Vaticano:
Francisco quer evangelizadores alegres
Papa Francisco afirmou hoje no Vaticano que os católicos devem ser missionários da alegria num mundo marcado pela “angústia”.
“Que o mundo do nosso tempo, que procura receber a Boa Nova, ora na angústia ora na esperança, não de evangelizadores tristes e desencorajados, impacientes e ansiosos, mas de ministros do Evangelho, cuja vida irradie fervor e tenham recebido em si a alegria de Cristo”, disse, citando Paulo VI (1897-1978) num encontro com os diretores nacionais das Obras Missionárias Pontifícias de mais de 100 países, incluindo Portugal.
Segundo Francisco, a Igreja deve estar disponível para ajudar “cada homem e cada mulher”, sobretudo “os pobres, os excluídos, os que estão longe”.
“Esta, para cada cristão, para toda a Igreja, não é uma missão facultativa, mas essencial”, prosseguiu.
O Papa começou por agradecer a sacerdotes, religiosos, religiosas, leigos e leigas pela sua ajuda para manter viva a obra de evangelização da Igreja.
“A vossa missão é difícil mas, com a ajuda do Espírito Santo, torna-se uma missão entusiasmante, porque sabemos que a força da evangelização vem de Deus, pertence a Ele, e sentimo-nos corajosos por isso”, observou.
Francisco falou dos católicos como “instrumentos da misericórdia de Deus” convidando os presentes a educarem os cristãos, desde a infância, num espírito realmente universal e missionário.
“Diante da tentação das comunidades se fecharem em si mesmas, preocupadas com os seus problemas, o dever das Obras Missionárias é convocar à ‘missio ad gentes’, testemunhar profeticamente que a vida da Igreja e das Igrejas é missão universal”, precisou.
Neste sentido, convidou a uma “atenção especial com as Igrejas jovens, que quase sempre trabalham no meio de dificuldades, discriminações e perseguições”.
A reunião dos directores nacionais, com a presença do padre António Lopes, sacerdote português, concluiu-se este sábado.
Ao início da manhã, como habitualmente, o Papa presidiu a uma missa na capela da Casa de Santa Marta, durante a qual disse que o problema não é “ser pecador”, mas não se deixar “transformar” pelo encontro com Jesus Cristo.
Cidade do Vaticano, 17 Maio 2013 (Ecclesia)
OC
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