No passado dia 27 de Abril teve lugar na paróquia de São João de Negrilhos, o 9º Encontro de Formação para Animadores. A exposição do tema do Encontro esteve a cargo do padre António Lopes, Director Nacional das Obras Missionárias Pontifícias (OMP) e contou com a participação do nosso Bispo, D. António Vitalino, do pároco desta paróquia, padre Paulo do Carmo, bem como do padre Agostinho, coordenador da animação missionária da nossa Diocese. Além da Equipa missionária, estiveram ainda presentes neste tempo de formação algumas religiosas e perto de 30 animadores provenientes de diversas paróquias da nossa diocese (S. João de Negrilhos, Aljustrel, S. Teotónio, Colos e Santa Luzia).
O tema sobre o qual nos debruçamos - “ Tudo, todos e sempre em Missão”, - foi retirado da mensagem que o Santo Padre emérito Bento XVI escreveu para o dia Mundial das Missões do ano de 2011.
O padre Agostinho deu início a este tempo de formação com um momento de oração e de reflexão, o que criou nos presentes um ambiente de encontro e comunhão com Jesus Cristo, que serviu de inspiração para as actividades realizadas ao longo do dia.
“A missão renova a Igreja, revigora a sua fé e identidade”
De seguida, o padre António Lopes foi desembrulhando passo a passo a importância e o sentido de ser animador missionário na Igreja de Jesus Cristo. Enquanto cristãos crentes, vivos e participativos, devemos procurar ser sempre a presença e a luz de Deus no meio do seu povo, dando testemunho vivo da palavra de Deus, no meio das comunidades às quais somos chamados a testemunhar, pois a Igreja existe para evangelizar. É o seu horizonte e o seu objectivo. A missão evangelizadora é a razão de ser da Igreja, onde todos aqueles que acreditam no evangelho têm a sua quota-parte de responsabilidade e importância na transmissão da palavra de Deus aos outros, e para com aqueles em que a mensagem evangelizadora não chegou ou ainda não tocou. A missão evangelizadora deve ser para aquele que anuncia, algo constante e duradouro (e não de forma esporádica ou apenas quando lhe dá jeito e até tem algum tempo disponível) permitindo assim que as portas da Igreja de Cristo se abram para o mundo de uma forma mais abrangente. Esta ideia de missão evangelizadora foi formulada no início do Concilio Vaticano II, pelo Santo Padre o Papa João XXIII há cinquenta anos atrás. Uma das conclusões a que se chegou foi: - “A missão renova a Igreja, revigora a sua fé e identidade, dá-lhe novas motivações. É dando a fé que ela se fortalece.”
Num segundo ponto focou-se o quão importante é o missionário estar sempre em estado de missão. Este deve estar sempre em alerta, sempre pronto e sempre em missão. A animação missionária tem de ter uma atitude viva e dinâmica na pastoral da Igreja. É preciso que não nos contentemos com os caminhos já percorridos, mas também e sobretudo em abrir novos caminhos, nunca no entanto descuidando aqueles que já percorremos. Na Missão, só é discípulo de Jesus Cristo quem na verdade se encontra com Ele, e depois de estar com Jesus Cristo gosta de estar com Ele, sentindo-se enviado a anunciá-Lo. O fazer discípulos é para todos os homens que acreditam em Jesus Cristo.
Testemunhar a luz no coração da nossa história
Após o intervalo foram formados quatro grupos de reflexão, aos quais o padre António Lopes colocou uma única questão: “Como sentimos nós a responsabilidade de testemunhar a luz no coração da nossa história?”
Todos os grupos responderam de forma semelhante, sublinhando a responsabilidade que nos é atribuída com o baptismo: ser capazes de testemunhar, de ser luz e de ser missionário na comunidade paroquial, familiar, laboral e social. Mas aqui surgiu uma nova questão: enquanto missionários, como é que podemos chegar ao seio das nossas comunidades?
Em jeito de partilha, todos os participantes na formação partilharam algumas propostas, para ajudar a ultrapassar alguns obstáculos, com os quais os nossos missionários de deparam no decorrer das suas acções. A oração particular ou em comunidade, a constituição de um grupo missionário paroquial, o encontro com pessoas frágeis (doentes, velhinhos e sós), a dinamização das crianças incutindo-lhes o espírito missionário (Obra da Infância Missionária). Procurar sempre promover uma missão aberta e espontânea, foram algumas das ideias propostas e a procurar concretizar.
Por fim, o encontro terminou de uma forma animada e descontraída e com palavras encorajadoras proferidas pelo nosso Bispo, D. António. Encerrou-se este dia de formação, cantando o hino do Sínodo Diocesano e uma oração ao Espírito Santo. O próximo encontro será em Vale de Água (Santiago do Cacém), a 18 de Maio, com o Tema: "Nova Evangelização e Missão hoje”, apresentado pelo P. Tony Neves, Provincial dos Padres Espiritanos.
Paula Dias
S. João de Negrilhos
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