quarta-feira, 12 de julho de 2017

Missão Jovem da Juventude Mariana Vicentina em São Tomás de Aquino e Salzedas


Este ano, pela segunda vez, a Juventude Mariana Vicentina está a realizar a Missão Jovem JMV. As paróquias escolhidas para esta atividade missionária foram a Paróquia de São Tomás de Aquino, no Patriarcado de Lisboa, e a Paróquia de Salzedas, na Diocese de Lamego.

Durante uma semana, cerca de 30 jovens da Juventude Mariana Vicentina, divididos em dois grupos, acompanhados por dois Padres da Congregação da Missão (Padres Vicentinos) e por duas religiosas da Companhia das Filhas da Caridade, estarão a desenvolver atividades missionárias em cada uma destas paróquias.

A primeira valência de missão, definida num projeto de evangelização, relembra o papel dos primeiros discípulos, que num ato de coragem e convicção partiram na partilha da Boa Nova. O objetivo desta missão é despertar a Comunidades para a Fé, aproveitando a alegria e a ousadia da juventude para atrair crianças, jovens, adultos e idosos para o caminho do Pai.

As Missões Jovem JMV em São Tomás de Aquino e Salzedas estão a decorrer entre os dias 8 e 16 de julho e são compostas por várias atividades de diversa índole, sempre com o escopo de despertar nos irmãos a chama da Fé e proporcionar uma experiência de encontro com Jesus Cristo. Durante esta semana, os jovens realizam vigílias de oração, celebrações marianas, rezam o rosário, animam as Eucaristias, organizam atividades e catequeses com crianças e jovens, proporcionam aos idosos momentos de animação, encontro e escuta, visitam as casas das famílias das paróquias, em especial, onde habitam pessoas idosas e doentes, ... Tudo para que esta semana seja marcante, não só para a Comunidade que acolhe, mas também para os jovens que, “saindo do sofá” e “rumando às periferias” fazem deste período de férias um tempo de partilha e de testemunho missionário.

O que é a Juventude Mariana Vicentina

A Juventude Mariana Vicentina é um movimento juvenil que tem por objetivo acompanhar os jovens cristãos no crescimento da sua fé, até à maturidade cristã. Também o leva a viver comunitariamente a fé inspiradora nos testemunhos de Maria e São Vicente de Paulo.

A Juventude Mariana Vicentina é o fruto de um desejo revelado nas aparições de Nossa Senhora, em 1830, a Santa Catarina Labouré, Filha da Caridade, que a encarregou de uma missão: organizar uma associação - a Confraria de Filhas de Maria - para as quais “as graças serão abundantes para os que as pedirem com confiança e fervor”. No mesmo ano a Santíssima Virgem aparece novamente a Catarina e pede que se faça “cunhar uma medalha” que diria “Ó Maria concebida sem pecado rogai por nós que recorremos a vós”. A esta medalha são atribuídas muitas curas/conversões. É a chamada “Medalha Milagrosa”.

Tendo sido iniciado em Paris, nos colégios internos das Filhas da Caridade com o objetivo de ajudar a juventude, o movimento foi crescendo dentro de França e fora desta, levado pelas Filhas da Caridade e pelos Padres Vicentinos espalhados pelo mundo e existe hoje nos 5 continentes. Está presente em mais de 66 países. Em Portugal existe há 33 anos e existem grupos por todo o país. Atualmente existem 26 grupos JMV em Portugal.

Seguimos o exemplo de São Vicente de Paulo, que é o patrono de todas as obras de caridade. Somos jovens que se dedicam a ajudar o próximo, que veem no pobre o rosto de Jesus Cristo. Por outro lado, o “pão” que damos é acompanhado da “palavra”, tal como São Vicente de Paulo, que dedicou grande parte da sua vida à Evangelização. São Vicente de Paulo iniciou, na Igreja, um estilo novo seguimento de Cristo e de incarnar o Evangelho: viver a fé no serviço do pobre.

Desta dupla nascente, Nossa Senhora e Vicente de Paulo, brotam as notas características da JMV: Mariana, Vicentina e Missionária.

400 anos carisma vicentino

Celebramos este ano (2017) o jubileu dos 400 anos do nascimento do carisma vicentino. Para São Vicente de Paulo, 1617 é o ano em que tudo começou. Neste ano viveu duas experiências que transformaram a sua vida.

A primeira, em Folleville, no norte de Paris, quando foi chamado para visitar um camponês, que estava a morrer. Ele tinha a reputação de ser um santo homem, mas, na realidade, escondia pecados graves. São Vicente de Paulo incentivou-o a fazer uma confissão geral. A sua confissão sincera tocou profundamente o coração de São Vicente. De seguida, no dia 25 de janeiro, Vicente fez um sermão tão potente e de fácil compreensão, que fez com que as confissões se tornassem muito numerosas, sendo difícil serem atendidas por um só padre. Foram obrigados a procurar outros confessores para o ajudar. São Vicente de Paulo considerou este sermão como o início da Congregação da Missão (Padres Vicentinos).

No mesmo ano, em Châtillon, no mês de agosto de 1617, São Vicente de Paulo teve uma segunda experiência que mudou a sua vida. Soube que os membros de uma família da sua paróquia estavam bastante doentes. No seu sermão fez um apelo aos fiéis a fim de ajudá-los. Mais tarde, no caminho, encontrou numerosas mulheres que regressavam da casa dos doentes. Ele descobriu que a caridade devia ser melhor organizada. Fundou as Damas da Caridade, conhecidas hoje com o nome de Associação Internacional da Caridade.

Missão (Folleville) e Caridade (Châtillon) estavam no meio da ação de São Vicente de Paulo para com os pobres. Desde 1617, mais de 300 ramos germinaram na árvore da Família Vicentina, na qual também germinou e floresceu a Juventude Mariana Vicentina.


Fotos da Missão Jovem estão disponíveis em: https://www.facebook.com/jmvportugal

terça-feira, 11 de julho de 2017

Terminou o XII Clericus Cup em Santiago do cacém


A organização foi da responsabilidade da Congregação de Missão (padres Vicentinos) com o apoio de alguns sacerdotes da Diocese de Beja, assinalando o seu duplo jubileu, assegurou o sacerdote da Paróquia de Santiago do Cacém, Pedro Guimarães, rosto principal da organização do torneio: “Para nós, padres Vicentinos, que estamos na Diocese de Beja há muitos anos, tornou-se um momento especial, uma vez que celebramos os 300 anos da nossa presença em Portugal e 400 anos de existência, ou seja, do carisma de São Vicente de Paulo”. E acrescentou: “Foi a primeira vez que este evento se realizou no sul do País, ficámos muito felizes, porque aproveitámos o facto de celebrarmos o aniversário para o realizarmos aqui no Alentejo”, território onde os padres Vicentinos desenvolvem trabalho pastoral desde 1991. 
Competiram equipas de Braga, Guarda, Lamego, Porto, Vila Real e Viseu, além dos Vicentinos/Alentejo, no entanto, referiu Pedro Guimarães, “podiam ser mais, mas não é fácil, esta altura do ano é complicada, talvez seja a menos má, mas nem todos conseguem vir e deixar três dias da sua vida pastoral para aqui se encontrarem connosco. Podiam ter sido muitos mais, felizmente temos muitos e bons, mas foi o que conseguimos reunir aqui em Santiago do Cacém, onde convivemos da melhor forma possível”. 
Aliás, sublinhou o sacerdote de Santiago do Cacém, “o convívio é uma nota que, no fundo, é uma desculpa para também trocarmos, abraçarmos e aprofundarmos a comunhão, temos ritmos muito intensos que, por vezes, pouca gente imagina ou sabe, e esta foi uma forma de estarmos descontraídos a partilhar, a desabafar e até a apoiar-nos mutuamente. São aspetos que acabam por marcar depois os nossos dias e o nosso final de ano pastoral, que é o que estamos a fazer também”. 
Por outro lado, questionámos se este evento contribuiu para a evangelização do desporto. “Costuma ser assim”, anuiu Pedro Guimarães, “porque o desporto, no fundo, é uma ponte que é capaz de chegar a toda a gente, é das poucas pontes em que conseguimos todos dialogar de forma tranquila e, pelo menos, com os mesmos pontos de vista. O desporto, para nós, até pela nossa formação e pelo nosso itinerário de crescimento, marca-nos, e sentimos, de facto, junto da população em geral, que é realmente importante e um grande ponto de diálogo para estarmos juntos e partilharmos quem somos”. 
Contudo, esta Clericus Cup Portugal não se esgotou na componente desportiva, acentuou: “Teve outras utilidades que é também rezarmos, somos padres, evidentemente, e católicos, por isso mesmo também tivemos momentos de encontro para a oração, mas também demos a conhecer a realidade de Santiago do Cacém e do litoral alentejano em especial. Tivemos momentos culturais, de partilha e de conhecimento da terra, que acabaram por nos distrair, por nos unir e deram a conhecer uma beleza que é o litoral alentejano”. 
Uma certeza foi a de que todos os participantes deixaram Santiago do Cacém mais enriquecidos: “Claro, deixo-lhe uma ideia muito concreta, por exemplo, tivemos aqui colegas que foram ordenados no domingo passado, eram padres há um dia, e sentirem uma centena de outros padres a acolhê-los, a querer conhecê-los para em conjunto criarem laços de comunhão e de amizade, acho que foi uma riqueza extraordinária para todos”. 
O próximo passo será reunir os melhores talentos para a seleção nacional, até porque, revelou Pedro Guimarães, “houve aqui uma prospeção de mercado, se assim se pode dizer, para que daqui saísse a equipa nacional que defenderá o título europeu, do qual, neste momento, já somos tricampeões”. 
Quanto aos apoios para erguer esta edição “vicentina” da Clericus Cup foram muitos, diz: “Tenho que reconhecer e agradecer profundamente porque, felizmente, foram muitos a querer colaborar e que ajudaram de uma forma incansável a que este torneio pudesse ter mais qualidade a todos os níveis e agradecer àqueles tantos que também se ofereceram mas que, de uma forma ou de outra, já não era tão necessário, mas que quiseram contribuir para o sucesso do torneio em Santiago do Cacém”, assegurou o pároco que há 10 anos lidera aquela paróquia do litoral, razão pela qual disse que “fez todo o sentido lutar e abraçar este projeto”.