinhoso, num sorriso acolhedor, num gesto amigo. Receberam cada um de nós como quem recebe um familiar, começando pelo Senhor Padre Ricardo que muito se preocupava para que nada faltasse à equipa missionária. Todos estes gestos revelam a força da ressurreição de Jesus que há pouco celebrávamos na Páscoa.

Evangelizar através da nossa presença, da alegria que contagia os corações, como ouvíamos dizer. Vós deixais as pessoas de coração a transbordar!

É esse o objectivo de cada Missão. Ser Evangelho vivo, oferecer a nossa disponibilidade, o nosso saber e vontade ao serviço do Senhor, nos irmãos particularmente nos mais pobres. ´Sempre foi esse o objectivo de S Vicente de Paulo, socorrer os pobres e infelizes! Seguimos o seu exemplo em cada Missão. Visitamos os doentes e idosos, os deficientes, as crianças.

Nada acontece por acaso. Foi este o local certo e a hora certa para se realizar a Missão. Encontramos olhares caídos, rostos tristes, marcados pela dor de quem viu o incêndio levar o esforço duma luta diário para angariar o sustento de cada dia. Em alguns casos até o tecto para viver.

Como em qualquer Missão, encontramos animadores receosos, inseguros como os discípulos a caminho de Emaús cheios de medo e desânimo provocado pela derrota de seu líder, Jesus, que se deixou morrer cravado na cruz.

Ardia-lhes o coração pelo caminho quando o desconhecido, Jesus, falava das escrituras, mas como para eles só contava o que os seus olhos viam, não descobriram que era Ele que os acompanhava. Quando O reconheceram voltaram a transbordar de alegria, de olhar puro e coração aberto levando a notícia, a Boa Nova. “Vimos o Senhor”! É este o sentimento que fica no coração do povo de Cambra e Carvalhal de Vermilhas particularmente nos animadores e visitadores que manifestaram vontade de continuar com as assembleias. Viver o encontro, a união, fruto da presença de cada um, da partilha, da preocupação pelos que mais sofrem.

É esta a certeza de que Jesus está vivo no meio de nós e nos dá força para avançar corajosamente. Somos instrumentos nas mãos do Artista. Ele fez e continua a fazer maravilhas pelas nossas mãos. Cada assembleia onde reunimos é um elo que estreita os laços de amizade, da alegria da presença amiga que nos torna mais irmãos levando ânimo aos que carregam o peso do sofrimento, seja qual for a espécie.

Ao fazer o balanço do nosso trabalho verifiquei que foi muito positivo. O Senhor serviu-se de nós para realizar a Sua Obra!

Mas continua a convidar; “A ceara é grande”. “Ide por todo o mundo”. Há outras cearas a trabalhar. A ceara jovem que precisa de semeadores a seu jeito. Não nos cansamos de dizer: não aparecem, tem outras preferências, redes sociais com jogos que os absorvem… Mesmo assim as crianças e jovens são a certeza do amanhã! São espectaculares, andam à procura de quem lhe mostre novos horizontes, de quem os ajude a abrir outros caminhos. Nós, tal como as virgens insensatas, muitas vezes não nos preocupamos se a nossa lâmpada tem azeite para iluminar. O que importa é estar, é ter lâmpada mesmo sem azeite. Jesus quer mais. O nosso olhar atento para ver o que fazer e como fazer para cativar a nossa juventude. Também aqueles que estão fora do nosso espaço e por vezes nos incomodam. Os afastados, os revoltados, os semeadores do erro, os desinteressados que são tantos. “Abri de par a par as portas a Cristo” dizia S. João Paulo segundo. É esse o segredo que cativa. Abrir as portas do coração para que todos nele tenham lugar.

Não podemos perder a esperança. Penso que não se esgotaram as possibilidades de mudança.

Com tanta tecnologia, tanta gente formada, porque não juntar-se um grupo de arrojados que comecem a inventar formas de cativar os jovens e crianças, desviando a sua atenção para outras fontes? Por exemplo criar jogos e fazê-los entrar nas ditas redes onde as crianças e os jovens sem darem conta vejam algo de diferente, de belo, Obra do Criador que os cativa desviando-os dessa oferta mundana que destrói e conduz por caminho vazios de valores, sem os quais é difícil encontrar felicidade. Vai ser difícil mas não impossível.

Inventar até ao infinito!
Teresa Matos
08/05/2018