Quatro séculos passaram desde que São Vicente de Paulo intuiu a Congregação da Missão. A história continua a escrever-se e é tão bela como nos primórdios. Duas coisas são urgentes, porém: novos agentes para continuar a escrita desta “história” e mudança de mentalidade para entender e ser entendido por esta sociedade no meio da qual vivemos e a quem somos continuamente enviados.
sexta-feira, 29 de junho de 2018
sábado, 16 de junho de 2018
Reunião do Setor das Missões Populares
Terminado o ciclo das
Missões Populares deste Ano Pastoral, convidei a todos os que estivessem interessados para uma reflexão acerca deste Setor da nossa pastoral. Esta teve lugar no Seminário de S. José, no dia 11 de junho.
Assim, foram convidados os confrades,
particularmente os que fizeram parte das equipas missionárias, os párocos onde
se realizaram as missões, as irmãs e os leigos que nelas participaram. Fomos 12 os participantes. De referir os apontamentos enviados por escrito do Pe Ricardo, Vouzela, que não conseguiu estar presente.
Esta reunião serviu para fazer uma avaliação das missões
realizadas, para abordar a Nota
Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa: “Todos, Tudo e Sempre em Missão”, e ainda partilha de sugestões em vista de um aprofundamento do estilo a seguir nas
nossas missões.
Foi uma manhã interessante, devido às aportações que cada um deu e ao convívio entre todos.
A Missão vista pelo Sr João
Aqui vai a minha impressão sobre as Missões Populares aqui
em Vouzela, orientadas pelos Padres e Irmãs Vicentinos. Assisti a parte do programa que me foi proposto de 12 a 27
de Maio: Tertúlia, Palestras às 21,00 horas no Instituto Marista na primeira
semana e às missas da segunda semana.
Primeira Semana:
12 de Maio, Tertúlia na Igreja de São Frei Gil:
- Acolhimento
simpático e boa presença do casal Mário e Helena. Boa apresentação da Raquel.
Ótimas intervenções tanto da Mesa como da Assistência.
Assuntos atuais com uma grande abrangência; escola, alunos,
professores, sociedade, educação, gerações mais novas, mais velhas, etc.
Gente muito bem preparada para estes assuntos, local bem
escolhido, pena a igreja não estar aquecida. Aos velhotes arrefeceram-lhes os
pés.
- Não estive presente
no domingo e feriado de segunda-feira, nem nas missas, terços e procissão com o
Senhor bispo, D. Ilídio.
- De terça a sábado
estive às 21,00 horas no Instituto Marista, no segundo grupo do primeiro andar
com o Irmão Leal.
Foi muito bom, muito belo e posso dizer muito agradável e
profundo: grupo pequeno, sentados à volta de uma pequena mesa redonda, à mesma
distância uns dos outros e voltados para o centro.
A mesa decorada apenas com a Bíblia e um crucifixo ou outro
símbolo religioso; sem um mestre com um quadro ou uma projeção a indicar o que
terceiros têm que fazer, sem cadernos para apontamentos, nada disso. Ali
estávamos só nós, de igual para igual a falar de Jesus, da sua vida e da nossa.
Alguém pegava na Bíblia, lia uma passagem e todos compreendiam e intervinham.
Havia gente com cursos superiores, médios e até uma senhora,
que ela mesma, se dizia analfabeta e que nos falava das missas em latim, que
ainda nos fez rir e assim podemos aprender todos uns com os outros.
Quem estivesse de fora poderia ver ali um grupo dos
primeiros Cristãos que se juntaram no fim do dia de trabalho, na casa de um
deles, sentados à mesa para falar de Jesus e das coisas de Deus. Será uma visão
romântica? Pois será. Mas foi mesmo o que eu senti e que me dava ânimo para vir
no dia seguinte.
Sentíamo-nos todos importantes, todos iguais, todos ao mesmo
nível.
E acho que na Europa já houve a igreja das multidões, das
igrejas cheias, dos largos a abarrotar quando vinha o bispo ou alguém
importante. Hoje e de futuro não será mais assim.
Acho que a igreja doméstica e estes pequenos grupos irão ser
o futuro nos tempos que se aproximam.
Deixe-me citar o Pe. Tolentino de Mendonça no seu último
livro saído no mês passado.
“ Nem por acaso Jesus colocou a mesa no
centro da celebração da fé cristã. Porque é que existe a mesa? Porque é que nos
sentamos à mesa uns com os outros para tomar a refeição? Não será apenas por
razões materiais e económicas, mas sobretudo por razões de vida. Sentamo-nos
juntos em torno do alimento, porque nos alimentamos não só de comida, mas uns
dos outros. Temos uma verdadeira necessidade da presença, da hospitalidade, da
palavra, do cuidado e do afeto dos outros. À volta da mesa reconhecemo-nos
melhor, alimentamo-nos mutuamente com um alimento invisível: o da relação.”
Ou o Cardeal António Marto
em entrevista ao Expresso este sábado:
“Que se procure superar
a cultura da indiferença, promovendo a cultura do encontro, da
proximidade. Uma cultura do acolhimento, da
atenção, da partilha.”
Estes
dois doutores da Igreja, o rev. Pe. Bruno com as duas irmãs e os missionários
de S. Vicente de Paulo afinal parecem apontar-nos o mesmo caminho. E até o lema
dos grupos foi “Em Caminho”.
Pois
então queridos amigos vamos em frente, vamos caminhando e o Pe. Bruno volte
mais vezes.
A
segunda semana foi mais clássica:
Todas
as noites missa na Matriz às 20,30 horas e missa de encerramento na igreja da
Misericórdia.
Foi
tudo muito bom, muito simples. Temas diários interessantes e que têm muito a
ver connosco e com o nosso compromisso religioso. “As pregações”, que não foram
nada disso, bem pelo contrário, foram mais umas parábolas, umas histórias,
verdadeiras algumas outras nem tanto, mas sempre adequadas aos assuntos
tratadas no dia, assim naquele jeito de Jesus a ensinar os apóstolos…
Esteve
muito bem Pe. Bruno, felicito-o pela
simplicidade das suas intervenções, que não deixaram de ser profundas,
agradáveis e que ainda hoje recordo.
Nesta
semana apareceu mais gente. A igreja esteve compostinha. E se não vieram mais a
culpa também foi nossa. Eu próprio me penitencio. Na quinta-feira fiz um
convite especial à minha esposa e como o tema era Maria e sabendo-a devota
fomos de tarde cortar cada um a sua flor para levar, mas uma dor de cabeça
estragou tudo. Fica para a próxima.
Os
cenários nas missa estavam bonitos. Até o poço do encontro de Jesus com a
Samaritana lá estava e com água e tudo.
O
Pe. Bruno disse ter gostado dos monitores; nós também.
Estive
ainda na missa das 15,00 horas na Unidade de Cuidados Continuados, local que a
paróquia muito
acarinha. Como estava um sol radioso e uma temperatura muito amena fez-se a
missa ao ar livre para consolo de todos aqueles queridos doentes, que
naturalmente ficaram radiantes.
Bem-haja
pelo vosso trabalho.
segunda-feira, 4 de junho de 2018
PARTILHA DA IRMÃ ISOLINDA
Tive a honra e o privilégio de
participar na Missão Popular que decorreu em Vouzela de 13 a 27 de Maio,
orientada pelos Padres Vicentinos, também chamados Padres da Missão. Digo que
tive o privilégio, porque fazer missão é ter uma oportunidade para experimentar
até onde nos leva o nosso ADN cristão, é pôr à prova a nossa capacidade de
anunciar Jesus Cristo e de se sentir verdadeiramente seu discípulo missionário.
É, por isso, um privilégio, uma grande graça, para quem se dispõe a participa
numa missão – e por isso eu, particularmente, me sinto agraciada por me ter
sido possível nesta participar.
Ao longo das duas semanas, durante o dia, muitas vezes subimos e
descemos as ruas daquela Vila, não só para falar com quem nos cruzávamos, mas
também para visitar enfermos, idosos e outros que por qualquer motivo estavam
retidos em casa, para lhes abrir a porta da fé e da esperança com um sorriso,
uma palavra amiga e reconfortante, enfim, para lhes levar Jesus eucarístico e
deixar um sinal de fé na Medalha Milagrosa que cada um recebeu.
Do mesmo modo, visitámos e celebrámos a fé com os utentes do Lar da
Misericórdia e dos Cuidados Continuados; cantámos, rezámos e testemunhámos
entre todos a alegria que nos vem de Cristo. Visitámos as Escolas, desde a
Infantil à Básica e à Profissional; passámos por muitas turmas, cantámos e
rezámos com eles, escutámos muitos alunos, respondemos às suas dúvidas, falámos
da fé em Deus, Criador e Senhor e procurámos deixar um testemunho de alegria,
compreensão, fraternidade e amor.

Porém, a Missão não terminou. Com ela, apenas se abriu caminho, apenas
se descortinaram horizontes do muito que é preciso continuar a fazer, não só
com as gentes e os jovens de Vouzela, mas com muitas outros que esperam por
alguém…
Haja muitos operários que se
queiram alistar na messe da Missão Popular! : “Mandai, Senhor, operários para a
vossa Messe…”
Ir. Maria Isolinda, Mrscj.
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