Granho, aldeia do Ribatejo, é a freguesia mais recente do concelho de Salvaterra de Magos. Está situada na margem esquerda do rio Tejo e dista 24 Km de Salvaterra de Magos e 33 Km de Santarém. Esta freguesia tem, actualmente, cerca de 850 habitantes. Pertence à Diocese de Santarém e os padres vicentinos de Salvaterra de Magos sucederam ao P. José Diogo e, a partir de 1992, são responsáveis pela animação espiritual e religiosa desta comunidade.
Esta freguesia, embora bem servida de estabelecimentos comerciais, que a abastecem de tudo o que é necessário à sua existência, ocupa-se essencialmente das actividades agrícolas, assumindo a orizicultura um papel principal. Quem não trabalha fora da terra, numa fábrica, escritório, comércio ou outra actividade, é na agricultura local que tem de ganhar o pão de cada dia, visto na sua área geográfica não existirem fábricas ou empresas comerciais que facultem postos de trabalho aos seus habitantes.
História
A história do Granho é a história dos habitantes que lá nasceram, trabalharam, morreram. O povo do Granho construiu a sua história com muito esforço e luta, desbravou matos, arroteou terras, cultivou as nesgas de terra arável e explorou o rio.
O nome de Granho tem origens remotas que se desconhecem. A terra pertenceu durante séculos à Casa Cadaval e à freguesia de Muge, da qual fez parte até 1988, data em que passou a ser freguesia independente. O Granho surgiu com pessoas vindas de Muge e das aldeias vizinhas. Os restantes habitantes eram do Norte, de origem Beirã mais conhecidos por “Caramelos e Barrões”. Não existiam estradas e os habitantes caminhavam por carreiros ou trilhos por onde passavam os animais e as rodas dos carros de bois.
Rancho Folclórico
Estávamos em pleno ano de 1962 quando, após as marchas populares, um grupo de amigos decidiu formar o Rancho Folclórico do Granho. A ideia era continuar com o convívio e a alegria vividos nos festejos da terra. Como forma de simbolizar a alegria e o ambiente de festa vivido, vestiu-se nas raparigas o seu traje mais rico, que normalmente era usado em dias de festa ou em ocasiões especiais. Em relação aos rapazes, optou-se por lhes vestir o fato de gala do campino da Casa Cadaval.
Embora fundado em 1962, o Rancho Folclórico do Granho começou por ter um funcionamento mais sério e frequente a partir de 1974, quando o rancho começou por efectuar trabalhos de pesquisa junto da população mais idosa, e então mais sábia. O objectivo era reunir o máximo de informação possível para elaborar em reportório de canções, danças e costumes que fossem um retrato perfeito dos antepassados da região.
Sempre com a preocupação de transmitir os usos e costumes do seu povo a quem assiste às suas actuações, o rancho desde sempre deu uma forte importância aos adereços utilizados pelos seus membros. Todos os trajes deste grupo são uma cópia fiel do que era usado em tempos remotos.
Igreja - A “menina dos olhos” do Granho
As tradicionais paredes brancas como cal do exterior da igreja do Granho, como qualquer outro templo religioso, escondem por dentro uma decoração fora do comum. De azul e rosa suaves foram pintadas as paredes e o tecto na nave da igreja do Granho, paróquia desde 1995. A iniciativa surgiu 36 anos após a construção da igreja, quando a cobertura já não tinha condições. A remodelação concluiu-se em 29 de Janeiro de 2006. Durante 40 dias, em jornadas diárias até às duas da madrugada, foram pintadas à mão as paredes e tecto da igreja, a cargo de dois especialistas, um ucraniano e um chinês.
Dois grandes candeeiros destacam-se suspensos do tecto. O altar feito de mármore, bem como o ambão e a pia baptismal, formam um conjunto quase sumptuoso.
A antecâmara de entrada no templo é toda feita em vidro. Os bancos são novos em folha. Há ainda anexos que servem de aposentos para o pároco e uma sala para a catequese. No dia da re-inauguração da “nova” igreja, em 29 de Janeiro de 2006, o bispo de Santarém, D. Manuel Pelino Domingues, apadrinhou o acto, 11 anos após ser paróquia.
2ª Missão Popular
A Missão no Granho começou no domingo, dia 20 de Janeiro e terminará a 3 de Fevereiro. Não é a primeira vez que há Missão na terra. Começando a 15 de Janeiro de 1995 e terminou a 29, aconteceu um tempo forte de Missão que culminou com a celebração presidida por D. António Francisco Marques que deu a ler o Decreto de elevação do Granho a paróquia, tendo descerrado a lápide comemorativa desse acontecimento.
A Missão que agora começa teve o 1º anúncio a 8 de Julho e foi preparada ao longo dos meses com reuniões e encontros. Estão previstas 6 comunidades. Começou com a procissão em honra de Nossa Senhora de Fátima, padroeira, e com a Eucaristia do Envio, presidida pelo Bispo diocesano, D. Manuel Pelino.
A equipa missionária é formada pelo P. Agostinho, pela Irmã Lucinda e pela Henriqueta. Também acompanhará a Missão a Adelaide, de Tomar, que se quer dedicar ao trabalho missionário.
“Vinde Espírito Santo!”, é oração do povo, é certeza de que precisamos d’Ele para este trabalho. “Pedi ao Senhor da Messe!”, é apelo feito a todos para implorar a força divina e a protecção da Estrela da Evangelização.
P. Agostinho Sousa, CM
Sem comentários:
Enviar um comentário