MISSÃO POPULAR
LAPA
Lapa é uma paróquia da Diocese de Santarém que tem por Orago o Divino Espírito Santo. Pertence ao concelho do Cartaxo e tem cerca de 1200 habitantes. É uma das localidades mais densamente povoadas, tendo a sua população vindo a crescer consideravelmente com a proliferação de habitantes de fim de semana, ou por residentes que, trabalhando fora da região, escolhem um local tranquilo e agradável para fugir à azáfama dos grandes centros urbanos. Está muito bem servida de acessibilidades e é fácil lá chegar.
Em tempo pascal, de 3 a 17 de Abril, a paróquia da Lapa acolheu a Missão Popular. A equipa missionária, era formada pelo P.e João Maria, CM, pároco em Salvaterra de Magos e director do Secretariado diocesano das Missões, pela Ir. Márcia Simões da Rocha, FC, de nacionalidade brasileira, recentemente chegada a Lisboa e pela leiga Arlete Vieira, de Lisboa. Fomos muito bem acolhidos não só pelo Pároco, P.e Miguel Ângelo bem como por toda a população.
O P.e Miguel, para além das 4 paróquias (Lapa, Vale da Pedra, Pontével e Valada) é o responsável pelo Pré-Seminário e coordenador do Secretariado Diocesano da Pastoral Vocacional e tem a encargo várias Instituições de cariz social.
Esta localidade é composta por dois aglomerados populacionais: Lapa e Casais da Lapa. Têm uma população idosa, poucas crianças e poucos jovens e não se vêem pessoas nas ruas. Uma das actividades da Missão é a visita porta a porta. Todavia, as casas ou estão fechadas ou as portas não se abrem...
Na escola do 1º Ciclo há 23 crianças numa única sala com dois professores para os 4 anos. No infantário há 25 crianças, que à segunda visita cantaram sem ajuda “Eu tenho um amigo que me ama...”. Na catequese, há apenas uma menina.
Houve encontros para os jovens e para as crianças. As presenças não se fizeram notar, de tão poucos que eram! Para a gente nova, pensou-se fazer uma proposta concreta: o nascimento de um grupo da Juventude Mariana Vicentina. Ainda se aventou a hipótese de chamar o seminarista vicentino Francisco Vilhena (animador da JMV) para que se deslocasse à Lapa para que os crismandos conhecessem este movimento jovem e se entusiasmassem. Como não houve abertura suficiente, ficou marcada a sua presença na paróquia do Vale da Pedra onde irá acontecer a Missão Popular no próximo mês de Maio.
A Missão da Lapa, prevendo a pouca adesão das pessoas, começou com um esquema diferente do habitual: em vez de se iniciar com as Assembleias Familiares, a primeira semana foi preenchida com as visitas e com as celebrações temáticas. Mesmo assim, a participação não foi numerosa. Nos dias das celebrações da Família e de Maria, Estrela da Evangelização, as pessoas acorreram em maior número.
No domingo, dia 10, seis jovens receberam o Sacramento do Confirmação. A celebração foi presidida por D. Manuel Pelino, bispo da Diocese de Santarém. O prelado participou na Assembleia Paroquial, onde trocou impressões com a pequena assembleia presente. Depois deslocou-se à localidade de Casais da Lapa, onde presidiu à celebração Mariana. Aqui, o povo esteve bem presente, tendo manifestações de carinho e de amor a Nossa Senhora, simbolizados num belo cesto de flores.
Na segunda semana apenas foi possível reunir duas Assembleias Familiares: uma na Igreja da Lapa e outra no Edifício do Rancho Folclórico dos Casais da Lapa. Mais uma vez, houve pouca adesão, mas o interesse e a animação eram grandes.
Em todos os momentos era pedido que se facultasse aos missionários os nomes e moradas dos doentes, idosos ou outras pessoas que necessitavam da sua presença ou visita. Foi difícil esta tarefa pois os nomes e moradas não estavam completos, uma vez que naquela zona as pessoas, por se conhecerem todas, não se regulam pelos nomes das ruas, mas sim por simples indicações: ‘é a seguir à casa tal e quase na curva, etc., etc.’. Mesmo assim, os Missionários conseguiram fazer mais de 40 visitas não só nos domicílios mas também no Lar e no Centro de Dia.
No Ano da Misericórdia, e como é hábito na missão, foi celebrada a Eucaristia com os doentes. Aconteceram no Lar e no Centro de Dia, e em qualquer dos locais, as celebrações foram abertas a todos os que quisessem participar. Nelas foi administrado o Sacramento da Unção dos Doentes.
Além de outras conclusões, a Missão mostrou que é premente criar e organizar grupos de visitas aos doentes e idosos pois estes ficaram felizes e até admirados com a presença dos missionários, aceitando serem visitados por pessoas da terra.
Nestes 15 dias reinou a boa disposição e a alegria entre os Missionários e entre estes e toda a população.
Depois da Missa de Encerramento da Missão, no domingo do Bom Pastor, fez-se uma Procissão. Como característica própria, nenhum Santo ficou na Igreja. Todos saíram à rua, num total de 9 andores, muito bem ornamentados. Foi o dia em que 'o povo saiu à rua', carregando os Santos da sua devoção!
A terminar, ficou uma proposta e um apelo: É urgente cuidar da semente que foi lançada; todos, como comunidade, são responsáveis para continuar a Missão. Está na vontade do bom povo da Lapa seguir a missão de Jesus, ao jeito de todos aqueles Santos que, com alegria e festa, cujas imagens transportaram pelas ruas da sua terra!
Os Missionários
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