terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Missão Popular no Granho




De 20 de Janeiro a 03 de Fevereiro decorreu a Missão Popular, no Granho, enquadrada na vivência do Ano da Fé e para celebrar o 18º aniversário da elevação desta freguesia a paróquia.

A convite do P. Agostinho, padre vicentino, fiz parte da equipa missionária, constituída por quatro pessoas: o P. Agostinho, a Irmã Lucinda, Filha da Caridade, da comunidade de Fátima, a Henriqueta, dos Colaboradores da Missão Vicentina (CMV), e eu, Adelaide, da Ordem Terceira Franciscana de Tomar.

A Missão iniciou-se com a Eucaristia do Envio, presidida por D. Manuel Pelino e concelebrada pelo P. Agostinho. O P. António Teixeira, da comunidade de Salvaterra de Magos, sacerdote que está mais responsável por esta comunidade, não pôde estar presente, uma vez que foi participar no funeral do P. Sevivas, o seu antecessor no cuidado pastoral desta comunidade. Foi uma forma do Granho se fazer representar neste acontecimento.

No momento próprio, os missionários, os animadores e os donos das casas, após a imposição das mãos, receberam das mãos do Bispo de Santarém, a cruz da Missão, símbolo da força e da presença de Cristo.

Com o temporal que se abateu sobre muitas zonas, Granho ficou sem electricidade e comunicações, houve casas que ficaram sem telhados e muitos prejuízos. Esta situação e o frio que se fez sentir nos primeiros dias exigiu um esforço muito grande e levou a que bastantes pessoas não pudessem participar quer na Procissão que antecedeu a Missa do Envio, quer nos dias das reuniões, nas casas.

Na primeira semana, de manhã, rezavam-se as Laudes, com o povo. Depois, visitavam-se os doentes, alguns muito próximo dos 100 anos e a tia Rosa, com 102, e bem parecida. Também fomos à escola primária e ao jardim infantil. À noite, fomos ao encontro das seis comunidades que, reunidas, meditavam a Palavra de Deus e reflectiam os temas propostos. Desta vez, foram experimentados os temas do caderno B, um tanto diferentes dos que habitualmente são usados.

No fim da primeira semana houve a celebração das comunidades, na igreja. Cada comunidade entrou a cantar, empunhando um cartaz onde se podia ler o seu nome e trazendo um símbolo identificativo. No momento próprio, cada uma das seis deu o seu testemunho e a razão do seu nome. Estes eram muito significativos: a Luz, a Água Viva, a Barca, a Partilha, a Amizade, os Caminheiros. Poder-se- à resumir a partilha na seguinte frase: “Banhados pela ÁGUA VIVA e iluminados pela LUZ da fé, somos a BARCA da Igreja, CAMINHEIROS na (da) AMIZADE e na (da) PARTILHA”.

A igreja não estava repleta, mas os participantes estavam animados, e todos os que viveram a experiência das comunidades estavam presentes. No momento do ofertório, além dos símbolos, cada comunidade levou um cesto com a partilha (bens alimentares) feita pelos seus membros e que foram distribuídos por cinco famílias pobres.

Na segunda semana aconteceram as celebrações temáticas, na igreja, às 21h00. Houve necessidade de fazer uma adaptação na ordenação das mesmas para proporcionar uma maior participação, como foi o caso do dia das Família. Em cada noite, uma comunidade esteve de serviço para uma melhor vivência e participação.

Visitamos cerca de três dezenas de pessoas: umas, com muita idade, outras, acamadas ou com saúde frágil. Todavia, a celebração para doentes e idosos não teve uma afluência muito grande. O grupo participante preparou-se e recebeu o Sacramento da Unção dos Doentes. O dia das Famílias foi o mais participado, quer em número, quer no modo como todos viveram a celebração.

No sábado, dia 2, das 14h30 às 17h30, animado pelo P. Manuel Nóbrega, vicentino, houve o Encontro de Formação para Animadores da Comunidade, com o tema: “Fé e Missão”. No mesmo dia, dia da Apresentação do Senhor, para além da liturgia própria, a celebração foi dedicada a Maria, Estrela da Evangelização. No final, foi distribuída a Medalha Milagrosa.

O domingo de encerramento teve dois momentos: A Eucaristia, animada pelas comunidades e um almoço partilhado, no Salão das Festas. A Missão começa agora!

Além das seis comunidades que se comprometeram a reunir uma vez por mês, seguindo o guião “A caminhada continua”, ficou assente que, tão breve quanto possível, seja criado um grupo de caridade (visitadores ou conferência) para continuar o trabalho com os doentes, pessoas sozinhas ou idosas e famílias com algumas dificuldades.


Foi a minha primeira Missão. Foi uma experiência única. Desejava fazê-la há muito tempo. Nestes quinze dias, senti-me pequenina e que nada sei. Aprendi muito. Agradeço às gentes do Granho e à equipa missionária a oportunidade que me foi dada para vivenciar estes momentos felizes, esta experiência de fé, de doação e de partilha.



Adelaide José Pedro, OTF - Tomar


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