quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

DIA MUNDIAL DA PAZ – SANTA MARIA, MÃE DE DEUS



“Não mais escravos, mas irmãos”: este é o tema da Mensagem para o 48º Dia Mundial da Paz, a segunda do Papa Francisco. Geralmente pensa-se que a escravatura é um facto do passado. Na verdade, esta praga social continua muito presente no mundo de hoje.

A Mensagem para o 1º de Janeiro de 2014 foi dedicada à fraternidade: “Fraternidade, fundamento e caminho para a paz”.




De facto, uma vez que todos são filhos de Deus, os seres humanos são irmãos e irmãs com uma igual dignidade. A escravatura representa um golpe de morte para tal fraternidade universal e, por conseguinte, para a paz. Na verdade, a paz existe quando o ser humano reconhece no outro um irmão ou irmã com a mesma dignidade.

Persistem no mundo múltiplas formas abomináveis de escravatura: o tráfico de seres humanos, o comércio dos migrantes e da prostituição, o trabalho-escravo, a exploração do ser humano por outro ser humano, a mentalidade esclavagista para com as mulheres e as crianças. Há indivíduos e grupos que se aproveitam vergonhosamente desta escravatura, tirando partido dos muitos conflitos desencadeados no mundo, do contexto de crise económica e da corrupção.

A escravatura é uma terrível ferida aberta no corpo da sociedade contemporânea, é uma chaga gravíssima na carne de Cristo! Para combatê-la eficazmente, há que reconhecer acima de tudo a inviolável dignidade de cada pessoa. Além disso, importa ancorar firmemente esse reconhecimento na fraternidade, que exige a superação de todas as desigualdades, as quais permitem que uma pessoa escravize outra.

É-nos ainda pedido que o nosso agir seja próximo e gratuito para promover a libertação e inclusão para todos. O objectivo a alcançar é a construção de uma civilização fundada sobre a igual dignidade de todos os seres humanos, sem qualquer discriminação.




Para isso, é necessário o compromisso da informação, da educação, da cultura em favor de uma sociedade renovada e que se assinale pela liberdade, pela justiça e, logo, pela paz.


O Dia Mundial da Paz resultou da vontade do Beato Paulo VI e é celebrado todos os anos no primeiro dia de Janeiro. A Mensagem do Papa é enviada aos Ministros dos Negócios Estrangeiros de todo o mundo e indica também a linha diplomática da Santa Sé para o ano que se inicia. (Fonte: Rádio Vaticano)


Mensagem do papa para o Dia Mundial da Paz

sábado, 27 de dezembro de 2014

Festa da Sagrada Família de Nazaré

A família é um tesouro”
“A família é o principal objecto de ‘cuidado’ de cada um”.

 “Cuidar significa manifestar um interesse diligente e atencioso, que empenha tanto o nosso ânimo como a nossa atividade, em relação a alguém ou a alguma coisa. Cuidar ignifica olhar com atenção para aquele que necessita de cuidados sem pensar noutra coisa, aceitar dar ou receber cuidados”.




“A família é um tesouro, os filhos são um tesouro”. “Brincar com os filhos é tão bonito. É semear futuro”.

Na família é necessário cuidar também da relação com os outros, com boas obras, especialmente aos mais necessitados, fracos”, incluindo os anciãos, doentes, famintos, sem-tecto e estrangeiros”.

Na família, purifique-se a língua das palavras ofensivas, das vulgaridades e da linguagem da decadência mundana” e “que as feridas do coração sejam substituídas ‘com o óleo do perdão’ e o trabalho realizado com “entusiasmo, humildade, competência, paixão e espírito de gratidão ao Senhor”.

(Papa Francisco na audiência aos trabalhadores da Santa Sé
e do Estado da Cidade do Vaticano,

a 22 de Dezembro/2014)

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Glória a Deus nas alturas!”
No princípio existia o Verbo;
o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus.

O Verbo era a Luz verdadeira,
que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina.
Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência,
mas o mundo não o reconheceu.
Veio para o que era seu,
e os seus não o receberam.


E o Verbo fez-se homem
e veio habitar connosco.

E nós contemplámos a sua glória,
a glória que possui como Filho Unigénito do Pai,
cheio de graça e de verdade.

(Prólogo do Evangelho de S. João)

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

domingo, 21 de dezembro de 2014

“EVANGELHO DA ALEGRIA”


“ A alegria do Evangelho enche o coração e a vida daqueles que se encontram com Jesus” (EG,1)




Da Galileia à Judeia,
Caminha casal feliz:
Maria, Mãe do Milagre;
José, filho de David…

No bornal, vai água e pão
- alimento de jornada.
É José quem tudo leva
o “tudo” que é quase nada!

Maria leva consigo
o Rei e Senhor do Mundo:
É “peso” que se faz leve
- Mistério de Amor profundo…

Em Belém, portas fechadas
para o Menino nascer…
Jesus, ó “Prenda de Deus”,
Por anda teu Poder?!...

Entre animais, numa gruta,
nasce o Menino em Belém;
Pobre de coisas e haveres,
envolto em panos p’la Mãe…

E, no entanto, é tão rico
daquilo que ao mundo traz:
Rico de Luz e Bondade,
Vestido de Amor e Paz…

Há todo um mundo que canta,
no silêncio de Maria…
Anjos acordam pastores
- “Evangelho da Alegria”!

Na noite fria da terra,
há um anjo que anuncia:
“Boa Nova para todos”
- “Evangelho da Alegria”!

Cantam anjos e pastores
- universal sinfonia:
“Glória a Deus e Paz na terra”
- “Evangelho da Alegria”!

Cada vez que há Natal,
é noite que se faz Dia:
Secam os rios do mal;
nascem “Fontes de Alegria”

P. Manuel Nóbrega, CM – Natal 2014


quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

“O Espírito de Deus está sobre mim e enviou-me!”


Anúncio da Missão
em Rio de Moinhos (diocese de Beja)
e em Brogueira (diocese de Santarém)

Foi no fim-de-semana de 13 e 14 de Dezembro, 3º Domingo do Advento, foi feito o Anúncio da Missão Popular em duas aldeias de regiões e dioceses bem diferentes: Beja e Santarém. São as paróquias de Aljustrel, na povoação de Rio de Moinhos (dia 13), até há pouco tempo freguesia e Brogueira (dia 14), no concelho de Torres Novas.
“O Espírito de Deus está sobre mim e enviou-me a anunciar a Boa Nova aos pobres”, pregão do profeta Isaías, proclamado por Jesus na sinagoga de Nazaré, e assumido por Vicente de Paulo para lema da Congregação que seguiu os seus passos, foi o mote comum nas duas celebrações.




Semelhanças e diferenças
Algumas diferenças e semelhanças, acabaram por marcar esta acção missionária: ambas acontecem de 17 a 31 do mês de Maio; o pároco de Aljustrel (P. Paulo do Carmo) já tem algum traquejo no preparar e viver a Missão Popular; o pároco de Brogueira (P. Diamantino Marques) pediu e quer viver pela primeira vez o contacto com este método de evangelização e que, recentemente, foi proposto pelo bispo diocesano.
Enquanto Rio de Moinhos já experimentou em 2006 uma Missão Popular animada por uma equipa liderada pelo falecido P. João Sevivas, a Paróquia de Brogueira nunca esteve no calendário das Missões, embora a vizinha paróquia de Alcorochel tivesse acolhido uma, no ano 2000.
Brogueira tem muita história e tem 3 lugares de culto (Brogueira, Boquilobo e Cardais), sendo a igreja matriz o mais importante. Rio de Moinhos, embora se tenha pensado em construir um lugar de culto e haja um terreno doado há mais de 20 anos, a partir de 21 de Junho último, data da sagração do altar, celebra o culto numa sala da antiga escola, equipada como capela, sob a invocação de Nª Sª de Fátima. De 15 em 15 dias, há Eucaristia.
Ambas têm figuras bem conhecidas: Em Boquilobo (Brogueira), nasceu o general sem-medo Humberto Delgado e em Rio de Moinhos (Aljustrel), veio ao mundo, Manuel de Brito Camacho.

Oração e mãos estendidas
Em Rio de Moinhos, num sábado, chuvoso e frio, ensombrado por um funeral de um filho da terra, ainda jovem, fez-se o Anúncio deste tempo forte de evangelização.



Este acontecimento doloroso, tornando-se momento de oração em memória pelo falecido, foi tempo de anúncio e de missão.
Na paróquia da Brogueira, no domingo, nas três celebrações, sobretudo na Matriz, e com crianças a viver a caminhada de Advento simbolizada nas mãos, além do convite á alegria da Missão e a ‘conhecermos melhor Aquele que já está no meio de nós’, foi feito o desafio para que todas mãos se estendam e chegam a todas as famílias, a todos os Lugares e Casais.
A oração da Missão, a descoberta da equipa coordenadora e o convite a uma participação activa foram apelos lançados pelo P. Diamantino para que, passadas as festas natalícias, fossem propostas acções concretas para mobilizar a paróquia para este tempo forte de Missão e, desde já, todos começarem a ser os missionários das famílias, dos vizinhos e dos amigos.
O terreno começou a ser preparado. O anúncio foi feito. A mensagem que vem de longe e é o centro da Missão, continua a vibrar nos ouvidos, no coração e na vida de todos e desafiar tudo e todos para o “hoje” da salvação de Deus: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.» (Lc 4, 18-19)

P. Agostinho Sousa, CM

RIO DE MOINHOS
Rio de Moinhos foi uma freguesia do concelho de Aljustrel, criada em 1985, com 37,44 km² de área e 741 habitantes (2011). Foi extinta em 2013, no âmbito da reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de Aljustrel. É constituída por um único núcleo populacional e por alguns montes dispersos (habitações rústicas agrícolas).
O sector primário da sua economia impõe-se, destacando-se como produtos principais as oleaginosas (azeitona e girassol), a cultura de cereais (em regime de sequeiro), o tomate (para concentrado), milho, arroz e vinha.
Foi em Rio de Moinhos que Manuel Brito Camacho, político republicano, nasceu e aprendeu as primeiras letras e o apego que o ligou ao Monte das Mesas onde viveu a infância, onde «brincou, fisgou pardais e foi aos grilos» fê-lo escrever, ao longo da vida, numerosas páginas sobre a paisagem desta região e o modo de vida bucólico, de outros tempos: “Que bom tempo aquele! Pela meia tarde, na época da ordenha, a horas certas, ainda vinha longe o alavão, logo eu corria para o aprisco, sem chapéu, e punha-me a tocar o búzio com muita força até que o roupeiro chegasse, quase sempre furioso por o terem chamado antes do tempo. Que feliz eu era então!”.


BROGUEIRA
Brogueira é uma freguesia do município de Torres Novas, ocupando uma área de 21.10 km2 e é habitada por 1.112 pessoas, das quais, 25.63% têm mais de 65 anos e 13.04% são crianças ou adolescentes. Em termos demográficos, constata-se que das 431 famílias residentes na freguesia, 19.95% são compostas por uma única pessoa, e que o peso dos agregados domésticos com quatro ou mais indivíduos é de 6.03%.

Casa Memorial Humberto Delgado fica situada na povoação de Boquilobo. É uma homenagem dos conterrâneos a esta figura ímpar. É composta pela casa onde nasceu e por um espaço museológico dedicado à sua acção política. Humberto Delgado, denominado pelo povo “General sem Medo”, foi um dos mais sérios opositores do regime que dominava o país. As suas ideologias democráticas e o desejo pela liberdade levaram ao seu assassinato.
Situada no sul do concelho de Torres Novas, Brogueira, terra de digno património religioso, é o pólo de um núcleo de povoações que atinge uma grande extensão: Casal Cepo e Faia, Barreiras, Boquilobo, Casal do Ramos e Cardais. Ao logo do tempo esta freguesia tem sido marcada pela história, não destruindo até hoje a sua parte mais típica. É o caso das suas moradias. Integram-se em pitorescos becos, cantos e ruelas.
A Igreja matriz da Brogueira é dedicada a S. Simão. Templo que se destaca pelo excelente retábulo do alto-mor, de madeira entalhada e pintada, que dá à igreja um belo efeito decorativo. É do século XVII. A imagem do orago, uma escultura de pedra, seiscentista, que media quase um metro, foi sacrificada no século XIX à voracidade dos coleccionadores. Deve-se destacar, ainda, o coro com balaustrada de madeira, a pia de água benta trabalhada e o arco baptistério (1891).
Á frente da igreja, no adro, pode ver-se um cruzeiro de 1660. Essa data insculpida no pequeno monumento, encontra-se na peanha, assente sobre tronco de pirâmide, feito por ocasião dos centenários. Nas faces da cruz, encontramos os instrumentos da Paixão em todo o esplendor.

(Os dados históricos e outros
foram retirados das respectivas autarquias)



terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Uma Família, Um Presépio



Com o mote “Uma Família, Um Presépio”, catequistas e catequisandos da Paróquia de Abela, tiveram um sonho original: envolver toda a freguesia na vivência do Natal, criando e recriando a expressão mais visível desta quadra natalícia: cada família, cada rua foi desafiada a construir um Presépio.
A iniciativa mobilizou toda a aldeia. Grandes e pequenos, novos e mais velhos deram largas à imaginação e foram construindo, com os mais diversos materiais, o quadro central que representa e torna visível, o Natal do Senhor.

Este desafio envolveu de tal maneira as gentes da Abela que, no dia Bênção e abertura da Exposição, foram percorridos vários quilómetros para visitar os 48 presépios. Materiais reciclados, vidro ou cortiça, corda ou plástico, ferro-velho ou ferro forjado, trapo ou frutos secos, colagem ou recorte, sombra ou silhueta, pintura ou modelagem, das mais diversas cores e feitios, tudo converge para o essencial: “Um Menino nasceu! Uma Família O acolhe!” 
Dentro e fora de portas, em lugares públicos e privados, em lugares de passagem ou de reunião, de maior ou menor porte, aí está um Presépio vivo.
A Eucaristia do 1º domingo do Advento deu início a este evento. Foi participada por muitas famílias e pelas crianças e adolescentes que, trajados a rigor, deram corpo às várias personagens e figuras do Presépio. A igreja estava cheia.
No final, todos se dirigiram para junto das suas “obras de arte”, aguardando a chegada daqueles que se prontificaram visitar toda a aldeia, feita presépio.
Uma visita pausada a esta “Aldeia natalícia”, Abela de seu nome e agora mais Bella, descobrirá muita imaginação, muito talento, muito envolvimento, mas também muito amor, muita comunhão e muita fé.
Há muitas formas de evangelizar, de chegar ao coração das pessoas, de as fazer descobrir a verdadeira mensagem do Natal. Estou certo que todo este envolvimento mexeu muito mais com as famílias que, porventura, muitas outras preparações próprias desta quadra.



Estão de parabéns todos os mentores e construtores, os protagonistas e dinamizadores, os participantes e apoiantes deste evento. Como diz o poeta “tudo vale a pena quando a alma não é pequena! Valeu a pena todo o esforço e trabalho, recompensado pela alegria que inundou os rostos de quem visitou e vai continuando a visitar esta exposição que, tendo começado a 30 de Novembro se prolonga até ao próximo dia 6 de Janeiro.
“Uma Família, Um Presépio”, mexeu com a Comunidade da Abela. Todos se deram as mãos e conseguiram fazer da sua Aldeia, uma autêntica família. Feliz Natal, com Jesus Menino no coração de cada família e de cada pessoa!


P. Agostinho, CM

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Dia de deserto para Animadores de Comunidades



Deus vem!

Na Ermida da Senhora da Graça-Sto André, no passado sábado, aconteceu um ‘Dia de Deserto’. Cerca de meia centena de pessoas, vindas das paróquias de Sines, Sto André, Colos e Santiago do Cacém, rumaram até este lugar de paz para viver um dia diferente. A maior parte dos participantes eram Animadores de Comunidades.
O encontro foi convocado pelo Centro Missionário Diocesano e apoiado pela paróquia de Sto André e pela Comunidade dos Servos de Maria do Coração de Jesus-Colos. O programa proposto estava subordinado ao tema “Caminho do Advento: Esperar Jesus como Maria”.
As Irmãs da Comunidade dos Servos de Maria animaram os tempos de oração (Laudes, Rosário, Vésperas e Adoração do SS.mo Sacramento), o P. Agostinho fez a reflexão temática e o P. Abílio presidiu à Eucaristia. Houve tempo para a Reconciliação, a Partilha de vida e de dons e para a animação missionária.



Foi um dia belo. O sol brilhante ajudou a aquecer o coração. Todos regressaram a suas casas tomando consciência que cada um e toda a Igreja são chamados, na sua peregrinação terrena, a esperar Cristo que vem e a acolhê-Lo com fé e amor sempre renovados.
A assembleia que participou neste encontro de oração e de reflexão calendarizou uma nova experiência de Deserto para o dia 28 de Fevereiro, início da Quaresma.


P. Agostinho Sousa, CDM