quinta-feira, 11 de julho de 2013

Voluntariado missionário - 2013




Quantos são
Mais de quatro centenas de jovens e adultos (405, mais propriamente) vão realizar este ano projectos de voluntariado missionário em países em desenvolvimento e mais de um milhar em Portugal (1.073, concretamente), revelou a Fundação Fé e Cooperação (FEC), da Igreja Católica, em comunicado enviado à Agência Ecclesia. Destes últimos, alguns vão viver esta experiência na Diocese de Beja).

Este é o maior número de voluntários em missão fora de Portugal desde o ano 2003, data em que a FEC começou a publicar dados relativos a estas iniciativas.

Para onde vão
A organização precisa que 114 pessoas partem para Moçambique, 98, para Cabo Verde e 69, para Angola. Outros países lusófonos, acolhem os restantes: São Tomé e Príncipe, 48 voluntários, a Guiné-Bissau, 31, o Brasil, 25 e Timor-Leste, 14.
Além dos países de língua oficial portuguesa, três voluntários marcam presença no Perú, um, nas Honduras, um, em El Salvador e um outro, na República Centro Africana.
Os dados são resultado de um inquérito feito às 61 entidades que integram a Rede de Voluntariado Missionário coordenada pela FEC. De entre elas, 37 (menos sete que no ano passado) vão enviar voluntários em missão.

O que fazem
As áreas de intervenção das entidades que actuam nos países em desenvolvimento, promovendo acções de voluntariado missionário são, nomeadamente, educação/formação, animação sociocultural, pastoral, construção de infraestruturas e saúde.
Destes voluntários missionários, 350 vão fazer voluntariado nos países em desenvolvimento, integradas em projectos considerados de curta duração, ou seja, entre 1 a 6 meses; os restantes, ou seja, 55 pessoas vão dedicar um ou dois anos da sua vida ao voluntariado para a cooperação de inspiração cristã. A maioria dos voluntários que parte para missões internacionais é estudante (49%), tem entre os 18 e os 25 anos (65%); e é do sexo feminino (69%).

Porque o fazem
“É de salientar que 20% dos voluntários de curta duração estão empregados e disponibilizam as suas férias para desenvolver projectos de voluntariado em países em desenvolvimento”, sublinha a FEC. Esta Fundação acrescenta que há “jovens em idade activa que pedem licenças sem vencimento e se desempregam para partir em missões de longa duração”. Dos voluntários que dedicam 1 ou mais anos ao voluntariado missionário, 38% têm entre os 18 e os 25 anos. A área de “educação/formação” é a que tem maior intervenção e as crianças são o público-alvo preferencial.
“Aprendizagem de novas formas de estar/ser e vontade de continuar a dar apoio a projectos locais a partir de Portugal” são as principais transformações sentidas pelos voluntários, refere a FEC.

O que recebem
A fundação, ligada à Conferência Episcopal Portuguesa, acrescenta que “participar num projecto de voluntariado missionário dá aos voluntários a oportunidade de se envolverem num processo de educação não-formal, que os torna cidadãos activos, actuantes e comprometidos com a transformação da realidade social, em benefício do bem comum”.
Em Portugal, os voluntários trabalham com crianças, jovens e idosos, na área da animação sociocultural (72%), da pastoral (58%) e da educação (55%). A FEC dinamiza a Rede do Voluntariado Missionário desde 2002 e, anualmente, reúne os dados que contribuem para as estatísticas desta realidade “que se tem vindo a consolidar ao longo dos últimos 24 anos em Portugal”.

FEC - Julho 2013 (Ecclesia)
OC

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