No 2º Domingo da Páscoa, domingo da Misericórdia, nas paróquias de Sines e de Porto Povo, em todas as Eucaristias, foi feito o Anúncio da Missão Popular. Em Sines, decorrerá de 3 a 17 de Novembro e em Porto Covo, de 19 de Janeiro a 2 de Fevereiro do próximo ano. A partir deste momento e ao longo dos próximos meses, o P. Agostinho acompanhará neste tempo de pré-missão, os vários agentes missionários: equipa de responsáveis, animadores de comunidades, visitadores e donos das casas onde vão funcionar as Assembleias. Além dos aspectos práticos a ter em conta, haverá tempo para a reflexão de várias temáticas: o que é a Missão Popular, os ministérios no Novo Testamento, a Igreja-comunhão e ministérios, a Missão Popular e os seus ministros e o Animador-ministro da Palavra e da direcção, bem como a preparação cuidada dos temas das quatro reuniões das Assembleias.
Neste fim-de-semana, além do anúncio foi feita a entrega da oração da Missão Popular, que foi rezada pelas várias centenas de participantes na Eucaristia. À tarde, no Centro Paroquial de Sines e na Igreja de Porto Covo houve reunião, com todos aqueles que aceitaram o convite lançado na Eucaristia. Foi apresentado o contexto da Missão nestas duas paróquias, dentro do plano da animação missionária da diocese, apelou-se à disponibilidade de todos para a caminhada de preparação intensa, desde a oração até à acção. Foi apresentado o tema “O que é a Missão Popular” e marcou-se nova reunião para 16 e 17 de Junho. O desafio ficou lançado e o terreno vai ser preparado. A estas duas comunidades foi lançado o repto: “Não temais. Ide dizer aos meus irmãos!” (Mt. 28, 10)
Festas e Vida Religiosa
Ainda que o orago de Sines seja São Salvador, Nossa Senhora das Salas é a padroeira dos pescadores de Sines e a Imagem com maior culto popular. A lenda que dá origem à sua devoção remonta ao século XIII e conta a história da princesa Bataça, que na aflição de uma tempestade promete construir uma capela em louvor da Virgem no primeiro porto que encontrar. Esse porto é Sines e a capela é a Igreja de Nossa das Salas, situada na zona poente da cidade, debruçada sobre o porto de pesca. Oitocentos anos depois, a devoção à Senhora das Salas mantém-se. Nos dias 14 e 15 de Agosto, realizam-se as suas festas, com missa na ermida e na Igreja Matriz e procissões pelo centro histórico (nocturna, dia 14) e no mar (diurna, dia 15). Esta última, usando as traineiras dos pescadores, devidamente engalanadas, torna-se o ponto alto das festividades.
Em Sines, a Santa Casa da Misericórdia, de dois em dois anos promove e anima a Procissão dos Passos que percorre as ruas centrais da localidade e, em muitos lugares são colocados quadros alusivos à Paixão. Tal iniciativa proporciona um momento marcante no tempo da Quaresma.
Em Porto Covo, a padroeira é Nossa Senhora da Soledade, celebrada a 29 de Agosto. Ao fim da tarde, o povo leva a imagem em procissão pelas principais ruas da aldeia. As festas religiosas são acompanhadas por um programa de celebrações“profanas” na freguesia.
Um pároco, P. José Fernandes Pereira e, actualmente 2 diáconos permanentes, animam as celebrações religiosas destas Comunidades. Ao fim de semana há Eucaristia, em Sines (1 vespertina e 2 dominicais) e em Porto Covo (dominical, à tarde). Há catequese, nas duas paróquias (+-150 crianças), mas são poucos os baptismos, crismas e matrimónios.
História
Sines tem ocupação humana desde a Pré-História e vestígios de praticamente de todos os períodos históricos. A riqueza do mar de Sines e dos pontos abrigados da sua costa, raros no Alentejo, começam a definir a identidade económica de Sines desde as épocas mais remotas. Os Romanos fizeram da actual capital do concelho um entreposto portuário e comercial (Sines vem de "sinus", a palavra romana para significar baía). Sines cresce como aldeia piscatória até que, em 1362, o município é fundado pelo rei D. Pedro I, interessado nas suas funções defensivas da costa. O Castelo, o principal monumento da cidade, é concluído pela população como contrapartida da concessão do foral.
Cerca de um século depois, em 1469, nasce em Sines uma das maiores figuras da história universal, o navegador Vasco da Gama. Sines vive essencialmente da pesca e das indústrias da cortiça e das conservas até meados do século XX, altura em que dimensão turística começa a crescer.
O grande complexo industrial criado pelo governo de Marcello Caetano, em 1970, muda o concelho. A população explode e diversifica-se, a paisagem ganha novas configurações e a comunidade luta para manter a sua integridade e a qualidade de vida, mitigando os impactes negativos da instalação das novas unidades e aproveitando os positivos.
O concelho de Sines é formado por duas freguesias: Sines e Porto Covo. Ao todo, segundo o Census de 2011 tem 14.238 habitantes, com 5.621 famílias, sendo o único concelho da Diocese de Beja que viu aumentada a sua população, em relação a 2001 (+ 683 pessoas).
Como património arquitectónico, a cidade de Sines tem o Castelo de Sines, a Igreja de Nossa Senhora das Salas, a Igreja Matriz de São Salvador, a Capela da Misericórdia, o Centro Histórico de Sines e a estátua de Vasco da Gama.
P. Agostinho Sousa/CDMBeja
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