Ninguém se cansa de ler,
sempre com renovada emoção, a página de S. Lucas, onde um anjo de Deus vem
anunciar aos pastores que guardavam os seus rebanhos: "Eis que vos anuncio
uma grande alegria, que será para todo o povo: hoje, na cidade de David, nasceu
para vós um Salvador, que é o Messias Senhor. E eis o sinal que vos é dado:
encontrareis um recém-nascido envolto em panos, deitado numa manjedoura” (Lc 2,
10-12). E a esse anjo logo se juntou uma multidão de seres celestes, que
louvavam a Deus, dizendo: "Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos
homens de boa vontade". E eles partiram, e encontraram tudo como o anjo
havia dito. O Menino recém-nascido. A Virgem Maria a seu lado. E José. E a
pobreza e a simplicidade da gruta. Mas aí, no mais banal dos acontecimentos,
acabava de nascer um mundo novo!
Gostaríamos, certamente,
que a celebração do Natal viesse reforçar em nós o propósito de uma vida nova.
E, lamentando embora que a chegada desta festa em cada ano se vá transformando
sempre mais numa gigantesca movimentação do grande comércio, que faz esquecer o
verdadeiro sentido de amor e de fraternidade que deveria estar subentendido nos
presentes que se dão e que se recebem, não podemos ignorar que o Natal traz ao
mundo um clima de alegria, de esperança e de paz. No Natal o mundo fica
diferente. Reaparece uma nova vontade de fazer o bem. Criam-se expressivas
mensagens, convidando o mundo a transformar-se numa terra de paz e de amor.
Ele é o Emanuel, que
significa “Deus connosco”. A celebração do Natal recorda-nos que Deus não está
longe, mas muito perto de nós. No Natal, celebramos o menino Jesus, que é Filho
de Deus. Nele, Deus mostrou-nos o seu rosto humano, para nos mostrar o seu
amor, para nos salvar.
Que saibamos, mais uma
vez, acolher nas nossas vidas este Deus que se revela, que quer vir até nós.
Façamos do nosso coração o Seu presépio! BOAS FESTAS!!!
Pe Álvaro Cunha
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