segunda-feira, 29 de abril de 2013

Encontro de Formação para Animadores da Comunidade


No passado dia 27 de Abril teve lugar na paróquia de São João de Negrilhos, o 9º Encontro de Formação para Animadores. A exposição do tema do Encontro esteve a cargo do padre António Lopes, Director Nacional das Obras Missionárias Pontifícias (OMP) e contou com a participação do nosso Bispo, D. António Vitalino, do pároco desta paróquia, padre Paulo do Carmo, bem como do padre Agostinho, coordenador da animação missionária da nossa Diocese. Além da Equipa missionária, estiveram ainda presentes neste tempo de formação algumas religiosas e perto de 30 animadores provenientes de diversas paróquias da nossa diocese (S. João de Negrilhos, Aljustrel, S. Teotónio, Colos e Santa Luzia).

O tema sobre o qual nos debruçamos - “ Tudo, todos e sempre em Missão”, - foi retirado da mensagem que o Santo Padre emérito Bento XVI escreveu para o dia Mundial das Missões do ano de 2011.



O padre Agostinho deu início a este tempo de formação com um momento de oração e de reflexão, o que criou nos presentes um ambiente de encontro e comunhão com Jesus Cristo, que serviu de inspiração para as actividades realizadas ao longo do dia.

“A missão renova a Igreja, revigora a sua fé e identidade”

De seguida, o padre António Lopes foi desembrulhando passo a passo a importância e o sentido de ser animador missionário na Igreja de Jesus Cristo. Enquanto cristãos crentes, vivos e participativos, devemos procurar ser sempre a presença e a luz de Deus no meio do seu povo, dando testemunho vivo da palavra de Deus, no meio das comunidades às quais somos chamados a testemunhar, pois a Igreja existe para evangelizar. É o seu horizonte e o seu objectivo. A missão evangelizadora é a razão de ser da Igreja, onde todos aqueles que acreditam no evangelho têm a sua quota-parte de responsabilidade e importância na transmissão da palavra de Deus aos outros, e para com aqueles em que a mensagem evangelizadora não chegou ou ainda não tocou. A missão evangelizadora deve ser para aquele que anuncia, algo constante e duradouro (e não de forma esporádica ou apenas quando lhe dá jeito e até tem algum tempo disponível) permitindo assim que as portas da Igreja de Cristo se abram para o mundo de uma forma mais abrangente. Esta ideia de missão evangelizadora foi formulada no início do Concilio Vaticano II, pelo Santo Padre o Papa João XXIII há cinquenta anos atrás. Uma das conclusões a que se chegou foi: - “A missão renova a Igreja, revigora a sua fé e identidade, dá-lhe novas motivações. É dando a fé que ela se fortalece.”

Num segundo ponto focou-se o quão importante é o missionário estar sempre em estado de missão. Este deve estar sempre em alerta, sempre pronto e sempre em missão. A animação missionária tem de ter uma atitude viva e dinâmica na pastoral da Igreja. É preciso que não nos contentemos com os caminhos já percorridos, mas também e sobretudo em abrir novos caminhos, nunca no entanto descuidando aqueles que já percorremos. Na Missão, só é discípulo de Jesus Cristo quem na verdade se encontra com Ele, e depois de estar com Jesus Cristo gosta de estar com Ele, sentindo-se enviado a anunciá-Lo. O fazer discípulos é para todos os homens que acreditam em Jesus Cristo.


Testemunhar a luz no coração da nossa história

Após o intervalo foram formados quatro grupos de reflexão, aos quais o padre António Lopes colocou uma única questão: “Como sentimos nós a responsabilidade de testemunhar a luz no coração da nossa história?”

Todos os grupos responderam de forma semelhante, sublinhando a responsabilidade que nos é atribuída com o baptismo: ser capazes de testemunhar, de ser luz e de ser missionário na comunidade paroquial, familiar, laboral e social. Mas aqui surgiu uma nova questão: enquanto missionários, como é que podemos chegar ao seio das nossas comunidades?


Em jeito de partilha, todos os participantes na formação partilharam algumas propostas, para ajudar a ultrapassar alguns obstáculos, com os quais os nossos missionários de deparam no decorrer das suas acções. A oração particular ou em comunidade, a constituição de um grupo missionário paroquial, o encontro com pessoas frágeis (doentes, velhinhos e sós), a dinamização das crianças incutindo-lhes o espírito missionário (Obra da Infância Missionária). Procurar sempre promover uma missão aberta e espontânea, foram algumas das ideias propostas e a procurar concretizar.

Por fim, o encontro terminou de uma forma animada e descontraída e com palavras encorajadoras proferidas pelo nosso Bispo, D. António. Encerrou-se este dia de formação, cantando o hino do Sínodo Diocesano e uma oração ao Espírito Santo. O próximo encontro será em Vale de Água (Santiago do Cacém), a 18 de Maio, com o Tema: "Nova Evangelização e Missão hoje”, apresentado pelo P. Tony Neves, Provincial dos Padres Espiritanos.

Paula Dias

S. João de Negrilhos

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Missão em S. João de Negrilhos






Missão e Presença



A Congregação das Irmãs de Santa Doroteia é uma congregação de religiosas, fundada em 12 de Agosto de 1834 por Santa Paola Frassinetti. Actualmente as Irmãs Doroteias estão presentes em várias partes do mundo e trabalham em colégios, paróquias e comunidades carentes. O seu carisma e missão é o serviço e entrega ao crescimento integral do homem através da educação evangelizadora, com preferência pela juventude e pelos mais pobres.

Desde há cerca de 40 anos (1975) que esta Congregação trabalha na Paróquia de S. João de Negrilhos. Presentemente, a comunidade é formada por 3 simpáticas “avozinhas”, as Irmãs Maria América Nuñez Frazão (coordenadora), Ludomina Dias Ribeiro e Maria Emília Gomes da Silva. Uma quarta irmã faz parte da comunidade, de seu nome Maria Amélia de Carvalho Figueiredo, mas está há bastantes anos a cuidar da sua mãe, em Ferreira do Alentejo.

As alegrias das Irmãs são as alegrias deste povo, e as tristezas do povo são as tristezas das Irmãs. Os muitos anos de dedicação, serviço, disponibilidade e missão fazem com que sejam tratadas com carinho e estima, que façam parte da família, do património humano da terra. Em ano de jubileu, e para assinalar a efeméride, a Comunidade de S. João de Negrilhos, colocou uma lápide na frontaria da igreja, em sinal de homenagem e gratidão: “Graças ao Sr. P. Olavo / a esta terra chegaram / nas escolas e catequese / nossas crianças educaram/. Para o Alentejo vieram / trabalhar em comunidade / nós todos agradecemos / com carinho e amizade” (homenagem do povo, em 22/OUT/2006).


Neste tempo de missão, nas visitas a doentes e velhinhos, nas conversas de rua com quem encontramos, além das Irmãs, torna-se bem presente a figura de um “santo velhinho”, não o Simeão do templo, mas o P. Olavo, carmelita, que durante anos a fio se dedicou a estas gentes. Só a muita idade e a falta de saúde o fizeram deixar este povo, a quem serviu, como bom pastor, com dedicação, abnegação e entrega (homenagem nas Bodas de Oiro Sacerdotais, em 08/DEZ/2004).




Bom Pastor, Comunidades, Acólitos

A semana que passou foi rica em iniciativas e acontecimentos. Foi a semana de oração pelas vocações e das reuniões das comunidades ou assembleias familiares. Começou com a Eucaristia do Envio. Um tempo de Adoração ao Santíssimo Sacramento, bastante participado, e a oração de laudes todos os dias, tiveram sempre presente esta intenção da igreja. As comunidades, em quatro sessões, fizeram a sua caminhada, que teve o seu momento forte na celebração da Comunidade de comunidades, na igreja paroquial. Os testemunhos e vivências dos 8 grupos podem sintetizar-se deste modo: “Lançada a SementeUnidos pela  e animados pela Esperança, somos chamados a aprender o Caminho das Bem-aventuranças para sermos Fermento e Luz na nossa terra”. O encontro com os mais novos, na escola e na catequese, e a visita aos mais velhos em suas casas ou no Lar, tornaram-se lições de vida e momento de partilha.


Entretanto, por ser tempo de feira anual, as pessoas transcenderam-se em acções de voluntariado, de modo particular, a iniciativa “um dia pela vida”. O conhecimento da realidade a trabalhar exigiu uma adaptação de horários para que a presença e acção dos animadores e de outros membros da comunidade paroquial se tornasse visível, efectiva e comprometida.

Por fim, e no domingo do Bom Pastor, foram admitidos novos Acólitos que, revestidos das vestes próprias, serviram ao altar. Presidiu o pároco, P. Paulo do Carmo, e os familiares dos novos acólitos, os membros das comunidades, as crianças e catequistas animaram a Eucaristia. Foi o culminar de uma semana intensa e importante nesta Missão e foi a porta que se abriu para mais um tempo de celebrações temáticas, nos três lugares de culto. As imagens do padroeiro e de Nossa Senhora das Missões acompanharão este trabalho de anúncio, de catequese e de encontro. Um dos objectivos da Missão é congregar a todos, recriar uma comunidade comprometida. O tema do encontro de formação do próximo sábado dá o mote para a concretização deste desafio: “todos, tudo e sempre em Missão”.


P. Agostinho Sousa, CDM/Beja

sexta-feira, 19 de abril de 2013

SEMANA MISSIONÁRIA NA UNIDADE PASTORAL DE CERVA, LIMÕES E ALVADIA



-BREVE ANOTAÇÃO –

Decorreu, uma vez mais, desde o dia 7 a 14 de Abril deste ano, a Semana Missionária acima referida, com a presença de dois missionários vicentinos: o padre Álvaro e o padre Albertino, coadjuvados, a tempo pleno pelo pároco, o padre Joaquim Albertino Costa.
Foi uma semana de trabalho intenso, um pouco mais cansativo do que nos anos anteriores, pois que, em vez de serem três missionários, como habitualmente, neste ano éramos apenas dois. Mas, no fim da missão, chegámos á conclusão de que bastam dois missionários para esta atividade.

O trabalho mais empenhativo e, simultaneamente, mais enriquecedor, foi a confissão e comunhão de cerca de 120 doentes e idosos nas suas casas, apesar da chuva, por vezes torrencial, que caiu por aquelas terras transmontanas.
Houve tempo para a celebração do sacramento da penitência nas três paróquias, com a presença de seis confessores.
Todos os dias desta semana houve missa e pregação: em Cerva, às 8:00, e em Alvadia às 17:00, presidida pelo padre Álvaro; em Limões, às 8:30, presidida pelo padre Albertino. O tema da pregação era livre, embora incidisse habitualmente sobre a Fé, tema deste ano pastoral, tendo até como livro de apoio “Cinco pequenas catequeses sobre o Credo”. Esta semana de pregação culminou com a Festa em honra do Sagrado Coração de Jesus, em cada paróquia, seguida de procissão eucarística. O número de participantes foi aumentando ligeiramente, embora fosse notada a ausência de jovens e de crianças. Sinais dos tempos…?
Houve também lugar para uma“Celebração para o Ano da Fé”, às 21:00, em cada paróquia. Foi bonita, bem celebrada, embora com pouca gente…


No sábado à noite, como já vem sendo hábito, houve lugar para uma reunião de preparação para o crisma de 23 adolescentes. Consistiu na apresentação de um “Power point” sobre este sacramento, seguida da celebração do sacramento da reconciliação.
No fim, o pároco congratulou-se com o trabalho feito. Partilhou connosco as boas referências dadas pelos fiéis das três paróquias a respeito do trabalho levado a cabo. Também salientou a grande consonância que existiu entre o que os missionários pregaram e a habitual prática pastoral levada a cabo nesta Unidade Pastoral. E terminou dizendo que conta connosco para o próximo ano. Ficou até já assinalada a data para essa semana missionária: será desde o dia 28 de Abril até 4 de Maio de 2014.
Padre Albertino Gonçalves

SANTA INFÂNCIA





As Obras Missionárias Pontifícias arrancaram ontem com um novo espaço, na Web, para a Infância Missionária (www.infancia.opf.pt ). O site onde todas as crianças, grupos de catequese e da santa infância poderão encontrar diversos materiais, actividades e jogos para explorar.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

São João de Negrilhos acolhe a Missão Popular


São João de Negrilhos é uma freguesia do concelho de Aljustrel, com 76,59 km² de área e 1 468 habitantes (2011). Integra três povoações: Montes Velhos, Aldeia Nova e Jungeiros. A primeira referência à então denominada Aldeia de Negrilhos, ascende a 1532. No censo populacional dessa data refere-se que a localidade se situava a légua e meia a poente da Vila de Aljustrel.
Actualmente os seus habitantes vivem essencialmente da agricultura, com destaque para as culturas arvenses de sequeiro mas onde se destaca, pelo seu dinamismo, as culturas intensivas de regadio de tomate, milho, girassol, pimento, espargos e morangos. Com menos expressão, existe a exploração pecuária através da criação de bovinos, caprinos e ovinos.
A Igreja Matriz data de 1808 e foi mandada construir pelo Bispo da Diocese de Beja. Existe ainda uma capela cuja data exacta não se conhece, mas que terá perto de 400 anos. É a Ermida de Santa Margarida situada na Herdade do Monte S. João, cuja festa se celebra no fim-de-semana mais próximo do dia 7 de Outubro.



Vida paroquial e Missão
O pároco de Aljustrel, P. Paulo do Carmo Condeça, exerce o seu múnus pastoral nesta paróquia, onde até há bem pouco tempo, e durante muitos anos, trabalhou o P. Olavo. As Irmãs Doroteias têm nesta localidade uma comunidade onde vivem, há quase quatro décadas três religiosas: Irmãs Frazão, Ribeiro e Maria Emília.
A Missão Popular, uma aposta do plano pastoral paroquial, foi anunciada em 7 de Outubro do ano findo e realiza-se de 14 a 28 de Abril. Fizeram-se seis reuniões de preparação e, se Deus quiser e as pessoas ajudarem, vão funcionar 4 Comunidades em Montes Velhos, 3, na Aldeia Nova e 2, em Jungeiros. Começou com a chegada da imagem de Nossa Senhora de Fátima, desde há muito “baptizada” como Senhora das Missões. Depois de acompanhada desde o Seminário de Beja até aos limites da paróquia por uma caravana de mais de uma vintena de automóveis, a Imagem passou pelos 3 aglomerados populacionais e, a partir do centro de Montes Velhos, fez-se a Procissão de acolhimento e a entrega da Missão à protecção de Maria, Estrela da Evangelização.

A Eucaristia de Envio e a reunião com os animadores preencheram o domingo. Segue-se a semana das comunidades ou assembleias. A segunda semana, as celebrações temáticas, serão repartidas pelos três centros de culto. No penúltimo dia, haverá um encontro de formação para Animadores da Comunidade, orientado pelo P. António Lopes, director nacional das Obras Missionárias Pontifícias. No dia do encerramento desta acção missionária estará presente o Bispo diocesano, D. António Vitalino, que presidirá à Eucaristia.
A equipa Missionária é composta pelo P. Agostinho, CM, pela Irmã Celina, religiosa do Bom Pastor e pelo casal Norberto e Olímpia Dias, de Salvaterra de Magos.

P. Agostinho Sousa, CDM/Beja

domingo, 14 de abril de 2013

50ª Semana das Vocações




Oração para a 50ª Semana das Vocações

Deus Pai, fonte da vida,
que pelo teu filho, Jesus Cristo,
nos deste o Espirito de confiança e de amor:
envia operários para a tua Igreja;
dá vitalidade de fé
a cada família, paróquia e diocese,
onde desabrochem numerosas vocações sacerdotais e religiosas
e os baptizados vivam generosamente o Evangelho,
ilumina com a santidade da tua palavra
os pastores e os consagrados;
anima os jovens nos seminários e nas casas de formação;
renova a esperança na Igreja e continua a chamar muitos
para que nunca faltem testemunhas autênticas,
transfiguradas no encontro contigo,
e anunciadoras da tua alegria à comunidade cristã e aos irmãos.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Sines e Porto Covo começam a preparar Missão



No 2º Domingo da Páscoa, domingo da Misericórdia, nas paróquias de Sines e de Porto Povo, em todas as Eucaristias, foi feito o Anúncio da Missão Popular. Em Sines, decorrerá de 3 a 17 de Novembro e em Porto Covo, de 19 de Janeiro a 2 de Fevereiro do próximo ano. A partir deste momento e ao longo dos próximos meses, o P. Agostinho acompanhará neste tempo de pré-missão, os vários agentes missionários: equipa de responsáveis, animadores de comunidades, visitadores e donos das casas onde vão funcionar as Assembleias. Além dos aspectos práticos a ter em conta, haverá tempo para a reflexão de várias temáticas: o que é a Missão Popular, os ministérios no Novo Testamento, a Igreja-comunhão e ministérios, a Missão Popular e os seus ministros e o Animador-ministro da Palavra e da direcção, bem como a preparação cuidada dos temas das quatro reuniões das Assembleias.



Neste fim-de-semana, além do anúncio foi feita a entrega da oração da Missão Popular, que foi rezada pelas várias centenas de participantes na Eucaristia. À tarde, no Centro Paroquial de Sines e na Igreja de Porto Covo houve reunião, com todos aqueles que aceitaram o convite lançado na Eucaristia. Foi apresentado o contexto da Missão nestas duas paróquias, dentro do plano da animação missionária da diocese, apelou-se à disponibilidade de todos para a caminhada de preparação intensa, desde a oração até à acção. Foi apresentado o tema “O que é a Missão Popular” e marcou-se nova reunião para 16 e 17 de Junho. O desafio ficou lançado e o terreno vai ser preparado. A estas duas comunidades foi lançado o repto: “Não temais. Ide dizer aos meus irmãos!” (Mt. 28, 10)




Festas e Vida Religiosa

Ainda que o orago de Sines seja São Salvador, Nossa Senhora das Salas é a padroeira dos pescadores de Sines e a Imagem com maior culto popular. A lenda que dá origem à sua devoção remonta ao século XIII e conta a história da princesa Bataça, que na aflição de uma tempestade promete construir uma capela em louvor da Virgem no primeiro porto que encontrar. Esse porto é Sines e a capela é a Igreja de Nossa das Salas, situada na zona poente da cidade, debruçada sobre o porto de pesca. Oitocentos anos depois, a devoção à Senhora das Salas mantém-se. Nos dias 14 e 15 de Agosto, realizam-se as suas festas, com missa na ermida e na Igreja Matriz e procissões pelo centro histórico (nocturna, dia 14) e no mar (diurna, dia 15). Esta última, usando as traineiras dos pescadores, devidamente engalanadas, torna-se o ponto alto das festividades.

Em Sines, a Santa Casa da Misericórdia, de dois em dois anos promove e anima a Procissão dos Passos que percorre as ruas centrais da localidade e, em muitos lugares são colocados quadros alusivos à Paixão. Tal iniciativa proporciona um momento marcante no tempo da Quaresma.

Em Porto Covo, a padroeira é Nossa Senhora da Soledade, celebrada a 29 de Agosto. Ao fim da tarde, o povo leva a imagem em procissão pelas principais ruas da aldeia. As festas religiosas são acompanhadas por um programa de celebrações“profanas” na freguesia.

Um pároco, P. José Fernandes Pereira e, actualmente 2 diáconos permanentes, animam as celebrações religiosas destas Comunidades. Ao fim de semana há Eucaristia, em Sines (1 vespertina e 2 dominicais) e em Porto Covo (dominical, à tarde). Há catequese, nas duas paróquias (+-150 crianças), mas são poucos os baptismos, crismas e matrimónios.


História

Sines tem ocupação humana desde a Pré-História e vestígios de praticamente de todos os períodos históricos. A riqueza do mar de Sines e dos pontos abrigados da sua costa, raros no Alentejo, começam a definir a identidade económica de Sines desde as épocas mais remotas. Os Romanos fizeram da actual capital do concelho um entreposto portuário e comercial (Sines vem de "sinus", a palavra romana para significar baía). Sines cresce como aldeia piscatória até que, em 1362, o município é fundado pelo rei D. Pedro I, interessado nas suas funções defensivas da costa. O Castelo, o principal monumento da cidade, é concluído pela população como contrapartida da concessão do foral.

Cerca de um século depois, em 1469, nasce em Sines uma das maiores figuras da história universal, o navegador Vasco da Gama. Sines vive essencialmente da pesca e das indústrias da cortiça e das conservas até meados do século XX, altura em que dimensão turística começa a crescer.


O grande complexo industrial criado pelo governo de Marcello Caetano, em 1970, muda o concelho. A população explode e diversifica-se, a paisagem ganha novas configurações e a comunidade luta para manter a sua integridade e a qualidade de vida, mitigando os impactes negativos da instalação das novas unidades e aproveitando os positivos.

O concelho de Sines é formado por duas freguesias: Sines e Porto Covo. Ao todo, segundo o Census de 2011 tem 14.238 habitantes, com 5.621 famílias, sendo o único concelho da Diocese de Beja que viu aumentada a sua população, em relação a 2001 (+ 683 pessoas).

Como património arquitectónico, a cidade de Sines tem o Castelo de Sines, a Igreja de Nossa Senhora das Salas, a Igreja Matriz de São Salvador, a Capela da Misericórdia, o Centro Histórico de Sines e a estátua de Vasco da Gama.


P. Agostinho Sousa/CDMBeja

sábado, 6 de abril de 2013

Semana Missionária na Unidade Paroquial de Cerva, Limões e Alvadia (Ribeira de Pena – Baixo Tâmega)



Desde 2006, ano em que aconteceu a Missão Popular nas Paróquias de Cerva e de Limões que, antes ou depois da Páscoa, se vive uma “Semana Missionária” na Unidade Paroquial de Cerva, Limões e Alvadia. Estas 3 paróquias estão confiadas ao P. Joaquim Albertino Costa que, ano após ano, convida os seus paroquianos a reviver o tempo da Missão e, para esse trabalho, pede a colaboração dos padres da Congregação da Missão.
Este ano, para esta Semana de encontro com as comunidades de Cerva, Limões e Alvadia, que decorre de 07 a 14 de Abril, estão convocados o Pe. Albertino Gonçalves (Comunidade de Viseu) e o P. Álvaro Cunha, Visitador (Comunidade da Rua do Século). O trabalho destes dias está inserido no Plano Geral do Ano de 2012/2013 da Unidade Paroquial, em que “As Paróquias de Cerva, Limões e Alvadia, até Junho/2013, são motivadas para uma experiência, de caminho renovado da Acção Pastoral, na perspectiva de uma Nova Evangelização e, consequente testemunho da verdade e da fé”.
Além da celebração da Eucaristia, nas sedes das paróquias e das muitas capelas, o sacramento da Reconciliação e da Unção dos doentes, ocupará bastante do tempo disponível daqueles sacerdotes. A visita aos muitos doentes e gente isolada, programada e apoiada
pelos mensageiros, é um momento privilegiado de encontro e de comunhão. As famílias, as crianças e jovens crismandos também têm os seus tempos marcados para reflexão e para a vivência dos Sacramentos. A semana termina com a Festa da Eucaristia e do Coração de Jesus, com Procissão Eucarística pelas ruas da terra.
O ritmo vida das comunidades da missão continua presente no Plano Geral da Unidade e, neste ano pastoral, já foram reflectidos os seguintes temas: “O Homem e seu Mistério”/Novembro; “Bíblia-Resposta de Deus ao Homem”/Dezembro, “Creio em Deus- Trindade de Pessoas”/Janeiro e “Creio em um só Deus”/Fevereiro.
P. Agostinho Sousa