Dos
temas apresentados pelos oradores, cada um dos participantes sentiu-se
envolvido no desafio de que “Todos, Tudo e Sempre em Missão. Algumas das ideias
retiradas dos temas expostos.
D. Manuel Linda ajudou-nos a refletir
sobre “Batizados e Enviados. A Igreja de Cristo em Missão no mundo. Porquê?
Para quê?
A
Missão está no centro da vida da Igreja.
É
necessário que todo o povo de Deus – consagrados e leigos – se sintam impelidos
a anunciar a Boa Nova da Salvação, que é Jesus Cristo. “Muitas
vezes e de muitos modos, Deus falou outrora aos nossos pais, pelos profetas. Nestes dias, que são os últimos, falou-nos
por meio do Filho (Hb 1, 1-2)
Ao
longo da história da salvação, o nosso Deus enviou mensageiros – homens e
mulheres a preparar a “Revelação Plena”, para “experimentar Deus”, a partir do
coração.
O
mensageiro principal foi Jesus Cristo, que vem revelar a vida e o amor de Deus
– Salvação.
Missão é fazer ver o rosto do
Pai e ajudar os outros... Depois de ter sentido a presença de Deus nos
sacramentos, principalmente na Eucaristia, todo o crente é enviado ao mundo em
missão.
“Batismo e Missão” – O Batismo precede
a missão e insere-nos em Cristo, porque só quem está inserido em Cristo é que o
pode anunciar e testemunhar, repetindo as suas palavras e os seus gestos,
fazendo com que Ele seja conhecido e amado por todos.
Do tema Missão como “Intimidade itinerante”
(EG23) nas igrejas locais, com vista à construção de “uma nova terra e novos
céus” (Ap 21) apresentado pelo Pe.
Eloy Bueno.
“A alegria do Evangelho, que enche a vida da
comunidade dos discipulos, é uma alegria missionária” (EG 21)
A
alegria nasce do encontro com o ressuscitado. Essa alegria brota da intimidade
com Jesus, consolida a união dos discípulos e impele a anunciar o Evangelho a
todos, em todos os lugares.
A
intimidade pressupõe um encontro, que transforma a própria vida –
experimenta-se de modo natural e espontâneo. Dessa intimidade brota o dinamismo
missionário.
A
partir desse encontro é impelido a comunicar a “alegria” que mudou a sua vida,
tornando-se disponível para levar a todos o anúncio de que é portador - o
Evangelho de Jesus Cristo.
A
Igreja é necessária para que a missão possa ser realizada:
-
A Igreja local – são as pessoas que, num lugar, prolongam a missão de Cristo.
Todos são convocados para o anúncio da alegria que brota da Trindade. Unidos
celebram o mistério Pascal e a partir daí, com o seu testemunho anunciam o
Evangelho e praticam a caridade.
-
A Igreja local nasce da missão e vive para a missão. A ação missionária vai
gerando uma comunidade que procura tornar presente o dinamismo do Pentecostes:
no meio de uma pluralidade de pessoas criam unidade e tornam-se lugar de
encontro.
Assim,
é a experiência em Igreja local, porque é aí que se encontra com Jesus Cristo e
todos os cristãos experimentam essa intimidade, da qual brota a alegria que se
deseja missionária e permanente.
Cada
Igreja dá testemunho do seu lugar e sente-se responsável pela sua Igreja
(Act-13-1).
Missão intercultural. Como
derrubar os muros da hostilidade que nos separam (cf. Ef 2, 14), apresentado pelo Pe. José
Antunes.
Os
cristãos participam na missão de Cristo quando trabalham para eliminar o ódio
que separa e corrói, que criam distância e inimizades entre as pessoas.
Inspirados
por S. Paulo devemos ser “homens novos”, reconciliados com Deus. Cristo alarga
a comunidade (nova e reconciliada) onde todos são um só em Cristo Jesus (Carta
aos Gálatas).
Há
muros que afetam a Igreja, as nossas paróquias e as nossas comunidades: Temos o
dever de saber reconhecer as diferenças culturais; Através do diálogo, da
capacidade de escuta e do desprendimento de nós próprios (das nossas ideias e
interesses) acolher o outro naquilo que ele tem para dizer e para oferecer.
A
nossa missão é derrubar esses muros e lançar as sementes da união e da
concórdia, acolhendo e valorizando as diferenças.
Mas
para que a missão aconteça é necessário deixar-se inundar pelo Espírito Santo. Para
nos ajudar neste desafio, falou-nos o D. António Couto:
Como recuperar o eco de
Pentecostes? O Espírito que se manifesta como força que convida a ir sempre
mais além.
Da
Eucaristia à Missão. Para uma Pastoral missionária em “saída”, apresentado por D. José
Cordeiro.
A
Igreja vive da Liturgia. A Liturgia é transmissão de Fé.
A
Liturgia é espiritualidade cristã, no sentido em que sintetiza todo o desígnio salvífico de Deus realizado na Bíblia e atualizado nas ações litúrgicas.
A
Liturgia baseia-se em 3 aspetos: escuta da Palavra / a visão da Glória e a experiência do Mistério.
Traduzem
a atitude da pessoa humana com o mistério de Cristo. Representam sinais através
dos quais a Liturgia se fundamenta para mostrar o rosto de Cristo.
“Ser missionário é testemunhar o amor de Deus aos outros”. “É
semear a esperança a todos os que andam oprimidos”. ”O Senhor enviou-me
a anunciar
”.
A
missão é a essência da vocação cristã.
Pelo
sacramento do Batismo entramos na vida de fé, da fé comprometida, que
testemunha a santidade de uma vida configurada aos valores do Evangelho.
O
Batismo infunde em nós a força do Espírito Santo para a missão, e nós
assumimos, na liberdade e gratuidade, o compromisso de seguir de Jesus, adotando
um novo modo de ser e de viver em comunhão com Deus e com os irmãos.
Revestidos
da força do que vem do Alto – o Espírito Santo, todos nós que fomos batizados,
somos inseridos no Corpo de Cristo e torna-mo-nos com Ele um instrumento de Deus
para a salvação dos irmãos.
Todo
batizado é, ou deveria ser, um missionário comprometido com a Palavra de Deus,
o Verbo Encarnado do Pai, por quem Ele vive sua vocação.
Jesus
continua a chamar e a convidar para o anúncio do Evangelho.
Requer de nós a decisão
livre e responsável para sermos seus colaboradores na Missão de Evangelizar, que
não consiste em fazer coisas, mas em ser sinal do amor de Deus no mundo.
“É mais importante o
que fazemos da vida, do que aquilo que fazemos na vida”.
Há
muitos cristãos (homens e mulheres), que a partir da experiência do amor de
Deus, estão disponíveis para fazer um caminho no seguimento de Cristo, assumindo
o compromisso do anúncio e do testemunho do Evangelho, colocando-se ao serviço
dos irmãos.
… “Somos todos Missão
nesta Terra;
Faz de mim um instrumento de Amor”….
É
esta a mensagem transmitida pelos Jovens da JMV no hino que nos convida à
Missão.
Assim,
pelo nosso Batismo, a nossa vocação torna-se convocação.
Somos
todos convocados para a Missão, vivendo com Jesus, como Jesus e por Jesus.
Por
Ele seremos enviados para anunciar e testemunhar a mensagem da Boa Nova da Salvação,
assumindo o compromisso de ser o “sal”
da terra e a “luz” do mundo.
Célia
Rodrigues
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